sábado, 18 de junho de 2022

80 anos de Paul McCartney


O que falar sobre Sir Paul McCartney? Para muitos, ele é o Mozart do século XX. Sua parceria com John Lennon é sem dúvida uma das mais influentes da música do século passado. As canções vão durar para sempre, assim como acontece com as obras de Mozart, Bach, Beethoven, Duke Ellington, Chopin.......

Para quem tem menos de 60 anos, é difícil compreender o que foram os Beatles e como a música do quarteto de Liverpool mudou os rumos da música no século XX. McCarteny também conseguiu ter sucesso depois que os Beatles terminaram. Sua carreira solo tem grandes momentos e suas canções continuam tocando as novas gerações.


A aproximação com os fãs do jazz aconteceu em 2012, com o álbum Kisses on the Bottom. McCartney gravou temas que, segundo ele, foram fundamentais em sua formação. Entre as canções escolhidas estão "It´s Only a Paper Moon”, "More I Cannot Wish You”, "Always" e "Bye Bye Blackbird".

O disco gravado em Los Angeles, com supervisão do produtor Tommy LiPume, tem a participação da cantora Diana Krall, que também toca piano no álbum, e do guitarrista John Pizzarelli. Outros convidados especiais são Joe Walsh, Stevie Wonder e Eric Clapton. Na época do lançamento, o single promocional foi "My Valentine", composto por McCartney, e que ganhou um clipe estrelado por Johnny Depp.

Para celebrar os 80 anos de Paul McCartney, completados no dia 18 de junho de 2022, fica aqui a minha pequena homenagem. Veja abaixo, na íntegra, os vídeos registrados durante as gravações de Kisses on the Bottom, a íntegra de dois discos de John Pizzarelli, um apenas com músicas dos Beatles e outro com canções da carreira solo de Paul, e a coletânea reunindo grandes nomes do jazz, entre eles, Chick Corea, George Benson, McCoy Tyner e Arturo Sandoval, interpretando canções dos Beatles.









quinta-feira, 16 de junho de 2022

Após dois anos fechado, clube nova-iorquino Smoke Jazz volta maior e melhor


Depois de dois anos do início da pandemia, ainda vivemos sob a desconfiança de que ela não acabou. Os sinais estão por todas as partes, não só com a bagunça que ela fez na economia global, mas também com constantes aumentos de infectados e número de mortes.

Apesar do quadro sombrio para os próximos anos, todos sabemos que a vida tem que continuar. É sempre assim que deve ser. Temos que aprender com as dificuldades e tentar sair mais fortes, experientes e com espírito coletivo renovado.

A pandemia atingiu em cheio o setor de entretenimento e turismo, que dependem essencialmente de pessoas. Restaurantes, cinemas, teatros, exposições, shows, tudo praticamente parou durante a fase mais aguda do vírus.

Nos "acostumamos" a consumir cultura de longe e tivemos que nos contentar com lives para diminuir aquela sensação de abandono total.


Pois bem, a vida seguiu e agora temos a oportunidade de voltar a sentir a sensação de liberdade que tanto desejamos nos últimos dois anos. Um exemplo da retomada é a reabertura da casa de Smoke Jazz, na cidade de Nova York, prevista para o dia 21 de julho, com o quarteto do saxofonista George Coleman. O saxofonista também foi responsável pela reabertura da casa após os atentados de 11 de setembro de 2001.

Com duas décadas de existência, o Smoke Jazz aproveitou o fechamento forçado para ampliar suas dependências e, assim, continuar oferecendo atrações de qualidade, mas agora com mais conforto. Já estão confirmados para os próximos meses shows com Bobby Watson, Louis Hayes & The Cannonball Legacy Band, Mary Stallings, Mike LeDonne, Rudresh Mahanthappa, Al Foster, Eddie Henderson e Vijay Iyer.
Casa antes da reforma abrigava cerca de 50 pessoas

A volta do Smoke Jazz deve ser festajada, é claro. Mas não podemos esquecer de centenas de locais que não tiveram a mesma sorte ou dinheiro suficiente para continuar. Foi o que aconteceu com o Jazz Standard e o 55 Bar, ambos na cidade de Nova York, o Blue Whale, na cidade de Los Angeles (EUA), El Chapultepec, em Denver (EUA), Twins Jazz, em Washington (EUA) e o argentino Notorious Bar, em Buenos Aires.

SMOKE SESSIONS

Nos últimos anos, o club Smoke Jazz tem lançado vários CDs gravados em suas dependências. Alguns títulos são registrados ao vivo, mas sem plateia, aproveitando a ótima acústica do local, outros com público e vários em estúdio, mas contanto com a supervisão e a qualidade já aferidas das gravações da Smoke Sessions Records.

Hoje, após dezenas de títulos, encontrar o nome Smoke Sessions na capa de um disco virou sinônimo de qualidade. Entre os músicos que já tiveram seus shows gravados e lançados pelo Smoke Jazz estão os saxofonistas Vicent Hering e Eddie Henderson, os bateristas Jimmy Cobb e Louis Hayes, o guitarrista Peter Bernstein e os pianistas Eric Reed e Harold Mabern.