sexta-feira, 31 de outubro de 2025
Jack DeJohnette morre aos 83 anos
O baterista de jazz norte-americano Jack DeJohnette, conhecido pelo seu trabalho com lendas como Miles Davis e Keith Jarrett, faleceu no último domingo, 26 de outubro, aos 83 anos, em Kingston, Nova Iorque, de insuficiência cardíaca.
Nascido em 9 de agosto de 1942, em Chicago, DeJohnette foi uma figura central nas principais formações de jazz a partir da década de 1960. Colaborou com músicos de renome, incluindo Herbie Hancock e Miles Davis, destacando-se particularmente pela sua participação no álbum Bitches Brew, de Davis, um marco na história da música de fusão, lançado no final da década de 1960.
Além disso, DeJohnette fez parte do influente trio de Keith Jarrett, ao lado do contrabaixista Gary Peacock. Juntos, lançaram álbuns celebrados pela crítica nos últimos 40 anos, como Bye, Bye, Blackbird (em homenagem a Miles Davis), Still Live, Somewhere, After the Fall, Always Let Me Go e os dois volumes de Standards. A lista de outras colaborações, em estúdios e em palcos, é infindável. Da pianista e harpista Alice Coltrane aos saxofonistas Stan Getz, Sonny Rollins, Paul Desmond, Cannonball Adderley, Benny Golson e Michael Brecker, passando pelos pianistas Herbie Hancock, Kenny Barron e McCoy Tyner, os trompetistas Chet Baker, Lester Bowie, Freddie Hubbard ou os guitarristas John Scofield, Pat Metheny, Bill Frisell ou John McLaughlin, ou mesmo uma canção de Sting.
Criado numa família que valorizava a música, DeJohnette revelou-se eclético desde jovem, ouvindo ópera, country, rhythm and blues, swing e jazz. "Para mim, tudo era música", referiu em seu site, uma filosofia que manteve ao longo da vida. Ele iiciou a sua carreira como pianista, após uma formação clássica no Conservatório de Música de Chicago, mas foi como baterista que se destacou. A bateria ganhou força na sua adolescência, quando integrou a banda da escola.
Ele iderou formações como Compost, Directions, New Directions e Special Edition. Gravou em nome próprio pela primeira vez em 1968, um disco chamado The DeJohnette Complex, tendo, nas quase seis décadas que se seguiram, editado, como líder, quase quatro dezenas de álbuns por selos prestigiados como Prestige, ECM, Blue Note, MCA/Impulse!. Foi nomeado para seis Grammy e ganhou dois: um em 2008, com Peace Time, melhor álbum new age; e depois em 2022, com Skyline, melhor álbum de jazz instrumental que gravou com o contrabaixista Ron Carter e o pianista Gonzalo Rubalcaba.
FONTES: SIC NOTÍCIAS E O PÚBLICO
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