O Curitiba Jazz Sessions anunciou as atrações do Circuito Primavera, que acontecerá nos meses de agosto e setembro de 2025, na Ópera de Arame, na capital paranaense. Os escalados foram o grupo Snarky Puppy, o saxofonista Kamasi Washington, o guitarrista Pat Metheny e o baixista Thundercat.
A produção do festival confirmou que o guitarrista Pat Methney vai se apresentar solo. O músico está no meio da turnê de seu último disco MoonDial, que depois do Brasil ainda passará pela Argentina, Chile, Peru, México e Estados Unidos. Escute abaixo a íntegra dos últimos discos das quatro atrações do festival.
SERVIÇO:
Circuito Primavera do Curitiba Jazz Sessions
Quando: de 24 de agosto a 14 de setembro de 2025
Shows: Thundercat (24/8), Pat Metheny (28/8), Kamasi Washington (3/9) e Snarky Puppy (14/8)
Onde: Ópera de Arame (R. João Gava, 920) - Curitiba -Paraná
Quanto: a partir de R$ 200 (meia), variando conforme data, lote, setor e modalidade
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Anualmente, a Jazz Journalists Association (Associação de Jornalistas de Jazz) faz uma votação para premiar os músicos que mais se destacaram no ano. Em 2025, a 29ª edição do JJA Jazz Awards premiou a saxofonista Marshall Allen como jazzista do ano, e o saxofonista George Coleman (foto) pelo conjunto da obra.
O prêmio para o melhor disco de jazz ficou com outro saxofonista, Charles Lloyd, pelo álbum The Sky Woll Still Be There Tomorrow, lançado pela Blue Note. Ele superou artistas como Steve Coleman, Zaccai Curtis, Kris Davis, Orrin Evans and the Captain Black Big Band.
Por falar em saxofonistas, o JJA Jazz Awards premiou outros cinco além dos citados. São eles: Joe Lovano (sax tenor), Immanuel Wilkins (sax alto), James Carter (sax barítono), Branford Marsalis (sax soprano) e Chris Potter (saxes variados).
O músico do ano foi o centenário saxofonista Marshall Allen. Há sete décadas ele toca na Sun Ra Arkestra e, em em 1995, assumiu como líder da banda (após a morte de Sun Ra em 1993 e a morte de John Gilmore dois anos depois). Allen nasceu na Louisville, no estado norte-americano do Kentucky, e estudou saxofone alto em Paris, na década de 1940. Ele completou 100 anos em maio de 2024.
Na categoria melhor disco histórico, que aponta lançamentos de álbuns e gravações "perdidos" de grandes nomes do jazz, nunca antes lançados, o prêmio ficou com Forces Of Nature - Live at Slugs , da Blue Note Records, estrelado pelo pianista McCoy Tyner e o saxofonista Joe Henderson. Gravado no clube de jazz Slugs' Saloon, em 1966, na cidade de Nova York. O quarteto completo ainda conta com Henry Grimes (baixo) e Jack DeJohnette (bateria).
Na categoria Conjunto da Obra, que sempre destaca um músico com mais de 40 anos de carreira, o vencedor foi o saxofonista saxofonista George Coleman (foto), que superou o saxofonista Joe Lovano e o trompetista Wadada Leo Smith. Em 2024, o vitorioso nesta categoria foi o baterista Jack DeJohnette.
Diferentemente de outras premiações, além dos músicos, também são premiados jornalistas e publicações relacionadas ao mundo do jazz. Entre os prêmios estão melhor revista, melhor blogue e o melhor livro. Você pode conhecer todos os vencedores no site oficial.
Outro destaque são os Jazz Heroes, que premia pessoas que contribuiram para a divulgação do jazz. Neste ano, 36 pessoas de várias cidades dos Estados Unidos foram premiados. Conheça todos eles na página oficial.
Conheça os 29 vencedores na categoria melhor disco em todas as edições do JJA Jazz Awards awards clicando aqui.
CONJUNTO DA OBRA George Coleman
MÚSICO Marshall Allen
REVELAÇÃO Isaiah Collier
COMPOSITOR Mya Melford
ARRANJADOR Maria Schneider
DISCO Charles Lloyd - The Sky Will Still Be There Tomorrow (Blue Note Records)
DISCO HISTÓRICO McCoy Tyner and Joe Henderson - Forces Of Nature - Live at Slugs' (Blue Note Records)
GRAVADORA Blue Note Records
CANTOR Kurt Elling
CANTORA Cécile McLorin Salvant
ORQUESTRA Maria Schneider Orchestra
CONJUNTO MÉDIO Artemis
CONJUNTO New ork Voices
DUETO Cécile McLorin Salvant e Sullivan Fortner
TROMPETISTA Ambrose Akinmusire
TROMBONISTA Steve Turre
METAIS Bob Stewart (Tuba)
SAXOFONISTA ALTO Immanuel Wilkins
SAXOFONISTA VARIADO Chris Potter
SAXOFONISTA TENOR Joe Lovano
SAXOFONISTA BARÍTONO James Carter
SAXOFONISTA SOPRANO Branford Marsalis
CLARINETISTA Anat Cohen
FLAUTISTA Nicole Mitchell
GUITARRISTA Mary Halvorson
BAIXISTA Linda May Han Oh
BAIXISTA ELÉTRICO John Patitucci
VIOLINISTA/HARPA/CELLO Tomeka Reid
PIANISTA Kenny Barron
TECLADISTA Herbie Hancock
PERCUSSIONISTA Kahil El’Zabar
VIBRAFONISTA Patricia Brennan
BATERISTA Brian Blade
INSTRUMENTO RARO NO JAZZ Susan Alcorn (guitarra pedal steel)
OUTROS FORMATOS
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No dia 30 de abril de 2025, aconteceu a 14ª edição do International Jazz Day, que tem o objetivo de celebrar o jazz e promover a união de músicos de diferentes nações. Desta vez, o local escolhido foi a cidade de Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, com a presença do mestre de cerimônia, o lendário pianista Herbie Hancock, que completou 85 anos em 12 de abril, e a participação do ator britânico Jeremy Irons.
Em 2024, a cidade escolhida foi Tânger, no Marrocos. Durante a cerimônia deste ano, foi anunciado que a cidade escolhida para receber a edição de 2026 do International Jazz Day é Chicago, nos Estados Unidos. Em 2026, também é comemorado os 250 anos da assinatura da Declaração de Independência do país.
Como de costume, artistas de várias nacionalidades se revezaram no palco da capital Abu Dhabi, entre eles, Arqam Al Abri (Emirados Árabes Unidos), John Beasley (EUA), Dee Dee Bridgewater (EUA), A Bu (China), Terri Lyne Carrington (EUA), Kurt Elling (EUA), Ruthie Foster (EUA), José James (EUA), Rhani Krija (Marrocos), John McLaughlin (Reino Unido), Hélène Mercier (França/Canadá) , Marcus Miller (EUA), Linda May Han Oh (Austrália) , John Pizzarelli (EUA), Dianne Reeves (EUA), Arturo Sandoval (Cuba), Naseer Shamma (Iraque), Emmet Cohen (EUA), Danilo Pérez (Panamá) e Varijashree Venugopal (Índia).
Abaixo você encontra a íntegra de algumas edições passadas, que aconteceram em Tânger-Marrocos (2024), Nova York (2022), Melbourne-Sydney (2019), São Petersburgo-Rússia (2018), Havana-Cuba (2017), Washington-EUA (2016), Paris-França (2015), Osaka-Japão (2014), Istambul-Turquia (2013) e Paris-França (2012). Também está disponível a edição de 2020, que foi inteiramente virtual, a de 2023, que trouxe apresentações em diversos locais ao redor do planeta.
OUTROS FORMATOS
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A National Endowment for the Arts (NEA) divulgou os nomes dos escolhidos para a edição de 2025 do NEA Jazz Masters. São eles: Marshall Allen (saxofonista), Marilyn Crispell (pianista), Chucho Valdés (pianista) e Gary Giddins (jornalista). A cerimônia acontecerá em 26 de abril de 2025, no John F. Kennedy Center for the Performing Arts, na capital Washington (EUA).
Em 2024, os vencedores foram Terence Blanchard (trompetista), Willard Jenkins (escritor e produtor), Amina Claudine Myers (cantora e pianista) e Gary Bartz (saxofonista).
Desde 1982, cerca de 177 personalidades, entre músicos, compositores, arranjadores, jornalistas, radialistas e escritores, receberam a honraria batizada de NEA Jazz Masters. Nomes como Count Basie, Sonny Rollins, Dizzy Gillespie, Miles Davis, Sarah Vaughan, Chick Corea, Ella Fitzgerald, Pat Metheny e Dan Morgenstern já foram premiados pela NEA.
Neste ano, o NEA traz o premiado mais longevo de toda a sua história de quatro décadas: Marshall Allen, que completou 100 anos de maio de 2024. Há sete décadas toca na Sun Ra Arkestra e, em em 1995, ele assumiu como líder da banda (após a morte de Sun Ra em 1993 e a morte de John Gilmore dois anos depois). Allen nasceu na Louisville, no estado norte-americano do Kentucky, e estudou saxofone alto em Paris, na década de 1940.
Já o pianista Chucho Valdés é uma dos músicos cubanos mais conhecidos no universo do jazz, com uma carreira de seios décadas, grande parte nos Estados Unidos. Chucho é filho do lendário pianista Bebo Váldes, e também um dos fundadores do grupo Irakere, que também contava com o trumpetista Arturo Sandoval e o saxofonista Paquito D’Rivera.
A pianista Marilyn Crispell não é muito popular entre os ouvintes de jazz, já que faz parte do movimento jazzista avant-garde, que é "naturalmente" um jazz mais difícil de ser degustado. Por dez anos, integrou o Anthony Braxton Quartet e o Reggie Workman Ensemble. Além de tocar, ela ministrou workshops de improvisação e realizou palestras/demonstrações em universidades e centros de arte nos EUA, Europa, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, além de colaborar com cinegrafistas, cineastas, dançarinos e poetas.
Por fim, o incansável jornalista e escritor Gary Giddins, que por três décadas foi colunista do jornal nova-iorquino Village Voice, e tem no currículo mais de duas dezenas de livros publicados, entre eles, Visions of Jazz: The First Century; Weather Bird: Jazz at the Dawn of Its Second Century; Satchmo: The Genius of Louis Armstrong, e Celebrating Bird: The Triumph of Charlie Parker. Certa vez, Giddins disse que escreve sobre jazz porque "o tema "Jubilee", de Louis Armstrong, de 1938, que deveria ser incluído em qualquer sistema de saúde universal, é um segredo bom demais para ser guardado".
VEJA ABAIXO TODOS OS VENCEDORES DO NEA JAZZ MASTERS
1982: Roy Eldridge, Dizzy Gillespie e Sun Ra
1983: Count Basie, Kenny Clarke e Sonny Rollins
1984: Ornette Coleman, Miles Davis e Max Roach
1985: Gil Evans, Ella Fitzgerald e Jonathan Jones
1986: Benny Carter, Dexter Gordon e Teddy Wilson
1987: Cleo Patra Brown, Melba Liston e Jay McShann
1988: Art Blakey, Lionel Hampton e Billy Taylor
1989: Barry Harris, Hank Jones e Sarah Vaughan
1990: George Russell, Cecil Taylor e Gerald Wilson<
1991: Danny Barker, Buck Clayton, Andy Kirk e Clark Terry
1994: Louie Bellson, Ahmad Jamal e Carmen McRae
1995: Ray Brown, Roy Haynes e Horace Silver
1996: Tommy Flanagan, Benny Golson e J.J. Johnson
1997: Billy Higgins, Milt Jackson e Anita O'Day
1998: Ron Carter, James Moody e Wayne Shorter
1999: Dave Brubeck, Art Farmer e Joe Henderson
2000: David Baker, Donald Byrd e Marian McPartland
2001: John Lewis, Jackie McLean e Randy Weston
2002: Frank Foster, Percy Heath e McCoy Tyner
2003: Jimmy Heath, Elvin Jones e Abbey Lincoln
2004: Jim Hall, Chico Hamilton, Herbie Hancock, Luther Henderson, Nat Hentoff e Nancy Wilson
2005: Kenny Burrell, Paquito D'Rivera, Slide Hampton, Shirley Horn, Artie Shaw, Jimmy Smith e George Wein
2006: Ray Barretto, Tony Bennett, Bob Brookmeyer, Chick Corea, Buddy DeFranco, Freddie Hubbard e John Levy
2007: Toshiko Akiyoshi, Curtis Fuller, Ramsey Lewis, Dan Morgenstern, Jimmy Scott, Frank Wess e Phil Woods
2008: Candido Camero, Andrew Hill, Quincy Jones, Tom McIntosh, Gunther Schuller, Joe Wilder
2009: George Benson, Jimmy Cobb, Lee Konitz, Toots Thielemans, Rudy Van Gelder e Snooky Young
2010: Muhal Richard Abrams, George Avakian, Kenny Barron, Bill Holman, Bobby Hutcherson, Yusef Lateef, Annie Ross e Cedar Walton
2011: Hubert Laws, David Liebman, Johnny Mandel, Orrin Keepnews e Marsalis Family (Ellis Marsalis, Jr., Branford Marsalis, Wynton Marsalis, Delfeayo Marsalis e Jason Marsalis
2012: Jack DeJohnette, Von Freeman, Charlie Haden, Sheila Jordan e Jimmy Owens
2013: Mose Allison, Lou Donaldson, Lorraine Gordon e Eddie Palmieri
2014: Jamey Aebersold, Anthony Braxton, Richard Davis e Keith Jarrett
2015: Carla Bley, George Coleman, Charles Lloyd e Joe Segal
2016: Gary Burton, Wendy Oxenhorn, Pharoah Sanders e Archie Shepp
2017: Dee Dee Bridgewater, Ira Gitler, Dave Holland, Dick Hyman e Lonnie Smith
2018: Pat Metheny, Dianne Reeves, Joanne Brackeen e Todd Barkan
2019: Bob Dorough, Abdullah Ibrahim, Maria Schneider e Stanley Crouch
2020: Bobby McFerrin, Roscoe Mitchell, Reggie Workman e Dorthaan Kirk
2021: Terri Lyne Carrington, Albert “Tootie” Heath, Henry Threadgill e Phil Schaap
2022: Stanley Clarke, Billy Hart, Cassandra Wilson e Donald Harrison, Jr
2023: Regina Carter, Kenny Garrett, Louis Hayes e Sue Mingus
2024: Gary Bartz, Terence Blanchard, Amina Claudine Myers e Willard Jenkins
2025: Marshall Allen, Marilyn Crispell, Chucho Valdés e Gary Giddins
OUTROS FORMATOS
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Por 14 anos o Guia de Jazz esteve no ar com a missão de aproximar os internautas ao jazz. Um dos tópicos mais visitados era o de dicas de CDs, no qual dezenas de discos eram indicados e resenhados por mim. Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".
Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia (dicas de CDs, DVDs, livros, entrevistas e muito mais) - você encontrará quinzenalmente neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.
Sempre que possível, ao final de cada resenha você encontrará vídeos do Youtube com algumas faixas do disco indicado para escutar. Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui.
Kurt Rosenwinkel - The Remedy - Live at the Village Vanguard (2008)
A liberdade é a principal ferramenta do jazz. No jargão musical, isso quer dizer improvisar, ou seja, deixar a música fluir, sem fronteiras. Nas últimas duas décadas, uma infinidades de novos músicos tem provado que não há limites para o jazz e para a inquietação natural presente na maioria dos jazzistas. É neste universo que vive o guitarrista norte-americano Kurt Rosenwinkel.
O talento do músico é comparado a guitarristas como Pat Metheny, John Scofield e Bill Frisell. Mas Rosenwinkel já declarou que seu toque é como se fosse a união entre Allan Holdsworth e Grant Green, dois guitarristas de épocas e toques distintos.
A inquietação do guitarrista está totalmente explícita no disco duplo ao vivo The Remedy: Live at the Village Vanguard, gravado ao vivo na tradicional casa de jazz de Nova Iorque, em 2006. Ao seu lado estão Mark Turner (sax), Aaron Goldberg (piano), Joe Martin (baixo) e Eric Harland (bateria). A apresentação no mitológico Village marca a maturidade artística do guitarrista, autor de sete das oito músicas apresentadas aqui.
A média de duração de cada música é de 13 minutos. Com isso, cada músico tem seu momento solo na maioria das músicas, com destaque para o sax de Turner, a guitarra de Rosenwinkel e o piano de Goldberg. Logo de saída, o ouvinte é nocauteado com “Chords”, de 16 minutos, na qual o guitarrista sola de forma enérgica e eloquente, seguido depois pelo solo de sax e no sequência o piano.
O ouvinte é brindado em seguida com “The Remedy”, um tema mais introspectivo, mas não menos hipnotizante e criativo. Em “Flute”, o piano de Goldberg é o destaque. A catarse acontece em “A Life Unfolds”, com quase 18 minutos de duração. Assim como no primeiro disco, o CD 2 também começa em ritmo acelerado com “View From Moscow” e depois com a delicada “Terra Nova”.
Kurt Rosenwinkel tem mais uma dezena de CDs para ser degustado. Em todos eles, o ouvinte encontrará um músico ciente de seu papel dentro do jazz atual e um guitarrista maduro o suficiente para continuar sua obra nas próximas três décadas.
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A Borandá Produções lançou no início de fevereiro a série documental Harmonias Paulistas, com seis episódios, apresentando alguns dos mais importantes instrumentistas do estado de São Paulo como protagonistas, revelando histórias guardadas, alguns momentos-chave que, embora desconhecidos do público, foram absolutamente transformadores, determinantes ou muito marcantes em suas carreiras.
Sob a condução do jornalista e crítico musical Carlos Calado, e com direção artística de Gisella Gonçalves, idealizadora do projeto, cada episódio tem duração entre 16 e 20 minutos, sempre com artistas que são referência em seus respectivos instrumentos: Paulo Bellinati (violão), Roberta Valente (pandeiro), Adriana Holtz (violoncelo), Alexandre Ribeiro (clarinete), Heloísa Fernandes (piano) e Toninho Ferragutti (acordeom).
A série retrata a versatilidade da música paulista da atualidade, através destes músicos que transitam por diversos gêneros, do choro tradicional à música erudita, passando pelo jazz, o forró e a música caipira de raiz. Em uma homenagem especial ao nosso eterno "maestro soberano", cada episódio se encerra com uma performance exclusiva em estúdio, onde o protagonista do episódio interpreta uma obra de Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim (1927-1994).
"A proposta da série é ser algo mais do que uma série documental de entrevistas. A atuação do jornalista e crítico musical Carlos Calado é fundamental, sempre no sentido de levar os protagonistas a falarem de si, da música que fazem e de suas carreiras de uma maneira, a um só tempo, espontânea e profunda, sentida. Em entrevistas prévias às gravações, o jornalista identificou histórias peculiares na vida de cada um deles e apontou locais relevantes em suas trajetórias de vida para as gravações. Assim, a Sala do Conservatório foi o cenário das gravações de Paulo Bellinati e Heloísa Fernandes, já que ambos estudaram, em épocas distintas, no hoje extinto Conservatório Dramático e Musical de São Paulo", destacou o comunicado da Borandá.
O primeiro episódio, com o violonista Paulo Bellinati, você pode conferir na íntegra logo abaixo. O próximo será com a panderista Roberta Valente, que entrará no site oficial da Borandá no dia 20 de fevereiro, às 20h. E os outros quatro episódios restantes vão ao ar sempre as quartas.
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A Academia do Grammy anunciou no dia 2 de fevereiro os vencedores da 67ª edição dos prêmios Grammy. Ao todo, foram premiados artistas em 94 categorias dos mais diversos gêneros musicais, entre eles, rock, pop, blues, clássico, folk, R&B, rap, country, new age, gospel e jazz.
A categoria de jazz é dividida em seis sub-categorias: improviso, álbum, álbum vocal, orquestra, latino e alternativo. São cinco indicados em cada categoria. Os artistas de jazz também aparecem com frequência em outras categorias, entre elas, composição instrumental e arranjo.
Na "principal" categoria, de melhor disco de jazz, o Grammy ficou com o dueto entre o saudoso pianista Chick Corea e o banjoísta Bela Fleck (foto), com o álbum Remembrance. O disco é o ultimo registro do Corea, que faleceu em 2021, de câncer, aos 79 anos. A dupla já tinha levado um Grarmmy na categoria melhor disco de jazz latino, em 2007, pelo álbum The Enchantment.
Entre os cantores, o melhor disco de jazz vocal ficou com Samara Joy, pelo álbum A Joyful Holiday. Ela também ficou com o prêmio na categoria melhor execução de jazz, pela faixa "Twinkle Twinkle Little Me". Com os dois Grammys deste ano, a cantora soma agora cinco prêmios. Em 2023, ela ganhou nas categorias melhor disco de jazz vocal e artista revelação.
Na categoria melhor disco de jazz latino, o prêmio ficou com o pianista Zaccai Curtis, pelo álbum Cubop Lives!. No material promocional do disco, Curtis mencionou sua admiração pelo trompetista Dizzy Gillespie e percussionista cubano Chano Pozo, que foram um dos primeiros músicos a misturar os ritmos afro-cubanos e afro-americanos, lá na década de 1950.
Já o Brasil não foi premiado neste ano. O cantor Milton Nascimento concorria pela parceria com a baixista e cantora Esperanza Spalding na categoria melhor disco de jazz vocal. Quem tambem não levou foi a pianista Eliane Elias e o bandolista Hamilton de Holanda. Ambos concorriam na categoria melhor disco de jazz latino. O último brasileiro a ganhar o Grammy foi a pianista Eliane Elias, com o disco Mirror Mirror, em 2022, na categoria melhor disco de jazz latino.
Norah Jones conquistou seu 10° Grammy pelo disco Visions
Outro destaque foi o 10° prêmio conquistado pela cantora Norah Jones, na categoria melhor álbum de pop tradicional, pelo disco Visons. O primeiro Grammy da cantora aconteceu em 2002, quando ele levou para casa cinco prêmios, incluindo os dois principais da noite, álbum do ano (Come Away With Me) e gravação do ano ("Don't Know Why"). Ao todo, Norah tem no currículo 20 indicações ao Grammy.
Na categoria melhor disco de orquestra, o prêmio ficou com o disco do baterista Dan Pugach, pelo álbum Bianca Reimagined: Music for Paws and Persistence. Além da big band comandada por Pugach, o álbum também traz a cantora Nicole Zuraitis, mulher do baterista, em várias das faixas do disco. Nicole levou o Grammy de melhor disco de jazz em 2024.
EXECUÇÃO DE JAZZ
"Twinkle Twinkle Little Me" — Samara Joy & Sullivan Fortner
ÁLBUM VOCAL
A Joyful Holiday — Samara Joy
ÁLBUM INSTRUMENTAL
Remembrance — Chick Corea & Béla Fleck
ÁLBUM DE ORQUESTRA
Bianca Reimagined: Music for Paws and Persistence — Dan Pugach Big Band
ÁLBUM JAZZ LATINO
Cubop Lives! — Zaccai Curtis
ÁLBUM DE JAZZ ALTERNATIVO
No More Water: The Gospel Of James Baldwin — Meshell Ndegeocello
ÁLBUM DE POP TRADICIONAL
Visions — Norah Jones
ÁLBUM INSTRUMENTAL CONTEMPORÂNEO
Plot Armor — Taylor Eigsti
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A revista DownBeat publica anualmente, em janeiro, um apanhado sobre os CDs mais bem cotados de todas as edições do ano anterior. É uma ótima oportunidade para encontrar grandes discos que, por vários motivos, passaram desapercebidos.
Em 2024, no topo da lista, com a cotação de cinco estrelas, 15 discos conquistaram plenamente os críticos da revista, entre centenas de discos resenhados nas 12 edições do ano passado. Há também outros três discos com cotação máxima, mas que foram resenhados apenas no site da revista, ficando de fora da edição impressa.
São eles: Dan Tepper & Miguel Zenón (Internal Melodies), Mark Turner Quartet (Live At The Village Vanguard), Geri Allen & Kurt Rosenwinkel (A Lovesome Thing), Christie Dashiell (Journey in Black), Miguel Atwood Ferguson (Les Jardins Mystiques, Volume 1), Christian McBride & Edgar Meyer (But Who’s Gonna Play The Melody?), Jamie Baum Septet (What Times Are These), Bria Skonberg (What It Means), Sarah Hanahan (Among Giants), Brian Landrus (Plays Ellington & Strayhorn), Enrico Pieranunzi, Marc Johnson & Joey Baron (Hindsight), Patricia Brennan (Breaking Stretch), Tyshawn Sorey (The Susceptible Now), Milton Suggs (Pure Intention) e Geoffrey Keezer (Live At Birdland).
Entre os mais bem cotados, destaque para a parceria entre a pianista Geri Allen e o guitarrista Kurt Rosenwinkel, gravado ao vivo na França em 2012. Allen morreu em 2017, aos 60 anos de idade. Outro álbum impressionante é do trio liderado pelo baterista Tyshawn Sore, ao lado de Aaron Diehl (piano) e Harish Raghavan (baixo). Os críticos também se renderam ao talento da jovem saxofonista Sarah Hanahan (foto), que lançou seu disco de estreia no ano passado. Também não poderia faltar uma das sensações do ano passado, a cantora e pianista Christie Dashiell, com o seu festejado disco Journey in Black.
Além dos lançamentos, a revista também concedeu cinco estrelas para oito álbuns denominados históricos, ou seja, são discos com gravações inéditas, mas que não foram registradas em 2023. São eles: A Night At The Village Vanguard: The Complete Masters (Sonny Rollins), Copenhagen 1958 (Duke Ellington), For Peace And Liberty: In Paris, Dec. 1972 (Black Artists Group - BAG), Centennial (King Oliver's Creola Jazz Band), The Love Suite: In Mahogany (Roy Hargrove), Complete Maiden Voyage Recordings (Art Pepper), Classic Don Byas Sessions 1944–1946 (Don Byas), Tales—Live In Copenhagen 1964 (Bill Evans)
A edição traz outras dezenas de títulos divididos em duas outras cotações: quatro estrelas e meia e quatro estrelas. Entre eles estão os guitarristas Peter Bernstein (Better Angels) e Julian Lage (Speak To Me), os saxoxonistas Jim Snidero (For All We Know) e Linda Sikhakhane (Iladi), o pianista Emmet Cohen (Vibe Provider) e o trumpetista Davida Weiss (Auteur), todos com quatro estrelas e meia.
Entre os que ficaram com quatro estrelas estão Ethan Iverson (Technically Acceptable), Mary Halvorson (Cloudward), Charles Chen (Charles, Play!), Dave Douglas (Gifts), Melissa Aldana (Echoes Of The Inner Prophet), Chris Potter (Eagle’s Point), Milton Nascimento & Esperanza Spalding (Milton+esperanza), Wayne Shorter (Celebration Volume 1), Matthew Shipp (New Concepts In Piano Trio Jazz), Steve Turre (Sanyas) e Avishai Cohen (Ashes To Gold).
A revista também selecionou outras duas dezenas de discos que passaram exclusivamente pelo site da publicação, mas não foram resenhados na seção Review da edição impressa. Entre eles, estão, com cinco estrelas, Alina Bzhezhinska & Tony Kofi (Altera Vita), Cannonball Adderley (Burnin’ In Bordeaux: Live In France 1969) e Immaniel Wilkins (Blues Blood). Também foram bem recebidos os albuns de Bill Charlapp Trio (And Then Again), Jacky Terrasson (Moving On) e o pianista brasileiro Amaro Freitas (Y’Y), os três com cotação 4 estrelas e meia.
A revista britânica Jazzwise também publicou uma relação com os seus preferidos de 2024. Veja abaixo os escolhidos:
Samara Joy - Portrait
Charles Lloyd - The Sky Will Still Be There Tomorrow
Milton Nascimento and Esperanza Spalding - Milton + esperanza
Mary Halvorson - Cloudward
James Brandon Lewis Quartet- Transfiguration
David Murray Quartet - Francesca
Pat Metheny - Moondial
(ahmed) - Giant Beauty
Wadada Leo Smith/Amina Claudine Myers - Central Park’s Mosaics of Reservoir, Lake, Paths and Gardens
John Surman - Words Unspoken
Empirical - Wonder Is The Beginning
Aaron Parks - Little Big III
Ruth Goller - Skyllumina
Claire Martin - Almost In Your Arms
Alina Bzhezhinska and Tony Kofi - Altera Vita
Immanuel Wilkins - Blues Blood
Melissa Aldana - Echoes of The Inner Prophet
Nubya Garcia - Odyssey
Zara McFarlane - Sweet Whispers: Celebrating Sarah Vaughan
Bill Frisell - Orchestras
A revista online The New York City Jazz Record também publicou sua seleção com os melhores discos de jazz de 2024, de acordo com o editor Laurence Donohue-Green. Veja abaixo os escolhidos:
Goldberg, Todd Sickafoose, and Scott Amendola- Here to There (Secret Hatch)
Borderlands Trio - Rewilder (Intakt)
Darius Jones - Legend of e’Boi (The Hypervigilant Eye) (AUM Fidelity)
JD Allen - The Dark, The Light, The Grey and the Colorful (Savant)
Myra Melford & Allison Miller Lux Quartet — Tomorrowland (Enja-Yellowbird)
Nacka Forum - Peaceful Piano (Moserobie)
Patricia Brennan - Breaking Stretch (Pyroclastic)
Peter Evans — Extra (We Jazz)
Stephan Crump — Slow Water (Papillon Sounds)
Tomeka Reid Quartet — 3+3 (Cuneiform)
OUTROS FORMATOS
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