Por 14 anos o Guia de Jazz esteve no ar com a missão de aproximar os internautas ao jazz. Um dos tópicos mais visitados era o de dicas de CDs, no qual dezenas de discos eram indicados e resenhados por mim. Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".
Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia (dicas de CDs, DVDs, livros, entrevistas e muito mais) - você encontrará quinzenalmente neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.
Sempre que possível, ao final de cada resenha você encontrará vídeos do Youtube com algumas faixas do disco indicado para escutar. Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui.
Os anos 40 e 50 são chamados de época de ouro de Hollywood. Dezenas de astros e estrelas brilhavam em filmes da Metro e da Paramount. Era o tempo dos grandes musicais e das super produções. A música se confundia com o cinema e vice-versa. Estrelas como Judy Garland, Lena Horn, Edith Piaf e Doris Day eram reconhecidas como atrizes e cantoras.
Assim como Judy, Lena, Edith e Doris, a cantora e atriz Julie London encantou o público com sua voz e sua beleza em mais de uma dezena de filmes e discos. Com sua beleza física de tirar o fôlego e sua voz macia, ela fez história e habitou a mente de milhares de jovens da época.
Uma boa maneira de conhecer Julie London é ouvir o disco Time For Love : The Best of , lançado pela gravadora Rhino. O CD, que conta com um encarte rico em fotos e informações, traz 18 músicas e dá um ótimo panorama do repertório que acompanhou a cantora por quase toda a carreira. Entre elas, a mais famosa de todas, “Cry Me A River”.
Neste CD, que privilegia as canções românticas, o ouvinte vai ter a oportunidade de ouvi-la acompanhada por uma orquestra, como em “My Heart Belongs to Daddy”, “A Conttage for Sale” e “Two Sleepy People”, ou pela guitarra de Barney Kessel e o baixo de Ray Leatherwood em músicas como “No Moon At All”, “Easy Street” e “I´m In the Moof for Love”.
Julie ainda esbanja sensualidade em outros três momentos bens distintos. Ao lado de uma orquestra à Glenn Miller (June In January), na versão do clássico de Thelonious Monk (Round Midnight) ou acompanhada apenas da guitarra de Kessel (Gone With the Wind).
Assim como na sua vida pessoal, Julie London morreu em 2000 sem causar alarde ou notícias. Apesar de nunca ter estado no time das divas do jazz, ela conseguiu escrever seu nome na história da música contemporânea dos Estados Unidos e habitar a discoteca de milhares de ouvintes em todo o mundo. Isso é o que interessa.

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