sexta-feira, 7 de novembro de 2025

Grammy 2026 - Os indicados


A Academia do Grammy anunciou no dia 8 de novembro os indicados para a 68ª edição dos prêmios Grammy, que acontecerá no dia 1 de fevereiro de 2026, no Crypto.com Arena, em Los Angeles (EUA). Ao todo, são 95 categorias dos mais diversos gêneros musicais, entre eles, rock, pop, blues, clássico, folk, R&B, rap, country, new age, gospel e jazz.


A categoria de jazz é dividida em seis sub-categorias: improviso, álbum, álbum vocal, orquestra, latino e alternativo. São cinco indicados em cada categoria. Os artistas de jazz também aparecem com frequência em outras categorias, entre elas, composição instrumental e arranjo.

Na "principal" categoria, de melhor disco de jazz, estão na disputa o disco póstumo do pianista Chick Corea, com o registro ao vivo ao lado do baixista Christian McBride e do baterista Brian Blade (Trilogy 3), o trio do pianista Sullivan Fortner (Southern Nights), o quarteto do saxofonista Branford Marsalis (Belonging), o trio liderado pelo baixista John Patitucci, com Chris Potter no sax e Brian Blade na bateria (Spirit Fall), e o grupo Yellowjackets (Fasten Up).
John Patitucci (centro) comando o trio formado por Chris Potter (e) e Brian Blade (d)

Entre os cantores, o melhor disco de jazz vocal terá uma disputa apertada nesta edição, com destaque para a parceria entre a baterista Terri Lyne Carrington e a cantora Christie Dashiell (We Insist 2025!) e o disco de dueto da cantora Dee Dee Bridgewater com o pianista Bill Charlap (Elemental). Quem também deve dar trabalho é o belíssimo registro ao vivo da banda liderada pela cantora e pianista Nicole Zuraitis, com o disco All Stars Lead To You - Live, que traz nomes como Keyon Harrold (trompete), Tom Scott (sax) e Idan Morim (guitarra). Samara Joy, que ficou com o prêmio na última edição, também concorre com o disco Portrait.

Na categoria melhor disco de jazz latino, a disputa acirrada acontece entre os álbuns do saxofonista Miguel Zénon, do pianista Gonzalo Rubalcaba, do saxofonista Paquito D'Rivera, do pianista Arturo O'Farrill e do percussionista Pedrito Martinez. Em 2025, o Grammy de melhor disco de jazz latio ficou com o pianista Zaccai Custis pelo álbum Cubop Lives!. O último brasileiro a ganhar o Grammy foi a pianista Eliane Elias, com o disco Mirror Mirror, em 2022, na categoria melhor disco de jazz latino.

Por falar em brasleiro, o disco Caetano e Bethânia Ao Vivo, dos irmãos Caetano Veloso e Maria Bethânia foi indicado na categoria Melhor Álbum de Música Global. O disco registra a turnê realizada pela dupla em 2024 e 2025. Concorrem ao lado de Caetano e Bethânia discos dos cantores Siddhant Bhatia, Youssou N'Dour e Burna Boy, do grupo Shakti, com o guitarrista John McLaughlin, e da sitarista Anoushka Shankar.

EXECUÇÃO DE JAZZ


Noble Rise
Lakecia Benjamin com Immanuel Wilkins & Mark Whitfield

Windows - Live
Chick Corea, Christian McBride & Brian Blade

Peace Of Mind / Dreams Come True
Samara Joy

Four
Michael Mayo

All Stars Lead To You - Live
Nicole Zuraitis, Dan Pugach, Tom Scott, Idan Morim, Keyon Harrold & Rachel Eckroth

ÁLBUM DE JAZZ


Trilogy 3 (Live)
Chick Corea, Christian McBride & Brian Blade

Southern Nights
Sullivan Fortner com Peter Washington & Marcus Gilmore

Belonging
Branford Marsalis Quartet

Spirit Fall
John Patitucci com Chris Potter & Brian Blade

Fasten Up
Yellowjackets

ÁLBUM VOCAL


Elemental
Dee Dee Bridgewater & Bill Charlap

We Insist 2025!
Terri Lyne Carrington & Christie Dashiell

Portrait
Samara Joy

Fly
Michael Mayo

Live at Vic's Las Vegas
Nicole Zuraitis, Dan Pugach, Tom Scott, Idan Morim, Keyon Harrold & Rachel Eckroth

ÁLBUM DE ORQUESTRA


Orchestrator Emulator
The 8-Bit Big Band

Without Further Ado, Vol 1
Christian McBride Big Band

Lumen
Danilo Pérez & Bohuslän Big Band

Basie Rocks!
Deborah Silver & The Count Basie Orchestra

Lights on a Satellite
Sun Ra Arkestra

Some Days Are Better: The Lost Scores
Kenny Wheeler Legacy Featuring The Royal Academy of Music Jazz Orchestra & Frost Jazz Orchestra

ÁLBUM DE JAZZ LATINO


La Fleur de Cayenne
Paquito D'Rivera & Madrid-New York Connection Band

The Original Influencers: Dizzy, Chano & Chico Arturo O'Farrill & The Afro Latin Jazz Orchestra
Pedrito Martinez, Daymé Arocena, Jon Faddis, Donald Harrison & Melvis Santa

Mundoagua - Celebrating Carla Bley
Arturo O'Farrill & The Afro Latin Jazz Orchestra

A Tribute to Benny Moré and Nat King Cole
Gonzalo Rubalcaba, Yainer Horta & Joey Calveiro

Vanguardia Subterránea: Live at The Village Vanguard
Miguel Zenón Quartet

ÁLBUM DE JAZZ ALTERNATIVO


Honey From a Winter Stone
Ambrose Akinmusire

Keys To The City Volume One
Robert Glasper

Ride into the Sun
Brad Mehldau

LIVE-ACTION
Nate Smith

Blues Blood
Immanuel Wilkins

ÁLBUM DE MÚSICA INSTRUMENTAL CONTEMPORÂNEA


Brightside
ARKAI

Ones & Twos
Gerald Clayton

BEATrio
Béla Fleck, Edmar Castañeda, Antonio Sánchez

Just Us
Bob James & Dave Koz

Shayan
Charu Suri



OUTROS FORMATOS

O Blogger oferece a possibilidade do leitor ver as publicações em diferentes formatos (sidebar, classic, flipcard, mosaic e timeslide), o que pode facilitar a navegação e o carregamento dos posts. Fique à vontade para escolher o que você achar mais amigável e confortável para navegar. Abaixo estão links para seis formatos diferentes. Escolha um e boa leitura. Esses formatos não funcionam para quem acessa o site pelo celular.

Sidebar
Classic
Flipcard
Mosaic
Magazine
Timeslide

sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Mateus Starling entrevista Romero Lubambo


O canal do YouTube do guitarrista Mateus Starling recebeu o guitarrista e violonista carioca Romero Lubambo para um bate-papo descontraído. Por duas horas, o músico contou um pouco sobre sua carreira de quatro décadas, quase toda tocando nos Estado Unidos, onde mora desde 1985. Romero completou 70 anos de idade em 2025. Em 2023, ele gravou o disco Two Brothers em dueto com o violonista paulista Chico Pinheiro.

Músico de rara sensibilidade, é um dos guitarristas brasileiros de maior prestígio internacional e um dos mais requisitados músicos da atualidade, graças a sua versatilidade e facilidade em atuar com exuberância nos mais variados estilos musicais.

Do jazz ao pop, do clássico ao r&b, podemos ouví-lo tanto num remix top 10 da Toni Braxton, como solista convidado da Royal Phillarmonic Orchestra (Londres) ou numa tour com o guitarrista de hard rock, Vernon Reid (Living Colour). Além de trilhas publicitárias e cinematográficas; já gravou ao longo da sua carreira mais de 900 discos, com os mais variados artistas e seu nome aparece nos créditos de mais de 1000 gravações, o que o tornou um dos músicos instrumentistas que mais gravou no mundo.

Participou de alguns dos maiores e mais importantes festivais do mundo e já trabalhou (shows e/ou gravações de álbuns e dvd’s ou demais mídias audiovisuais) com artistas como: Billie Eilish, Michael Brecker, Pat Metheny, Branford Marsalis, Mike Stern, Marcus Miller, Mohini Dey, Wynton Marsalis, Stevie Wonder, Al Jarreau, Yo Yo, Gustavo Dudamel, Dizzy Gillespie, Kathleen Battle, Finneas O'Connell, Diana Krall, Paul Simon.



Starling é pioneiro na educação musical através da internet. Desde 2009 Starling ensina sobre diferentes temas na área da educação musical através da internet. Toca profissionalmente desde os 16 anos de idade, ano em que lançou seu primeiro EP de música instrumental. A grande virada na carreira veio através de uma bolsa de estudos que ganhou na Berklee College of Music de Boston, quando se formou com honras em 2008 e saiu com seu primeiro álbum solo gravado intitulado Kairos que repercutiu em todo o mundo.

Ao longo destes anos lançou 5 álbuns solos e já participou de shows e gravações com grandes nomes da música instrumental do Brasil. Para citar alguns: Pascoal Meirelles, Josué Lopes, Júlio Merlino, Mauro Senise, Marcelo Martins, Xande Figueiredo, Altair Martins, Nivaldo Ornelas, Daniel Garcia, Sergio Barroso, Ney Conceição, Chico Chagas, Renato Massa Calmon, Marcos Kinder, Rogerio dy Castro, Cliff Korman, Kleyton Martins, Valmir Bessa, Marcos Natto, Berval Moreira, Nelson Faria, Leo Amoedo e outros.

Em 2022 iniciou com o Starling Cast, um podcast no youtube onde Mateus bate papo com grandes nomes da música brasileira. O canal hoje tem mais de 160 mil inscritos, mais de 220 episódios e tem mais de 2 milhões de visualizações por mês, tendo se tornado o maior podcast do segmento do Brasil.



No fim de 2023, o Starling entrevistou outro craque da música instrumental brasileira, o guitarrista Ricardo Silveira, que também tem uma carreira internacional, mas mora no Brasil. Entre os músicos com quem dvidiu o palco e os estúdios estão João Bosco, Milton Nascimento, Ivan Lins, Elis Regina, Gilberto Gil, João Donato, Luís Melodia, Emílio Santiago, Hermeto Paschoal, Ney Matogrosso, Márcio Montarroyos e Claudio Roditi.

Em sua carreira internacional, além dos trabalhos lançados no mercado fonográfico, trabalhou com Herbie Mann, tocou e gravou com diversos músicos da cena instrumental mundial como Hubert Laws, Randy Brecker, Pat Metheny, Don and Dave Grusin, John Patitucci, Lionel Hampton, Jason Miles, Abraham Laboriel, L. Shankar, entre outros. Veja a íntegra da entrevista abaixo.

Jack DeJohnette morre aos 83 anos


O baterista de jazz norte-americano Jack DeJohnette, conhecido pelo seu trabalho com lendas como Miles Davis e Keith Jarrett, faleceu no último domingo, 26 de outubro, aos 83 anos, em Kingston, Nova Iorque, de insuficiência cardíaca.

Nascido em 9 de agosto de 1942, em Chicago, DeJohnette foi uma figura central nas principais formações de jazz a partir da década de 1960. Colaborou com músicos de renome, incluindo Herbie Hancock e Miles Davis, destacando-se particularmente pela sua participação no álbum Bitches Brew, de Davis, um marco na história da música de fusão, lançado no final da década de 1960.

Além disso, DeJohnette fez parte do influente trio de Keith Jarrett, ao lado do contrabaixista Gary Peacock. Juntos, lançaram álbuns celebrados pela crítica nos últimos 40 anos, como Bye, Bye, Blackbird (em homenagem a Miles Davis), Still Live, Somewhere, After the Fall, Always Let Me Go e os dois volumes de Standards. A lista de outras colaborações, em estúdios e em palcos, é infindável. Da pianista e harpista Alice Coltrane aos saxofonistas Stan Getz, Sonny Rollins, Paul Desmond, Cannonball Adderley, Benny Golson e Michael Brecker, passando pelos pianistas Herbie Hancock, Kenny Barron e McCoy Tyner, os trompetistas Chet Baker, Lester Bowie, Freddie Hubbard ou os guitarristas John Scofield, Pat Metheny, Bill Frisell ou John McLaughlin, ou mesmo uma canção de Sting.

Criado numa família que valorizava a música, DeJohnette revelou-se eclético desde jovem, ouvindo ópera, country, rhythm and blues, swing e jazz. "Para mim, tudo era música", referiu em seu site, uma filosofia que manteve ao longo da vida. Ele iiciou a sua carreira como pianista, após uma formação clássica no Conservatório de Música de Chicago, mas foi como baterista que se destacou. A bateria ganhou força na sua adolescência, quando integrou a banda da escola.

Ele iderou formações como Compost, Directions, New Directions e Special Edition. Gravou em nome próprio pela primeira vez em 1968, um disco chamado The DeJohnette Complex, tendo, nas quase seis décadas que se seguiram, editado, como líder, quase quatro dezenas de álbuns por selos prestigiados como Prestige, ECM, Blue Note, MCA/Impulse!. Foi nomeado para seis Grammy e ganhou dois: um em 2008, com Peace Time, melhor álbum new age; e depois em 2022, com Skyline, melhor álbum de jazz instrumental que gravou com o contrabaixista Ron Carter e o pianista Gonzalo Rubalcaba.



FONTES: SIC NOTÍCIAS E O PÚBLICO

Julie London - Time for Love - The Best of


Por 14 anos o Guia de Jazz esteve no ar com a missão de aproximar os internautas ao jazz. Um dos tópicos mais visitados era o de dicas de CDs, no qual dezenas de discos eram indicados e resenhados por mim. Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".

Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia (dicas de CDs, DVDs, livros, entrevistas e muito mais) - você encontrará quinzenalmente neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.

Sempre que possível, ao final de cada resenha você encontrará vídeos do Youtube com algumas faixas do disco indicado para escutar. Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui.

Julie London - Time for Love - The Best of (1991)


Os anos 40 e 50 são chamados de época de ouro de Hollywood. Dezenas de astros e estrelas brilhavam em filmes da Metro e da Paramount. Era o tempo dos grandes musicais e das super produções. A música se confundia com o cinema e vice-versa. Estrelas como Judy Garland, Lena Horn, Edith Piaf e Doris Day eram reconhecidas como atrizes e cantoras.

Assim como Judy, Lena, Edith e Doris, a cantora e atriz Julie London encantou o público com sua voz e sua beleza em mais de uma dezena de filmes e discos. Com sua beleza física de tirar o fôlego e sua voz macia, ela fez história e habitou a mente de milhares de jovens da época.

Uma boa maneira de conhecer Julie London é ouvir o disco Time For Love : The Best of , lançado pela gravadora Rhino. O CD, que conta com um encarte rico em fotos e informações, traz 18 músicas e dá um ótimo panorama do repertório que acompanhou a cantora por quase toda a carreira. Entre elas, a mais famosa de todas, “Cry Me A River”.

Neste CD, que privilegia as canções românticas, o ouvinte vai ter a oportunidade de ouvi-la acompanhada por uma orquestra, como em “My Heart Belongs to Daddy”, “A Conttage for Sale” e “Two Sleepy People”, ou pela guitarra de Barney Kessel e o baixo de Ray Leatherwood em músicas como “No Moon At All”, “Easy Street” e “I´m In the Moof for Love”.

Julie ainda esbanja sensualidade em outros três momentos bens distintos. Ao lado de uma orquestra à Glenn Miller (June In January), na versão do clássico de Thelonious Monk (Round Midnight) ou acompanhada apenas da guitarra de Kessel (Gone With the Wind).

Assim como na sua vida pessoal, Julie London morreu em 2000 sem causar alarde ou notícias. Apesar de nunca ter estado no time das divas do jazz, ela conseguiu escrever seu nome na história da música contemporânea dos Estados Unidos e habitar a discoteca de milhares de ouvintes em todo o mundo. Isso é o que interessa.

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Hermeto Pascoal morre aos 89 anos


O músico Hermeto Pascoal morreu no último sábado (13), aos 89 anos. Ele foi um dos maiores nomes da música instrumental brasileira e reconhecido internacionalmente por sua genialidade e inovação sonora. As informações são da Agência Brasil e da CNN Brasil.

Nas redes sociais, colegas e amigos prestaram homenagens. "Quem desejar homenageá-lo, deixe soar uma nota no instrumento, na voz, na chaleira e ofereça ao universo. É assim que ele gostaria", diz a nota.


Nascido em 1936, na pequena cidade de Lagoa da Canoa, interior de Alagoas, Hermeto Pascoal era autodidata. Começou a tocar acordeon e flauta ainda na infância, e aos 15 anos já atuava como músico profissional, mudando-se com o irmão para o Recife em busca de oportunidades. Considerado um gênio da música experimental, Hermeto ficou conhecido por transformar sons do cotidiano em arte, desde o barulho da água até o sopro do vento.

Aos 14 anos estreou com o irmão José Neto na Rádio Tamandaré, em Recife (PE), e em seguida passou por rádios e orquestras como a Tabajara, na Paraíba (PB), e a Rádio Mauá, no Rio de Janeiro (RJ). Na década de 1960, já em São Paulo, formou grupos importantes como o Sambrasa Trio e, depois, o Quarteto Novo, ao lado de Airto Moreira, Heraldo do Monte e Theo de Barros.

Nos anos 1970, levado aos Estados Unidos por Airto e Flora Purim, gravou com Miles Davis e lançou álbuns marcantes, como "Hermeto" (1970) e "Slaves Mass" (1977). De volta ao Brasil, criou seu grupo fixo e gravou discos que marcaram época, como "A Música Livre de Hermeto Pascoal" (1973) e "Zabumbê-bum-á" (1979).

Sua carreira atravessou fronteiras, com colaborações internacionais e reconhecimento mundial. Ao longo da vida, recebeu diversos prêmios, entre eles o Grammy Latino, conquistado em três oportunidades. Em 2024, aos 88 anos, lançou o disco de músicas inéditas Pra você, Ilza, uma homenagem à esposa Ilza da Silva, com quem foi casado por mais de 40 anos. Juntos, tiveram seis filhos. Hermeto também deixa 13 netos e 10 bisnetos.

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Links do blogue

Esse blogue existe há mais de uma década, mas minha relação com o jazz já ultrapassou 30 anos. Destinado tanto para fãs de carteirinha como para novatos, o blogue é um desdobramento do site Gua de Jazz, que ficou no ar por 14 anos, e depois foi descontinuado.

O nome do blogue (Jazz ao seu alcance) é o mesmo do livro lançado por mim em 2009, pela editora Multifoco, que tem como objetivo desvendar o mundo do jazz e seus progagonistas, sejam eles instrumentistas, cantores, jornalistas, escritores, produtores ou gravadoras.

No decorrer dos anos, dezenas de postagens foram feitas neste blogue, parte delas está destacada na coluna da direita, chamada de Postagens Favoritas, mas outras matérias acabaram ficando perdidas diante do extenso conteúdo. Diante disso, abaixo, você encontrará links para todas as postagens feitas no blogue.

A cada nova postagem, os links serão incluídos aqui. Os links estão em ordem decrescente, ou seja, no topo estão as postagens mais recentes e no fim as matérias mais antigas. Boa leitura e obrigado pela sua audiência.

Para facilitar a busca nos índices abaixo, as publicações "temáticas" foram separadas por cores. É bem simples de entender. Postagens de dicas de CDs estão na cor VERMELHO. Já as postagens dedicadas a um artista específico estão na cor BRANCA. Matérias sem tópico específico estão na cor AMARELO, e postagens sobre premiações estão na cor AZUL.

Jacky Terrasson - Reach

Cultura FM apresenta Série Brasileiros

Hancock recebe o prêmio Polar Music

Metheny e Kamasi tocam em Curitiba

Saxofonistas dominam premiação do JJA

International Jazz Day 2025

NEA Jazz Masters 2025

Kurt Rosenwinkel - Live at Village Vanguard

Boranda lança série documental

Chick Corea, Norah Jones e Samara vencem Grammy 2025

DownBeat aponta os melhores álbuns de 2024

Arturo Sandoval é homenageado no Kenny Center

Grammy 2025, os indicados

Arthur Nestrovski celebra a longa arte de Tom Jobim

Clube holandês Bimhuis completa 50 anos

Árvore do Jazz

7 décadas de Pat Metheny

Downbeat aponta 25 novos jazzistas para o futuro

80 anos de Chico Buarque

Saudades de Chick Corea

JJA Jazz Awards 2024: os vencedores

International Jazz Day 2024

Newport Jazz Festival completa 70 anos

Childs, Zuraitis e Ndegeocello conquistam o Grammy 2024

DownBeat aponta os melhores álbuns de 2023

Lee Morgan - Sidewinder

Grammy 2024: os indicados

Joshua Redman - Where Are We

Violões de Lubambo e Pinheiro, finalmente, se encontram

NEA Jazz Masters ganha quatro novos membros em 2024

Count Basic - Live

JJA Jazz Awards 2023: os vencedores

George Coleman - Live at Smalls Jazz Club

Rickie Lee Jones - Pieces of Treasure

JJA Jazz Awards 2023: os indicados

International Jazz Day 2023

NEA Jazz Masters ganha quatro novos membros em 2023

Kenny Garrett - Songbook

Obrigado, Burt Bacharah

Terri Lyne Carrington e Samara Joy vencem Grammy 2023

DownBeat aponta os melhores álbuns de 2022

Morre o jornalista Luiz Orlando Carneiro

Trilhas e jazz caminham juntos na longa estrada percorrida por Dave Grusin

Grammy divulga indicados para edição de 2023

Documentário mostra Ron Carterem busca das no tas certas

Gato Tom faz versão de tema composto por Louis Jordan

80 primaveras de Flora Purim

Lendário produtor Creed Taylor morre aos 93 anos

Kansas City - Soundtrack

Irene Kral - Kral Space

Ella Fitzgerald - At the Hollywood Bowl: The Irving Berlin Songbook

80 anos de Paul McCartney

Após dois anos fechado, clube nova-iorquino Smoke Jazz volta maior e melhor

Jazz Fest: A New Orleans Story

JJA Jazz Awards 2022: os vencedores

International Jazz Day 2022

JJA Jazz Awards 2022: os indicados

Documentário traz o mitológico clube londrino Ronnie Scott

Grammy 2022 - Os vencedores

Wayne Shorter vira nome de rua em Newark

Flip Phillips - Swing Is The Thing

Empoderadas, Cécile, Melissa e Mary trazem criatividade e atitude ao jazz

Kenny G volta em documentário e com álbum de inéditas

Johnny Griffin - A Blowin' Session

DownBeat aponta os melhores álbuns de 2021

Paixão e faro privilegiado moveram carreira de Bruce Lundvall

Casino Lights 99 - Vários

Jazz, uma jornada sem fim

Bill Charlap - Streets of Dreams

Jon Batiste e Tony Bennett lideram corrida pelo Grammy 2022

Diversidade e longevidade marcam história do Montreux Jazz Festival

Jazz não morre, mas fica órfão sem eles

Greg Osby - Inner Circle

Historiador Phil Schaap morre aos 70 anos

Roy Hargrove & Mulgrew Miller - Harmony

Jerry Bergonzi - Tenorist

NEA Jazz Masters ganha quatro novos membros em 2022

Hoje é dia de rock, bebê

Sesc promove debate Música para Ler

Good Night, and Good Luck - Soundtrack

Cinco décadas de Ivan Lins

Joe Lovano & Dave Douglas - Other Worlds

Maria Schneider leva quatro prêmios no JJA Jazz Awards 2021

JJA Jazz Awards 2021: os indicados

International Jazz Day 2021

Premiação celebra os novos membros da NEA Jazz Masters 2021

Eternamente, José Domingos Raffaelli

Hoje é Dia do Disco, bebê

Norah Jones - Til We Meet Again

Coleções e fascículos de discos ainda estão entre nós

Donald Harrison – Nouveau Swing

Grammy 2021: Chick Corea leva dois prêmios

Wes Montgomery & Wynton Kelly Trio - Smokin’ At The Half Note

JazzTimes aponta os 100 melhores discos das últimas cinco décadas

100 vezes Dave Brubeck

Grammy 2021: os indicados

DownBeat profetiza a nova década do jazz

The Bad Plus - Give

90 primaveras de Sonny Rollins

Dívida do Brasil com Laurindo Almeida ainda não foi paga

Guia de Jazz no Twitter

100 x Charlie Parker

Dee Dee Bridgewater - Eleanora Fagan (1915-1959): To Billie With Love From Dee Dee

2020 JJA Jazz Awards - Os vencedores

Dia Internacional do Jazz 2020

Kenny Barron & Charlie Haden - Night and the City

TUCCA traz estrelas do jazz e do erudito

Jazz Sinfônica recebe grandes nomes da MPB na Sala São Paulo

100 álbuns que abalaram o mundo do jazz

Pat Metheny - From This Place

Saudade de Pixinguinha

Rachelle Ferrell - Live in Montreux 91-97

Grammy 2020: os vencedores

Maria Mendes - Close to Me

Downbeat: melhores de 2019

Adolfo Mendonça comanda The History of Jazz no Blue Note SP

E lá se vai 2019

Count Basic - Live

Concursos descobrem novos talentos do jazz

Grammy 2020: os indicados

Harry Connick Jr. - True Love: A Celebration of Cole Porter

Kenny Barron & Mulgrew Miller -The Art of Piano Duo

Bobby Scott - Slowly

Dan Morgenstern eleva a arte da crítica

The Brand New Heavies - TBNH

New Orleans Jazz & Heritage Festival: 50 anos

Manu Katché - Neighbourhood

Sara Gazarek - Thirsty Ghost

John Coltrane - Blue World

Chrissie Hynde - Valve Bone Wo

Pat Metheny - Secret Story

Ressuscitando Miles

Quiana Lynell - A Little Love

Avishai Cohen - Arvoles

Série Jazz Icons - DVD

5 décadas de ECM

Jimmy Smith - Organ Grinder Swing

2019: Críticos da DownBeat escolhem os melhores do ano

2020: NEA Jazz Masters

Chris Potter - Circuits

Zuza Homem de Jazz: documentário destaca vida do musicólogo

Peter Frampton - All Blues

Beyond The Notes traz a história da Blue Note

Guitarristas fazem tributos em seus novos discos

Nostalgia traz Jazz 625 de volta à BBC

Top 100 - Casas de jazz

JJA Jazz Awards 2019 - os vencedores

Dia Internacional do Jazz 2019

Marsalis traz o pioneiro Buddy Bolden ao cinema

JJA Jazz Awards 2019 - Indicados

Herbie Hancock, o camaleão do jazz

Branford e Joshua voltam ao formato de quarteto

Toca Raul de Souza

Nat King Cole - rei centenário

Betty Carter - Feed the Fire

Grammy 2019 - Os Vencedores

A arte do jazz nas lentes de Jean Pierre Leloir

Leny Andrade é a tradução da musicalidade

Blue Note Rio - Vídeos

Downbeat: os melhores discos de 2018

E lá se vai 2018

Grammy 2019: os indicados

Wayne Shorter é homenageado no Kennedy Center Honors

Gary Burton - Like Minds

Rawsey Lewis comanda o Legends Of Jazz

Roy Hargrove - With The Tenors Of Our Time

Legado de Raphael Rabello ao violão é incontestável

Jazz on a Summer’s Day

Blue Note Rio, um ano depois

Quincy Jones, o Midas da música

Emilio Santiago, um ilustre desconhecido

Jazzahead globaliza músicos de jazz

YellowJackest - Raising Our Voice

Tony Bennett Highlander

Maratona de Standards

Um Café Lá em Casa

Três décadas de Tuck e Patti

Veja os vencedores do 29º Prêmio da Música Brasileira

Músicos de quatro continentes se apresentam no Sesc Jazz

Críticos da Downbeat escolhem os melhores do ano

JJA Jazz Awards 2018 - Os vencedores

Icons Among Us

Dia Internacional do Jazz - Rússia 2018

One Night With Blue Note - DVD

Bobby Short - You’re the Top

Grammy 2018 - Vencedores

Jimmy Cobb - The Original Mob

E lá se vai 2017

Nina Simone entra no Rock and Roll Hall of Fame

Sarah Vaughan - Crazy and Mixed Up

Grammy 2018 - Os indicados

Wynton Marsalis é imortalizado no Hall of Fame

Hugh Masekela - The Lasting Impressions of Ooga Booga

Thelonious Monk chega aos 100

Jazz na Espanha deve muito a Cifu

Squirrel Nut Zippers - Bedlam Ballroom

Programa Tiny Desk desnuda a eloquência do jazz

Blue Note Rio

Jazz na Fábrica - 2017

Prêmio da Música Brasileira - Os vencedores

Saudades de Paulo Moura

Alberta Hunter - Amtrak Blues

Homenagem a Sonny Rollins

Talking Jazz

Mark Isham - Blue Sun

JJA Jazz Awards 2017 - Vencedores

Samsung Blues Festival

JJA Jazz Awards 2017 - Indicados

Paul Winter & Oscar Castro-Neves - Brazilian Days

Grammy 2017 - Vencedores

Michel Petrucciani - Solo Live

Jazz no Natal

Indicados ao Grammy 2017

Leitores da Downbeat elegem os melhores de 2016

Diane Schuur - In Tribute

Fingerpainting: The Music of Herbie Hancock

Original Album Series

Bondesom

Blue Note Perfect Takes

Billy Strayhorn: Lush Life

Makoto Ozone - Nature Boys

Anat Cohen e Trio Brasileiro

JJA Jazz Awards 2016 - Os vencedores

International Jazz Day 2016

Documentários

Soundcloud

Lyle Mays - Fictionary

À Flor da Pele

Pau Brasil lança novo disco

Grammy 2016 - vencedores

Saudades de Noel Rosa

Saudades de Tom Jobim

Quarteto Metropole

Saudade de Grover Washington Jr. & Eric Gale

19º JJA Jazz Awards - 2015

International Jazz Day 2015

Whiplash - Trilha Sonora

Blue Note At 75

Herbie Hancock é homenageado no Kennedy Center Honors 2013

A Great Day in Harlem

Carnegie Hall Salutes Jazz Masters

David Murray - Live At Village Vanguard 1986

Discos na íntegra - Youtube

Rankings - Fotos

Dicas de CDs

Playlists Novo Podcast Jazzy

Novo Podcast Jazzy

2015 Great Jazz Rooms

Shows e documentários na íntegra

Instrumental SESC Brasil

Michel Petrucciani - Live At The Village Vanguard - 1984

Música Instrumental Brasileira

100 + importantes gravações da história do jazz

Jornal do Brasil - Resenha - Livro de jazz

Jazz ao seu alcance - O Livro

Jazz ao seu alcance - O Livro

Calendário do Jazz - Mortes e Nascimentos

The Blue Note 7

Jazz, uma breve introdução

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Jacky Terrasson - Reach


Por 14 anos o Guia de Jazz esteve no ar com a missão de aproximar os internautas ao jazz. Um dos tópicos mais visitados era o de dicas de CDs, no qual dezenas de discos eram indicados e resenhados por mim. Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".

Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia (dicas de CDs, DVDs, livros, entrevistas e muito mais) - você encontrará quinzenalmente neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.

Sempre que possível, ao final de cada resenha você encontrará vídeos do Youtube com algumas faixas do disco indicado para escutar. Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui.

Jacky Terrasson - Reach (1995)


Ser um músico de jazz e não ter nascido nos Estados Unidos é uma barreira que centenas de talentosos instrumentistas têm tentado superar. Isto não quer dizer que ser europeu, africano, asiático ou sul-americano é um problema, mas sem dúvida nenhuma é um “empecilho” que atrapalha o reconhecimento de um músico não americano.

Essa é mais ou menos a história do pianista alemão Jacky Terrasson. Nascido em Berlim, Terrasson mudou para Paris ainda durante a infância. Nos anos seguintes, o jovem músico estudou e tornou-se um dos maiores pianistas da atualidade. Sua carreira começou a deslanchar em 1993, quando conquistou o primeiro lugar no influente prêmio Thelonious Monk.

Este prêmio foi o passaporte para gravar nos Estados Unidos, mais especificamente na Blue Note. Seu primeiro CD foi lançado em 1993, mas vamos falar aqui do segundo disco editado pela Blue Note, Reach. Apesar da influência de Bud Powell e Thelonious Monk, é impossível não lembrar de Keith Jarrett logo nos primeiros acordes de Terrasson. A vitalidade dos solos e o improviso apurado são características marcantes de Terrasson e principais marcas de Jarrett.

Neste trabalho, assim como no primeiro CD, o pianista está acompanhado do baixista Ugonna Okegwo e do baterista Leon Parker. No encarte do disco, Terrasson diz que a concepção do disco foi gravar três músicos de jazz tocando livremente em um pequeno estúdio. Não há cortes, ou seja, o trio não se preocupou em fazer um disco “limpo”, o que realmente interessa é a interação entre os músicos e o resto é deixar rolar.

Para entender melhor o que isto quer dizer escute a música “Reach”. É magia pura, não é possível não vibrar ao ouvir esse tema que ainda conta com o clássico “Smoke Gets In Your Eyes” no meio tudo. Outro momento de transe acontece em “All My Life”, composta por Parker, e “Happy”, com destaque para o baixo de Okegwo. O CD também abre espaço para dois clássicos da música norte-americana, “(I Love You) For Sentimental Reasons” e “Just One Of Those Things”, de Cole Porter. Para fechar, a balada “Baby Plum” e “The Rat Race”, que vai tirar o fôlego de muito ouvinte.



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