Em celebração aos 150 anos do Choro no Brasil, a TV Cultura exibiu em dezembro de 2024 o documentário Brasil Toca Choro, baseado na série homônima da emissora, composta por 13 programas temáticos, traça um panorama histórico do primeiro gênero da música urbana tipicamente brasileira. O filme conta com a participação de virtuosos e criativos intérpretes do gênero, de diferentes gerações e estilos, que trazem versões autênticas.
Com uma hora de duração, o programa teve idealização e concepção de Marquinhos Mendonça e supervisão de conteúdo de Mauricio Valim, e traça um panorama histórico do Choro ao celebrar grandes nomes do gênero desde a sua gênese até a atualidade: de Pixinguinha e Chiquinha Gonzaga a Altamiro Carrilho; de Ernesto Nazaré a Villa-Lobos; de Jacob do Bandolim a Hamilton de Holanda; de Valdir Azevedo a Armandinho.
Nelson Ayres, Proveta, Toninho Carrasqueira, Izaías Bueno de Almeida, Hamilton de Holanda e Armandinho são algumas das personalidades que dão depoimentos ao documentário, que também é permeado por mais de 40 músicas. Entre elas, "Flor Amorosa", de Joaquim Callado; "Abre Alas", de Chiquinha Gonzaga; "Oito Batutas", de Pinxinguinha; "Conversa de Botequim", de Noel Rosa; "Brasileirinho", de Waldir Azevedo; "13 de dezembro", de Luiz Gonzaga; "Chega de Saudade", de Tom Jobim; "Sarau para Radamés", de Paulinho da Viola; "João e Maria", de Sivuca e Armandinho; "Chorinho para Ele", de Hermeto Pascoal; e "Capricho de Pixinguinha", de Hamilton de Holanda e outras.
Além dos vídeos da série Brasil Toca Choro, veja abaixo uma apresentação do instrumentista Danilo Brito, em 2017, nos Estados Unidos, tocando e explicando para os gringos toda a riqueza do choro brasileiro, um show-triuto aos 40 anos do disco Mistura e Manda, do saxofonista Paulo Moura, e uma concerto em homenagem a Jacob do Bandolim.
OUTROS FORMATOS
O Blogger oferece a possibilidade do leitor ver as publicações em diferentes formatos (sidebar, classic, flipcard, mosaic e timeslide), o que pode facilitar a navegação e o carregamento dos posts. Fique à vontade para escolher o que você achar mais amigável e confortável para navegar. Abaixo estão links para seis formatos diferentes. Escolha um e boa leitura. Esses formatos não funcionam para quem acessa o site pelo celular.
Uma das mais esperadas premiações do mundo do jazz tem finalmente seus vencedores divulgados. Como acontece todos os anos, a octogenária revista norte-americana Downbeat, em sua edição de dezembro, publica a lista com os premiados no Annual DownBeat International Readers Poll, ou seja, a votação feita pelos leitores. A votação feita pelos críticos é publicada sempre na edição de agosto.
Em 2025, em sua 90° edição, o prêmio mais cobiçado, o de artista do ano, ficou com o baixista Christian McBride, que também ficou com o prêmio de melhor baixista e arranjador de jazz. Em agosto, os críticos elegeram o saxofonista James Brandon Lewis como o artista de jazz do ano.
O baterista Jack DeJohnette, falecido em 26 de outubro de 2025, aos 83 anos, foi escolhido dos leitores para entrar no Downbeat Hall of Fame, prêmio dado para músicos que tem ou tiveram uma longa trajetória no jazz. Para os críticos, este ano foi a vez do saxofonista Anthony Braxton entrar para o hall da fama. Braxton completou 80 anos em junho.
Na categoria melhor disco de jazz, o prêmio ficou com o saaxofonista Branford Marsalis pelo álbum Belonging (Blue Note). O quarteto de Marsalis conta com Joey Calderazzo (piano), Eric Revis (baixo) e Justin Faulkner (bateria). Marsalis também ficou com o prêmio de melhor saxofonista soprano. O pódio da categoria ainda tem Jon Batiste, com o disco Beethoven Blues (Verve), e Bill Charlap Trio, com o disco And The Again (Blue Note).
Para os críticos da revista, o disco do ano foi da vibrafonista Patricia Brennan, com o álbum Breaking Stretch (Pyroclastic), seguido por Ambrose Akinmusire (Honey from a Winter Stone) e Kris Davis Tri (Run the Gauntlet).
Na duas categorias vocais (masculino e feminino), os vencedores foram Kurt Elling e Samara Joy. As brasileiras Flora Purim e Luciana Souza também foram lembradas pelos leitores da revista, assim como o cantor João Bosco.
Outro destaque vai para Manfred Eicher, idealizador da gravadora alemã ECM. Ele foi premiado na categoria melhor produtor. Já a ECM ficou em segundo lugar na categoria gravadora, atrás da veterana Blue Note.
OS VENCEDORES
Artista do ano
Christian Mcbride
Álbum
Branford Marsalis
Belonging (Blue Note)
Hall of Fame
Jack DeJohnette
Álbum histórico
John Coltrane
A Love Supreme: 60th Anniersary Edition (Impulse)
Grupo
Artemis
Big Band
Maria Schneider Orchestra
Trompete
Ambrose Akinmusire
Trombone
Trombone Shortty
Sax soprano
Branford Marsalis
Sax alto
Kenny Garrett
Sax tenor
Chris Potter
Sax baritono
James Carter
Clarinete
Anat Cohen
Flauta
Charles Lloyd
Piano
Emmet Cohen
Tecladista
Herie Hancock
Órgão
Larry Goldings
Guitarra
Pat Metheny
Baixo
Christian McBride
Baixo elétrico
Marcus Miller
Violino
Regina Carter
Baterista
Brian Blade
Percussão
Zakir Hussain
Vibrafone
Stefon Harris
Outros instrumentos
Béla Fleck (banjo)
Cantora
Samara Joy
Cantor
Kurt Elling
Compositor
Maria Schneider
Arranjador
Christian McBride
Gravadora
Blue Note
Produtor
Manfred Eicher
Músico de blues
Buddy Guy
Álbum de blues
Taj Mahal & Keb’ Mo’
Room On The Porch (Concord)
OUTROS FORMATOS
O Blogger oferece a possibilidade do leitor ver as publicações em diferentes formatos (sidebar, classic, flipcard, mosaic e timeslide), o que pode facilitar a navegação e o carregamento dos posts. Fique à vontade para escolher o que você achar mais amigável e confortável para navegar. Abaixo estão links para seis formatos diferentes. Escolha um e boa leitura. Esses formatos não funcionam para quem acessa o site pelo celular.
A Academia do Grammy anunciou no dia 8 de novembro os indicados para a 68ª edição dos prêmios Grammy, que acontecerá no dia 1 de fevereiro de 2026, no Crypto.com Arena, em Los Angeles (EUA). Ao todo, são 95 categorias dos mais diversos gêneros musicais, entre eles, rock, pop, blues, clássico, folk, R&B, rap, country, new age, gospel e jazz.
A categoria de jazz é dividida em seis sub-categorias: improviso, álbum, álbum vocal, orquestra, latino e alternativo. São cinco indicados em cada categoria. Os artistas de jazz também aparecem com frequência em outras categorias, entre elas, composição instrumental e arranjo.
Na "principal" categoria, de melhor disco de jazz, estão na disputa o disco póstumo do pianista Chick Corea, com o registro ao vivo ao lado do baixista Christian McBride e do baterista Brian Blade (Trilogy 3), o trio do pianista Sullivan Fortner (Southern Nights), o quarteto do saxofonista Branford Marsalis (Belonging), o trio liderado pelo baixista John Patitucci, com Chris Potter no sax e Brian Blade na bateria (Spirit Fall), e o grupo Yellowjackets (Fasten Up).
John Patitucci (centro) comando o trio formado por Chris Potter (e) e Brian Blade (d)
Entre os cantores, o melhor disco de jazz vocal terá uma disputa apertada nesta edição, com destaque para a parceria entre a baterista Terri Lyne Carrington e a cantora Christie Dashiell (We Insist 2025!) e o disco de dueto da cantora Dee Dee Bridgewater com o pianista Bill Charlap (Elemental). Quem também deve dar trabalho é o belíssimo registro ao vivo da banda liderada pela cantora e pianista Nicole Zuraitis, com o disco All Stars Lead To You - Live, que traz nomes como Keyon Harrold (trompete), Tom Scott (sax) e Idan Morim (guitarra). Samara Joy, que ficou com o prêmio na última edição, também concorre com o disco Portrait.
Na categoria melhor disco de jazz latino, a disputa acirrada acontece entre os álbuns do saxofonista Miguel Zénon, do pianista Gonzalo Rubalcaba, do saxofonista Paquito D'Rivera, do pianista Arturo O'Farrill e do percussionista Pedrito Martinez. Em 2025, o Grammy de melhor disco de jazz latio ficou com o pianista Zaccai Custis pelo álbum Cubop Lives!. O último brasileiro a ganhar o Grammy foi a pianista Eliane Elias, com o disco Mirror Mirror, em 2022, na categoria melhor disco de jazz latino.
Por falar em brasleiro, o disco Caetano e Bethânia Ao Vivo, dos irmãos Caetano Veloso e Maria Bethânia foi indicado na categoria Melhor Álbum de Música Global. O disco registra a turnê realizada pela dupla em 2024 e 2025. Concorrem ao lado de Caetano e Bethânia discos dos cantores Siddhant Bhatia, Youssou N'Dour e Burna Boy, do grupo Shakti, com o guitarrista John McLaughlin, e da sitarista Anoushka Shankar.
EXECUÇÃO DE JAZZ
Noble Rise
Lakecia Benjamin com Immanuel Wilkins & Mark Whitfield
Windows - Live
Chick Corea, Christian McBride & Brian Blade
Peace Of Mind / Dreams Come True
Samara Joy
Four
Michael Mayo
All Stars Lead To You - Live
Nicole Zuraitis, Dan Pugach, Tom Scott, Idan Morim, Keyon Harrold & Rachel Eckroth
ÁLBUM DE JAZZ
Trilogy 3 (Live)
Chick Corea, Christian McBride & Brian Blade
Southern Nights
Sullivan Fortner com Peter Washington & Marcus Gilmore
Belonging
Branford Marsalis Quartet
Spirit Fall
John Patitucci com Chris Potter & Brian Blade
Fasten Up
Yellowjackets
ÁLBUM VOCAL
Elemental
Dee Dee Bridgewater & Bill Charlap
We Insist 2025!
Terri Lyne Carrington & Christie Dashiell
Portrait
Samara Joy
Fly
Michael Mayo
Live at Vic's Las Vegas
Nicole Zuraitis, Dan Pugach, Tom Scott, Idan Morim, Keyon Harrold & Rachel Eckroth
ÁLBUM DE ORQUESTRA
Orchestrator Emulator
The 8-Bit Big Band
Without Further Ado, Vol 1
Christian McBride Big Band
Lumen
Danilo Pérez & Bohuslän Big Band
Basie Rocks!
Deborah Silver & The Count Basie Orchestra
Lights on a Satellite
Sun Ra Arkestra
Some Days Are Better: The Lost Scores
Kenny Wheeler Legacy Featuring The Royal Academy of Music Jazz Orchestra & Frost Jazz Orchestra
ÁLBUM DE JAZZ LATINO
La Fleur de Cayenne
Paquito D'Rivera & Madrid-New York Connection Band
The Original Influencers: Dizzy, Chano & Chico Arturo O'Farrill & The Afro Latin Jazz Orchestra
Pedrito Martinez, Daymé Arocena, Jon Faddis, Donald Harrison & Melvis Santa
Mundoagua - Celebrating Carla Bley
Arturo O'Farrill & The Afro Latin Jazz Orchestra
A Tribute to Benny Moré and Nat King Cole
Gonzalo Rubalcaba, Yainer Horta & Joey Calveiro
Vanguardia Subterránea: Live at The Village Vanguard
Miguel Zenón Quartet
ÁLBUM DE JAZZ ALTERNATIVO
Honey From a Winter Stone
Ambrose Akinmusire
Keys To The City Volume One
Robert Glasper
Ride into the Sun
Brad Mehldau
LIVE-ACTION
Nate Smith
Blues Blood
Immanuel Wilkins
ÁLBUM DE MÚSICA INSTRUMENTAL CONTEMPORÂNEA
Brightside
ARKAI
Ones & Twos
Gerald Clayton
BEATrio
Béla Fleck, Edmar Castañeda, Antonio Sánchez
Just Us
Bob James & Dave Koz
Shayan
Charu Suri
OUTROS FORMATOS
O Blogger oferece a possibilidade do leitor ver as publicações em diferentes formatos (sidebar, classic, flipcard, mosaic e timeslide), o que pode facilitar a navegação e o carregamento dos posts. Fique à vontade para escolher o que você achar mais amigável e confortável para navegar. Abaixo estão links para seis formatos diferentes. Escolha um e boa leitura. Esses formatos não funcionam para quem acessa o site pelo celular.
O canal do YouTube do guitarrista Mateus Starling recebeu o guitarrista e violonista carioca Romero Lubambo para um bate-papo descontraído. Por duas horas, o músico contou um pouco sobre sua carreira de quatro décadas, quase toda tocando nos Estado Unidos, onde mora desde 1985. Romero completou 70 anos de idade em 2025. Em 2023, ele gravou o disco Two Brothers em dueto com o violonista paulista Chico Pinheiro.
Músico de rara sensibilidade, é um dos guitarristas brasileiros de maior prestígio internacional e um dos mais requisitados músicos da atualidade, graças a sua versatilidade e facilidade em atuar com exuberância nos mais variados estilos musicais.
Do jazz ao pop, do clássico ao r&b, podemos ouví-lo tanto num remix top 10 da Toni Braxton, como solista convidado da Royal Phillarmonic Orchestra (Londres) ou numa tour com o guitarrista de hard rock, Vernon Reid (Living Colour). Além de trilhas publicitárias e cinematográficas; já gravou ao longo da sua carreira mais de 900 discos, com os mais variados artistas e seu nome aparece nos créditos de mais de 1000 gravações, o que o tornou um dos músicos instrumentistas que mais gravou no mundo.
Participou de alguns dos maiores e mais importantes festivais do mundo e já trabalhou (shows e/ou gravações de álbuns e dvd’s ou demais mídias audiovisuais) com artistas como: Billie Eilish, Michael Brecker, Pat Metheny, Branford Marsalis, Mike Stern, Marcus Miller, Mohini Dey, Wynton Marsalis, Stevie Wonder, Al Jarreau, Yo Yo, Gustavo Dudamel, Dizzy Gillespie, Kathleen Battle, Finneas O'Connell, Diana Krall, Paul Simon.
Starling é pioneiro na educação musical através da internet. Desde 2009 Starling ensina sobre diferentes temas na área da educação musical através da internet. Toca profissionalmente desde os 16 anos de idade, ano em que lançou seu primeiro EP de música instrumental. A grande virada na carreira veio através de uma bolsa de estudos que ganhou na Berklee College of Music de Boston, quando se formou com honras em 2008 e saiu com seu primeiro álbum solo gravado intitulado Kairos que repercutiu em todo o mundo.
Ao longo destes anos lançou 5 álbuns solos e já participou de shows e gravações com grandes nomes da música instrumental do Brasil. Para citar alguns: Pascoal Meirelles, Josué Lopes, Júlio Merlino, Mauro Senise, Marcelo Martins, Xande Figueiredo, Altair Martins, Nivaldo Ornelas, Daniel Garcia, Sergio Barroso, Ney Conceição, Chico Chagas, Renato Massa Calmon, Marcos Kinder, Rogerio dy Castro, Cliff Korman, Kleyton Martins, Valmir Bessa, Marcos Natto, Berval Moreira, Nelson Faria, Leo Amoedo e outros.
Em 2022 iniciou com o Starling Cast, um podcast no youtube onde Mateus bate papo com grandes nomes da música brasileira. O canal hoje tem mais de 160 mil inscritos, mais de 220 episódios e tem mais de 2 milhões de visualizações por mês, tendo se tornado o maior podcast do segmento do Brasil.
No fim de 2023, o Starling entrevistou outro craque da música instrumental brasileira, o guitarrista Ricardo Silveira, que também tem uma carreira internacional, mas mora no Brasil. Entre os músicos com quem dvidiu o palco e os estúdios estão João Bosco, Milton Nascimento, Ivan Lins, Elis Regina, Gilberto Gil, João Donato, Luís Melodia, Emílio Santiago, Hermeto Paschoal, Ney Matogrosso, Márcio Montarroyos e Claudio Roditi.
Em sua carreira internacional, além dos trabalhos lançados no mercado fonográfico, trabalhou com Herbie Mann, tocou e gravou com diversos músicos da cena instrumental mundial como Hubert Laws, Randy Brecker, Pat Metheny, Don and Dave Grusin, John Patitucci, Lionel Hampton, Jason Miles, Abraham Laboriel, L. Shankar, entre outros. Veja a íntegra da entrevista abaixo.
O baterista de jazz norte-americano Jack DeJohnette, conhecido pelo seu trabalho com lendas como Miles Davis e Keith Jarrett, faleceu no último domingo, 26 de outubro, aos 83 anos, em Kingston, Nova Iorque, de insuficiência cardíaca.
Nascido em 9 de agosto de 1942, em Chicago, DeJohnette foi uma figura central nas principais formações de jazz a partir da década de 1960. Colaborou com músicos de renome, incluindo Herbie Hancock e Miles Davis, destacando-se particularmente pela sua participação no álbum Bitches Brew, de Davis, um marco na história da música de fusão, lançado no final da década de 1960.
Além disso, DeJohnette fez parte do influente trio de Keith Jarrett, ao lado do contrabaixista Gary Peacock. Juntos, lançaram álbuns celebrados pela crítica nos últimos 40 anos, como Bye, Bye, Blackbird (em homenagem a Miles Davis), Still Live, Somewhere, After the Fall, Always Let Me Go e os dois volumes de Standards.
A lista de outras colaborações, em estúdios e em palcos, é infindável. Da pianista e harpista Alice Coltrane aos saxofonistas Stan Getz, Sonny Rollins, Paul Desmond, Cannonball Adderley, Benny Golson e Michael Brecker, passando pelos pianistas Herbie Hancock, Kenny Barron e McCoy Tyner, os trompetistas Chet Baker, Lester Bowie, Freddie Hubbard ou os guitarristas John Scofield, Pat Metheny, Bill Frisell ou John McLaughlin, ou mesmo uma canção de Sting.
Criado numa família que valorizava a música, DeJohnette revelou-se eclético desde jovem, ouvindo ópera, country, rhythm and blues, swing e jazz. "Para mim, tudo era música", referiu em seu site, uma filosofia que manteve ao longo da vida. Ele iiciou a sua carreira como pianista, após uma formação clássica no Conservatório de Música de Chicago, mas foi como baterista que se destacou. A bateria ganhou força na sua adolescência, quando integrou a banda da escola.
Ele iderou formações como Compost, Directions, New Directions e Special Edition. Gravou em nome próprio pela primeira vez em 1968, um disco chamado The DeJohnette Complex, tendo, nas quase seis décadas que se seguiram, editado, como líder, quase quatro dezenas de álbuns por selos prestigiados como Prestige, ECM, Blue Note, MCA/Impulse!. Foi nomeado para seis Grammy e ganhou dois: um em 2008, com Peace Time, melhor álbum new age; e depois em 2022, com Skyline, melhor álbum de jazz instrumental que gravou com o contrabaixista Ron Carter e o pianista Gonzalo Rubalcaba.
Por 14 anos o Guia de Jazz esteve no ar com a missão de aproximar os internautas ao jazz. Um dos tópicos mais visitados era o de dicas de CDs, no qual dezenas de discos eram indicados e resenhados por mim. Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".
Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia (dicas de CDs, DVDs, livros, entrevistas e muito mais) - você encontrará quinzenalmente neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.
Sempre que possível, ao final de cada resenha você encontrará vídeos do Youtube com algumas faixas do disco indicado para escutar. Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui.
Julie London - Time for Love - The Best of (1991)
Os anos 40 e 50 são chamados de época de ouro de Hollywood. Dezenas de astros e estrelas brilhavam em filmes da Metro e da Paramount. Era o tempo dos grandes musicais e das super produções. A música se confundia com o cinema e vice-versa. Estrelas como Judy Garland, Lena Horn, Edith Piaf e Doris Day eram reconhecidas como atrizes e cantoras.
Assim como Judy, Lena, Edith e Doris, a cantora e atriz Julie London encantou o público com sua voz e sua beleza em mais de uma dezena de filmes e discos. Com sua beleza física de tirar o fôlego e sua voz macia, ela fez história e habitou a mente de milhares de jovens da época.
Uma boa maneira de conhecer Julie London é ouvir o disco Time For Love : The Best of , lançado pela gravadora Rhino. O CD, que conta com um encarte rico em fotos e informações, traz 18 músicas e dá um ótimo panorama do repertório que acompanhou a cantora por quase toda a carreira. Entre elas, a mais famosa de todas, “Cry Me A River”.
Neste CD, que privilegia as canções românticas, o ouvinte vai ter a oportunidade de ouvi-la acompanhada por uma orquestra, como em “My Heart Belongs to Daddy”, “A Conttage for Sale” e “Two Sleepy People”, ou pela guitarra de Barney Kessel e o baixo de Ray Leatherwood em músicas como “No Moon At All”, “Easy Street” e “I´m In the Moof for Love”.
Julie ainda esbanja sensualidade em outros três momentos bens distintos. Ao lado de uma orquestra à Glenn Miller (June In January), na versão do clássico de Thelonious Monk (Round Midnight) ou acompanhada apenas da guitarra de Kessel (Gone With the Wind).
Assim como na sua vida pessoal, Julie London morreu em 2000 sem causar alarde ou notícias. Apesar de nunca ter estado no time das divas do jazz, ela conseguiu escrever seu nome na história da música contemporânea dos Estados Unidos e habitar a discoteca de milhares de ouvintes em todo o mundo. Isso é o que interessa.
O músico Hermeto Pascoal morreu no último sábado (13), aos 89 anos. Ele foi um dos maiores nomes da música instrumental brasileira e reconhecido internacionalmente por sua genialidade e inovação sonora. As informações são da Agência Brasil e da CNN Brasil.
Nas redes sociais, colegas e amigos prestaram homenagens. "Quem desejar homenageá-lo, deixe soar uma nota no instrumento, na voz, na chaleira e ofereça ao universo. É assim que ele gostaria", diz a nota.
Nascido em 1936, na pequena cidade de Lagoa da Canoa, interior de Alagoas, Hermeto Pascoal era autodidata. Começou a tocar acordeon e flauta ainda na infância, e aos 15 anos já atuava como músico profissional, mudando-se com o irmão para o Recife em busca de oportunidades. Considerado um gênio da música experimental, Hermeto ficou conhecido por transformar sons do cotidiano em arte, desde o barulho da água até o sopro do vento.
Aos 14 anos estreou com o irmão José Neto na Rádio Tamandaré, em Recife (PE), e em seguida passou por rádios e orquestras como a Tabajara, na Paraíba (PB), e a Rádio Mauá, no Rio de Janeiro (RJ). Na década de 1960, já em São Paulo, formou grupos importantes como o Sambrasa Trio e, depois, o Quarteto Novo, ao lado de Airto Moreira, Heraldo do Monte e Theo de Barros.
Nos anos 1970, levado aos Estados Unidos por Airto e Flora Purim, gravou com Miles Davis e lançou álbuns marcantes, como "Hermeto" (1970) e "Slaves Mass" (1977). De volta ao Brasil, criou seu grupo fixo e gravou discos que marcaram época, como "A Música Livre de Hermeto Pascoal" (1973) e "Zabumbê-bum-á" (1979).
Sua carreira atravessou fronteiras, com colaborações internacionais e reconhecimento mundial. Ao longo da vida, recebeu diversos prêmios, entre eles o Grammy Latino, conquistado em três oportunidades. Em 2024, aos 88 anos, lançou o disco de músicas inéditas Pra você, Ilza, uma homenagem à esposa Ilza da Silva, com quem foi casado por mais de 40 anos. Juntos, tiveram seis filhos. Hermeto também deixa 13 netos e 10 bisnetos.
Esse blogue existe há mais de uma década, mas minha relação com o jazz já ultrapassou 30 anos. Destinado tanto para fãs de carteirinha como para novatos, o blogue é um desdobramento do site Gua de Jazz, que ficou no ar por 14 anos, e depois foi descontinuado.
O nome do blogue (Jazz ao seu alcance) é o mesmo do livro lançado por mim em 2009, pela editora Multifoco, que tem como objetivo desvendar o mundo do jazz e seus progagonistas, sejam eles instrumentistas, cantores, jornalistas, escritores, produtores ou gravadoras.
No decorrer dos anos, dezenas de postagens foram feitas neste blogue, parte delas está destacada na coluna da direita, chamada de Postagens Favoritas, mas outras matérias acabaram ficando perdidas diante do extenso conteúdo. Diante disso, abaixo, você encontrará links para todas as postagens feitas no blogue.
A cada nova postagem, os links serão incluídos aqui. Os links estão em ordem decrescente, ou seja, no topo estão as postagens mais recentes e no fim as matérias mais antigas. Boa leitura e obrigado pela sua audiência.
Para facilitar a busca nos índices abaixo, as publicações "temáticas" foram separadas por cores. É bem simples de entender. Postagens de dicas de CDs estão na cor VERMELHO. Já as postagens dedicadas a um artista específico estão na cor BRANCA. Matérias sem tópico específico estão na cor AMARELO, e postagens sobre premiações estão na cor AZUL.