Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".
Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia (dicas de CDs, DVDs, livros, entrevistas e muito mais) - você encontrará quinzenalmente neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.
Sempre que possível, ao final de cada resenha você encontrará vídeos do Youtube com algumas faixas do disco indicado para escutar. Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui
Bobby Short - You’re the Top: Love Songs of Cole Porter (1999)
Bobby Short foi uma verdadeira instituição nos Estados Unidos e um sobrevivente da época dos cabarés. Por quase 50 anos, ele manteve a mesma rotina de cantar em pequenos bares, em especial no hotel Carlyle, em Nova York. Short foi um especialista em interpretar os clássicos dos maiores compositores norte-americanos como Gershwin, Rodgers & Hart e Cole Porter.
É exatamente sobre a obra de Cole Porter - talvez o mais célebre e conhecido compositor do início do século XX - que trata esta resenha. Em You’re the Top: Love Songs of Cole Porter, da gravadora Telarc, ele mostrar o lado mais romântico de Porter.
Além do rico repertório do compositor, Short convidou uma big band com 16 integrantes para criar a atmosfera de glamour que a obra merece. Entre eles estão o guitarrista Howard Alden, o baterista Klaus Suonsaari e o saxofonista Loren Schoenberg.
Algumas músicas são notórias como “Can Can”, “In the Still Of the Night”, “You’re the Top”, “I’ve Got You Under My Skin” e “What Is This Thing Called Love”, todas canções compostas para musicais ou filmes durante as décadas de 1920 e 1930. Short consegue manter a suavidade em canções como “I Love You Samantha” e “I Concentrate On You” e nas intimistas “Love Of My Life” e “You’re Sensational”.
O disco é uma boa oportunidade para conhecer ainda mais a irrepreensível obra de Cole Porter e para descobrir um cantor que tinha um domínio vocal como poucos. Bobby Short, que morreu aos 80 anos, em 2003, teve o mérito de conseguir ser nostálgico sem ser velho ou antiquado. Confira.
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