Abaixo você encontra os indicados na categoria jazz, que inclui melhor improvisação solo, melhor disco vocal, melhor disco instrumental, melhor disco de big band e melhor disco de jazz latino.
Neste ano, o Brasil concorre na categoria melhor disco de jazz latino com o álbum Sorte!: Music by John Firbury. O disco traz nos vocais a cantora carioca Thalma de Freitas (foto abaixo), acompanhada por Vitor Gonçalves (piano), John Patitucci (baixo), Chico Pinheiro (violão), Airto Moreira e Rogerio Boccato (percussão) e Duduka Da Fonseca (bateria). Os concorrentes da brasileira são Chick Corea & The Spanish Heart Band, Jazz At Lincoln Center Orchestra com Wynton Marsalis & Rubén Blades, David Sánchez e Miguel Zenón.
Outro brasileiro que pode conquistar o Grammy é o violonista paulista Diego Figueiredo. Ele concorre na categoria melhor arranjo instrumental e vocal pela música "Marry Me a Little", em parceria com a cantora francesa Cyrille Aimée. Diego participa de duas faixas do disco Move On: A Sondheim Adventure, lançado por Cyrille no início de 2019.
Na categoria melhor disco vocal, o destaque é a cantora Sara Gazarek, que lançou o aclamado disco Thirsty Ghost, e tenta deixar o "segundo escalão" das cantoras de jazz. Vencer o Grammy poderá ser o passo definitivo em sua carreira.
Na disputa com Sara estão as experientes Catherine Russell, com Alone Together e The Tierney Sutton Band, com Screenplay. Completam as indicações Esperanza Spalding, com 12 Little Spells, e Jazzmeia Horn, com Love & Liberation. Jazzmeia esteve recentemente no Brasil e tem sido considerada a grande revelação do jazz, com grandes chances de levar seu primeiro Grammy.
Outra curiosidade desta categoria é a falta de um representante masculino. Em 2019, por exemplo, entre os cinco indicados, três eram do sexo masculino. Nas duas últimas edições, na categoria melhor disco vocal, o prêmio ficou com a cantora Cécile McLorin Salvant. Saiba mais sobre o disco de Sara Gazarek na matéria publicada no blog do Blue Note clicando aqui.
Na categoria melhor disco de jazz, a academia indicou nomes consagrados nas últimas três décadas. São eles: o pianista Brad Mehldau, os saxofonistas Branford Marsalis e Joshua Redman, o baixista Christian McBride e o organista Joey DeFrancesco. Dos indicados, apenas Marsalis já levou um Grammy nesta categoria. Veterano em indicações, 10 ao todo, Joshua Redman lançou um dos mais belos álbum de jazz em 2019 (Come What May) e tem todos os requisitos para sair vencedor. Correndo por fora está o veterano Christian McBride com o ótimo New Jawn, lançado no fim de 2018. É a primeira vez em vários anos que os onipresentes Chick Corea e Wayne Shorter não estão indicados nesta categoria.
A categoria melhor improvisação solo destaca sempre um único tema pinçado de um disco. Desta vez, estão na briga o veterano trompetista Randy Brecker, com a música "Sozinho", do disco Rocks, o guitarrista Julian Lage, com "Tomorrow is the Question", do disco Love Hurts, a saxofonista chilena Melissa Aldana, com "Elsewhere", do disco Visions, e o saxofonista Branford Marsalis, com "The Windup", e o baixista Christian McBride, com "Sightseeing". Marsalis venceu nesta categoria em 2015. Além de Marsalis, outro favorito é Julian Lage, que recebeu sua quinta indicação e com grande chande de conquistar seu primeiro gramofone dourado.
Por fim, a categoria big band ou orquestra sempre oferece a oportunidade de revelar e apresentar orquestra menos conhecidas do grande público e, ao mesmo tempo, deixar claro que essa vertente do jazz continua ativa e ricamente representada por excelentes músicos que se juntam para fazer música de qualidade.
Esse é o exemplo da Terraza Big Band, que concorre pelo disco One Day Wonder. A orquestra toca semanalmente no clube de jazz Terraza 7, que fica na cidade de Nova York, e tem em sua direção Michael Thomas (sax) e Edward Perez (baixo). Sua principal característica é a mistura do jazz com ritmos latinos.
Outro destaque é o disco Triple Helix, comandada pela clarinetista israelense Anat Cohen. Dirigido por Oded Lev-Ari, o álbum oferece uma mescla de música erudita e jazz, com alguns momentos mais introspectivos e outros mais enérgicos. Um disco difícil, mas belíssimo.
Outro forte concorrente é o disco Hiding Out, do pianista Mike Holober acompanhado da The Gotham Jazz Orchestra. Com um belíssimo conjunto de saxes, trompetes e trombones, o disco oferece ao ouvinte um experiência sensorial. Destaque para a regravação de "Caminhos Cruzados", composta por Tom Jobim, com a participação do percussionista brasileiro Rogerio Boccato, que tocou na Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo. Outro forte candidato é o disco da jovem arranjadora e compositora japonesa, radicada nos Estados Unidos, Miho Hazama. o álbum Dancer in Nowhere (foto) oferece um diversidade sonora que agrada em cheio ao ouvinte que deseja ouvir um som de orquestra, mas com uma pegada mais contemporânea.
ELSEWHERE
Melissa Aldana
Álbum: Visions
SOZINHO
Randy Brecker
Álbum: Rocks
TOMORROW IS THE QUESTION
Julian Lage
Álbum: Love Hurts
THE WINDUP
Branford Marsalis
Álbum: The Secret between the Shadow and the Soul
SIGHTSEEING
Christian McBride
Álbum: New Jawn
THIRSTY GHOST
Sara Gazarek
LOVE & LIBERATION
Jazzmeia Horn
ALONE TOGETHER
Catherine Russell
12 LITTLE SPELLS
Esperanza Spalding
SCREENPLAY
The Tierney Sutton Band
IN THE KEY OF THE UNIVERSE
Joey DeFrancesco
THE SECRET BETWEEN THE SHADOW AND THE SOUL
Branford Marsalis Quartet
CHRISTIAN MCBRIDE'S NEW JAWN
Christian McBride
FINDING GABRIEL
Brad Mehldau
COME WHAT MAY
Joshua Redman Quartet
TRIPLE HELIX
Anat Cohen Tentet
DANCER IN NOWHERE
Miho Hazama
HIDING OUT
Mike Holober & The Gotham Jazz Orchestra
THE OMNI-AMERICAN BOOK CLUB
Brian Lynch Big Band
ONE DAY WONDER
Terraza Big Band
ANTIDOTE
Chick Corea & The Spanish Heart Band
SORTE!: MUSIC BY JOHN FINBURY
Thalma de Freitas & Vitor Gonçalves
UNA NOCHE CON RUBÉN BLADES
Jazz At Lincoln Center Orchestra With Wynton Marsalis & Rubén Blades
CARIB
David Sánchez
SONERO: THE MUSIC OF ISMAEL RIVERA
Miguel Zenón