E o Grammy vai para.......o saxofonista Wayne Shorter e a cantora Cécile McLorin Salvant (foto ao lado) , mais uma vez.
Após quatro décadas de seu primeiro Grammy, o veterano músico conquista seu 11° prêmio, desta vez com o disco triplo Emano, na categoria melhor disco de jazz instrumental.
A cerimônia de premiação do 61° Grammy Awards aconteceu no último dia 10 de fevereiro, em Los Angeles (EUA).
O disco triplo lançado pela gravadora Blue Note traz Shorter acompanhado pelo trio formado por Danilo Perez, John Patitucci e Brian Blade e pela Orpheus Chamber Orchestra. Das dez músicas, seis foram gravadas ao vivo com formação de quarteto, em 2015, e o restante acompanhado pela orquestra, gravado em 2013. Wayne, de 85 anos, é um dos maiores músicos de jazz em atividade.
Em seis décadas de carreira, ele tocou ao lado de gigantes do jazz como Art Blakey, Herbie Hancock e Miles Davis e foi um dos membros fundadores do grupo Weather Report, na década de 1970. Além dos Grammys, o músico também ganhou o prêmio de Música Polar da Suécia, conhecido como o “Nobel” da música, em 2017.
Wayne Shorter ao lado de seu atual quarteto (Blade, Perez e Patitucci)
Na categoria melhor disco de jazz vocal, mais uma vez, a cantora Cécile McLorin Salvant ficou o prêmio pelo disco The Window. Este é o terceiro Grammy da cantora que surgiu em 2010, após vencer a competição Thelonious Monk International Jazz Competition.
Os números de Cécile impressionam. Aos 29 anos, ela tem quatro discos lançados, sendo que três deles levaram o cobiçado gramofone dourado. Em The Window, a cantora é acompanhada apenas pelo pianista Sullivan Fortner (foto que abre a matéria).
Outros dois veteranos também levaram o Grammy. O cantor country Willie Nelson e o baterista Steve Gadd. Nelson venceu na categoria melhor disco vocal pop tradicional, com o disco My Way, interpretando clássicos da música norte-americana, entre eles "Night and Day", "Young At heart", "Fly Me To The Moon" e a faixa-título. Nelson superou nomes como Gregory Porter, Tony Bennett e Barbra Streisand.
O baterista Steve Gadd venceu na categoria melhor disco instrumental contemporâneo, com o álbum Steve Gadd Band, superando o baixista Marcus Miller e o guitarrista Julian Lage.
O baterista cubano Dafnis Prieto ficou com o prêmio de melhor disco de jazz latino pelo álbum Back to the Sunset, sua primeira incursão com uma big band.
Nas outras duas categorias do jazz, o trompetista John Daversa (foto ao lado) e sua big band estrelada por jovens músicos de diferentes partes do mundo ficaram com os prêmios na categoria melhor improviso de jazz e melhor disco de big band, pelo álbum American Dreamers: Voice of Hote, Music Of Freedom Featuring DACA Artists. Daversa ainda venceu na categoria melhor arranjo instrumental ao a capella.
Outro destaque foi a premiação do documentário Quincy, produzido pela Netflix, sobre a vida do compositor, arranjador e produtor musical Quincy Jones.
O filme ficou com o Grammy de melhor filme de música. O documentário conta a história do octogenário músico, com depoimentos do próprio Quincy e cenas inéditas de sua carreira de seis décadas, que destaca sua parceria com Michael Jackson, Frank Sinatra e outras estrelas do jazz, além passagem importantes de sua vida pessoal.
Veja a lista dos vencedores:
Melhor Improvisação Solo
Don't Fence Me In
John Daversa Big Band Featuring DACA Artists
Melhor Álbum Vocal
The Window
Cécile McLorin Salvant
Melhor Álbum Instrumental
Emanon
The Wayne Shorter Quartet
Melhor Álbum de Orquestra
American Dreamers: Voice of Hote, Music Of Freedom
John Daversa Big Band Featuring DACA Artists
Melhor Álbum de Jazz Latino
Back To The Sunset
Dafnis Prieto Big Band
Melhor Álbum Vocal Tradicional Pop
My Way
Willie Nelson
Melhor Álbum Instrumental Contemporâneo
Steve Gadd Band
Steve Gadd
Melhor Filme de Música
Quincy
Quincy Jones, Alan Hicks & Rashida Jones
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