quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Hermeto Pascoal morre aos 89 anos


O músico Hermeto Pascoal morreu no último sábado (13), aos 89 anos. Ele foi um dos maiores nomes da música instrumental brasileira e reconhecido internacionalmente por sua genialidade e inovação sonora. As informações são da Agência Brasil e da CNN Brasil.

Nas redes sociais, colegas e amigos prestaram homenagens. "Quem desejar homenageá-lo, deixe soar uma nota no instrumento, na voz, na chaleira e ofereça ao universo. É assim que ele gostaria", diz a nota.


Nascido em 1936, na pequena cidade de Lagoa da Canoa, interior de Alagoas, Hermeto Pascoal era autodidata. Começou a tocar acordeon e flauta ainda na infância, e aos 15 anos já atuava como músico profissional, mudando-se com o irmão para o Recife em busca de oportunidades. Considerado um gênio da música experimental, Hermeto ficou conhecido por transformar sons do cotidiano em arte, desde o barulho da água até o sopro do vento.

Aos 14 anos estreou com o irmão José Neto na Rádio Tamandaré, em Recife (PE), e em seguida passou por rádios e orquestras como a Tabajara, na Paraíba (PB), e a Rádio Mauá, no Rio de Janeiro (RJ). Na década de 1960, já em São Paulo, formou grupos importantes como o Sambrasa Trio e, depois, o Quarteto Novo, ao lado de Airto Moreira, Heraldo do Monte e Theo de Barros.

Nos anos 1970, levado aos Estados Unidos por Airto e Flora Purim, gravou com Miles Davis e lançou álbuns marcantes, como "Hermeto" (1970) e "Slaves Mass" (1977). De volta ao Brasil, criou seu grupo fixo e gravou discos que marcaram época, como "A Música Livre de Hermeto Pascoal" (1973) e "Zabumbê-bum-á" (1979).

Sua carreira atravessou fronteiras, com colaborações internacionais e reconhecimento mundial. Ao longo da vida, recebeu diversos prêmios, entre eles o Grammy Latino, conquistado em três oportunidades. Em 2024, aos 88 anos, lançou o disco de músicas inéditas Pra você, Ilza, uma homenagem à esposa Ilza da Silva, com quem foi casado por mais de 40 anos. Juntos, tiveram seis filhos. Hermeto também deixa 13 netos e 10 bisnetos.

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

Links do blogue

Esse blogue existe há mais de uma década, mas minha relação com o jazz já ultrapassou 30 anos. Destinado tanto para fãs de carteirinha como para novatos, o blogue é um desdobramento do site Gua de Jazz, que ficou no ar por 14 anos, e depois foi descontinuado.

O nome do blogue (Jazz ao seu alcance) é o mesmo do livro lançado por mim em 2009, pela editora Multifoco, que tem como objetivo desvendar o mundo do jazz e seus progagonistas, sejam eles instrumentistas, cantores, jornalistas, escritores, produtores ou gravadoras.

No decorrer dos anos, dezenas de postagens foram feitas neste blogue, parte delas está destacada na coluna da direita, chamada de Postagens Favoritas, mas outras matérias acabaram ficando perdidas diante do extenso conteúdo. Diante disso, abaixo, você encontrará links para todas as postagens feitas no blogue.

A cada nova postagem, os links serão incluídos aqui. Os links estão em ordem decrescente, ou seja, no topo estão as postagens mais recentes e no fim as matérias mais antigas. Boa leitura e obrigado pela sua audiência.

Para facilitar a busca nos índices abaixo, as publicações "temáticas" foram separadas por cores. É bem simples de entender. Postagens de dicas de CDs estão na cor VERMELHO. Já as postagens dedicadas a um artista específico estão na cor BRANCA. Matérias sem tópico específico estão na cor AMARELO, e postagens sobre premiações estão na cor AZUL.

Jacky Terrasson - Reach

Cultura FM apresenta Série Brasileiros

Hancock recebe o prêmio Polar Music

Metheny e Kamasi tocam em Curitiba

Saxofonistas dominam premiação do JJA

International Jazz Day 2025

NEA Jazz Masters 2025

Kurt Rosenwinkel - Live at Village Vanguard

Boranda lança série documental

Chick Corea, Norah Jones e Samara vencem Grammy 2025

DownBeat aponta os melhores álbuns de 2024

Arturo Sandoval é homenageado no Kenny Center

Grammy 2025, os indicados

Arthur Nestrovski celebra a longa arte de Tom Jobim

Clube holandês Bimhuis completa 50 anos

Árvore do Jazz

7 décadas de Pat Metheny

Downbeat aponta 25 novos jazzistas para o futuro

80 anos de Chico Buarque

Saudades de Chick Corea

JJA Jazz Awards 2024: os vencedores

International Jazz Day 2024

Newport Jazz Festival completa 70 anos

Childs, Zuraitis e Ndegeocello conquistam o Grammy 2024

DownBeat aponta os melhores álbuns de 2023

Lee Morgan - Sidewinder

Grammy 2024: os indicados

Joshua Redman - Where Are We

Violões de Lubambo e Pinheiro, finalmente, se encontram

NEA Jazz Masters ganha quatro novos membros em 2024

Count Basic - Live

JJA Jazz Awards 2023: os vencedores

George Coleman - Live at Smalls Jazz Club

Rickie Lee Jones - Pieces of Treasure

JJA Jazz Awards 2023: os indicados

International Jazz Day 2023

NEA Jazz Masters ganha quatro novos membros em 2023

Kenny Garrett - Songbook

Obrigado, Burt Bacharah

Terri Lyne Carrington e Samara Joy vencem Grammy 2023

DownBeat aponta os melhores álbuns de 2022

Morre o jornalista Luiz Orlando Carneiro

Trilhas e jazz caminham juntos na longa estrada percorrida por Dave Grusin

Grammy divulga indicados para edição de 2023

Documentário mostra Ron Carterem busca das no tas certas

Gato Tom faz versão de tema composto por Louis Jordan

80 primaveras de Flora Purim

Lendário produtor Creed Taylor morre aos 93 anos

Kansas City - Soundtrack

Irene Kral - Kral Space

Ella Fitzgerald - At the Hollywood Bowl: The Irving Berlin Songbook

80 anos de Paul McCartney

Após dois anos fechado, clube nova-iorquino Smoke Jazz volta maior e melhor

Jazz Fest: A New Orleans Story

JJA Jazz Awards 2022: os vencedores

International Jazz Day 2022

JJA Jazz Awards 2022: os indicados

Documentário traz o mitológico clube londrino Ronnie Scott

Grammy 2022 - Os vencedores

Wayne Shorter vira nome de rua em Newark

Flip Phillips - Swing Is The Thing

Empoderadas, Cécile, Melissa e Mary trazem criatividade e atitude ao jazz

Kenny G volta em documentário e com álbum de inéditas

Johnny Griffin - A Blowin' Session

DownBeat aponta os melhores álbuns de 2021

Paixão e faro privilegiado moveram carreira de Bruce Lundvall

Casino Lights 99 - Vários

Jazz, uma jornada sem fim

Bill Charlap - Streets of Dreams

Jon Batiste e Tony Bennett lideram corrida pelo Grammy 2022

Diversidade e longevidade marcam história do Montreux Jazz Festival

Jazz não morre, mas fica órfão sem eles

Greg Osby - Inner Circle

Historiador Phil Schaap morre aos 70 anos

Roy Hargrove & Mulgrew Miller - Harmony

Jerry Bergonzi - Tenorist

NEA Jazz Masters ganha quatro novos membros em 2022

Hoje é dia de rock, bebê

Sesc promove debate Música para Ler

Good Night, and Good Luck - Soundtrack

Cinco décadas de Ivan Lins

Joe Lovano & Dave Douglas - Other Worlds

Maria Schneider leva quatro prêmios no JJA Jazz Awards 2021

JJA Jazz Awards 2021: os indicados

International Jazz Day 2021

Premiação celebra os novos membros da NEA Jazz Masters 2021

Eternamente, José Domingos Raffaelli

Hoje é Dia do Disco, bebê

Norah Jones - Til We Meet Again

Coleções e fascículos de discos ainda estão entre nós

Donald Harrison – Nouveau Swing

Grammy 2021: Chick Corea leva dois prêmios

Wes Montgomery & Wynton Kelly Trio - Smokin’ At The Half Note

JazzTimes aponta os 100 melhores discos das últimas cinco décadas

100 vezes Dave Brubeck

Grammy 2021: os indicados

DownBeat profetiza a nova década do jazz

The Bad Plus - Give

90 primaveras de Sonny Rollins

Dívida do Brasil com Laurindo Almeida ainda não foi paga

Guia de Jazz no Twitter

100 x Charlie Parker

Dee Dee Bridgewater - Eleanora Fagan (1915-1959): To Billie With Love From Dee Dee

2020 JJA Jazz Awards - Os vencedores

Dia Internacional do Jazz 2020

Kenny Barron & Charlie Haden - Night and the City

TUCCA traz estrelas do jazz e do erudito

Jazz Sinfônica recebe grandes nomes da MPB na Sala São Paulo

100 álbuns que abalaram o mundo do jazz

Pat Metheny - From This Place

Saudade de Pixinguinha

Rachelle Ferrell - Live in Montreux 91-97

Grammy 2020: os vencedores

Maria Mendes - Close to Me

Downbeat: melhores de 2019

Adolfo Mendonça comanda The History of Jazz no Blue Note SP

E lá se vai 2019

Count Basic - Live

Concursos descobrem novos talentos do jazz

Grammy 2020: os indicados

Harry Connick Jr. - True Love: A Celebration of Cole Porter

Kenny Barron & Mulgrew Miller -The Art of Piano Duo

Bobby Scott - Slowly

Dan Morgenstern eleva a arte da crítica

The Brand New Heavies - TBNH

New Orleans Jazz & Heritage Festival: 50 anos

Manu Katché - Neighbourhood

Sara Gazarek - Thirsty Ghost

John Coltrane - Blue World

Chrissie Hynde - Valve Bone Wo

Pat Metheny - Secret Story

Ressuscitando Miles

Quiana Lynell - A Little Love

Avishai Cohen - Arvoles

Série Jazz Icons - DVD

5 décadas de ECM

Jimmy Smith - Organ Grinder Swing

2019: Críticos da DownBeat escolhem os melhores do ano

2020: NEA Jazz Masters

Chris Potter - Circuits

Zuza Homem de Jazz: documentário destaca vida do musicólogo

Peter Frampton - All Blues

Beyond The Notes traz a história da Blue Note

Guitarristas fazem tributos em seus novos discos

Nostalgia traz Jazz 625 de volta à BBC

Top 100 - Casas de jazz

JJA Jazz Awards 2019 - os vencedores

Dia Internacional do Jazz 2019

Marsalis traz o pioneiro Buddy Bolden ao cinema

JJA Jazz Awards 2019 - Indicados

Herbie Hancock, o camaleão do jazz

Branford e Joshua voltam ao formato de quarteto

Toca Raul de Souza

Nat King Cole - rei centenário

Betty Carter - Feed the Fire

Grammy 2019 - Os Vencedores

A arte do jazz nas lentes de Jean Pierre Leloir

Leny Andrade é a tradução da musicalidade

Blue Note Rio - Vídeos

Downbeat: os melhores discos de 2018

E lá se vai 2018

Grammy 2019: os indicados

Wayne Shorter é homenageado no Kennedy Center Honors

Gary Burton - Like Minds

Rawsey Lewis comanda o Legends Of Jazz

Roy Hargrove - With The Tenors Of Our Time

Legado de Raphael Rabello ao violão é incontestável

Jazz on a Summer’s Day

Blue Note Rio, um ano depois

Quincy Jones, o Midas da música

Emilio Santiago, um ilustre desconhecido

Jazzahead globaliza músicos de jazz

YellowJackest - Raising Our Voice

Tony Bennett Highlander

Maratona de Standards

Um Café Lá em Casa

Três décadas de Tuck e Patti

Veja os vencedores do 29º Prêmio da Música Brasileira

Músicos de quatro continentes se apresentam no Sesc Jazz

Críticos da Downbeat escolhem os melhores do ano

JJA Jazz Awards 2018 - Os vencedores

Icons Among Us

Dia Internacional do Jazz - Rússia 2018

One Night With Blue Note - DVD

Bobby Short - You’re the Top

Grammy 2018 - Vencedores

Jimmy Cobb - The Original Mob

E lá se vai 2017

Nina Simone entra no Rock and Roll Hall of Fame

Sarah Vaughan - Crazy and Mixed Up

Grammy 2018 - Os indicados

Wynton Marsalis é imortalizado no Hall of Fame

Hugh Masekela - The Lasting Impressions of Ooga Booga

Thelonious Monk chega aos 100

Jazz na Espanha deve muito a Cifu

Squirrel Nut Zippers - Bedlam Ballroom

Programa Tiny Desk desnuda a eloquência do jazz

Blue Note Rio

Jazz na Fábrica - 2017

Prêmio da Música Brasileira - Os vencedores

Saudades de Paulo Moura

Alberta Hunter - Amtrak Blues

Homenagem a Sonny Rollins

Talking Jazz

Mark Isham - Blue Sun

JJA Jazz Awards 2017 - Vencedores

Samsung Blues Festival

JJA Jazz Awards 2017 - Indicados

Paul Winter & Oscar Castro-Neves - Brazilian Days

Grammy 2017 - Vencedores

Michel Petrucciani - Solo Live

Jazz no Natal

Indicados ao Grammy 2017

Leitores da Downbeat elegem os melhores de 2016

Diane Schuur - In Tribute

Fingerpainting: The Music of Herbie Hancock

Original Album Series

Bondesom

Blue Note Perfect Takes

Billy Strayhorn: Lush Life

Makoto Ozone - Nature Boys

Anat Cohen e Trio Brasileiro

JJA Jazz Awards 2016 - Os vencedores

International Jazz Day 2016

Documentários

Soundcloud

Lyle Mays - Fictionary

À Flor da Pele

Pau Brasil lança novo disco

Grammy 2016 - vencedores

Saudades de Noel Rosa

Saudades de Tom Jobim

Quarteto Metropole

Saudade de Grover Washington Jr. & Eric Gale

19º JJA Jazz Awards - 2015

International Jazz Day 2015

Whiplash - Trilha Sonora

Blue Note At 75

Herbie Hancock é homenageado no Kennedy Center Honors 2013

A Great Day in Harlem

Carnegie Hall Salutes Jazz Masters

David Murray - Live At Village Vanguard 1986

Discos na íntegra - Youtube

Rankings - Fotos

Dicas de CDs

Playlists Novo Podcast Jazzy

Novo Podcast Jazzy

2015 Great Jazz Rooms

Shows e documentários na íntegra

Instrumental SESC Brasil

Michel Petrucciani - Live At The Village Vanguard - 1984

Música Instrumental Brasileira

100 + importantes gravações da história do jazz

Jornal do Brasil - Resenha - Livro de jazz

Jazz ao seu alcance - O Livro

Jazz ao seu alcance - O Livro

Calendário do Jazz - Mortes e Nascimentos

The Blue Note 7

Jazz, uma breve introdução

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Jacky Terrasson - Reach


Por 14 anos o Guia de Jazz esteve no ar com a missão de aproximar os internautas ao jazz. Um dos tópicos mais visitados era o de dicas de CDs, no qual dezenas de discos eram indicados e resenhados por mim. Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".

Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia (dicas de CDs, DVDs, livros, entrevistas e muito mais) - você encontrará quinzenalmente neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.

Sempre que possível, ao final de cada resenha você encontrará vídeos do Youtube com algumas faixas do disco indicado para escutar. Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui.

Jacky Terrasson - Reach (1995)


Ser um músico de jazz e não ter nascido nos Estados Unidos é uma barreira que centenas de talentosos instrumentistas têm tentado superar. Isto não quer dizer que ser europeu, africano, asiático ou sul-americano é um problema, mas sem dúvida nenhuma é um “empecilho” que atrapalha o reconhecimento de um músico não americano.

Essa é mais ou menos a história do pianista alemão Jacky Terrasson. Nascido em Berlim, Terrasson mudou para Paris ainda durante a infância. Nos anos seguintes, o jovem músico estudou e tornou-se um dos maiores pianistas da atualidade. Sua carreira começou a deslanchar em 1993, quando conquistou o primeiro lugar no influente prêmio Thelonious Monk.

Este prêmio foi o passaporte para gravar nos Estados Unidos, mais especificamente na Blue Note. Seu primeiro CD foi lançado em 1993, mas vamos falar aqui do segundo disco editado pela Blue Note, Reach. Apesar da influência de Bud Powell e Thelonious Monk, é impossível não lembrar de Keith Jarrett logo nos primeiros acordes de Terrasson. A vitalidade dos solos e o improviso apurado são características marcantes de Terrasson e principais marcas de Jarrett.

Neste trabalho, assim como no primeiro CD, o pianista está acompanhado do baixista Ugonna Okegwo e do baterista Leon Parker. No encarte do disco, Terrasson diz que a concepção do disco foi gravar três músicos de jazz tocando livremente em um pequeno estúdio. Não há cortes, ou seja, o trio não se preocupou em fazer um disco “limpo”, o que realmente interessa é a interação entre os músicos e o resto é deixar rolar.

Para entender melhor o que isto quer dizer escute a música “Reach”. É magia pura, não é possível não vibrar ao ouvir esse tema que ainda conta com o clássico “Smoke Gets In Your Eyes” no meio tudo. Outro momento de transe acontece em “All My Life”, composta por Parker, e “Happy”, com destaque para o baixo de Okegwo. O CD também abre espaço para dois clássicos da música norte-americana, “(I Love You) For Sentimental Reasons” e “Just One Of Those Things”, de Cole Porter. Para fechar, a balada “Baby Plum” e “The Rat Race”, que vai tirar o fôlego de muito ouvinte.



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quarta-feira, 30 de julho de 2025

Cultura FM apresenta série Brasileiros do Mundo

A rádio Cultura FM (103,3) realizou em julho de 2025 cinco programas destacando músicos brasileiros que fizeram carreira fora do Brasil. Com curadoria e apresentação do jornalista Carlos Calado, o programa Brasileiros do Mundo mostrou a trajetória dos seguintes artistas: Tânia Maria, Dom Salvador, Duduka da Fonseca, Luciana Souza, Romero Lubambo e Chico Pinheiro.

O programa de estreia foi dedicado a Tânia Maria. Essa carismática pianista, cantora e compositora decidiu se radicar na França, no início da década de 1970. Graças a seu talento musical, em pouco tempo ela se tornou uma grande estrela da cena internacional do jazz. Nascida no Maranhão, Tânia tinha apenas dois anos quando sua família se mudou para Volta Redonda, no estado do Rio de Janeiro. Antes de ira para a Europa, tocou piano em casas noturnas. O programa de estreia da série “Brasileiros do Mundo” destaca algumas das composições mais aplaudidas dessa sensacional artista, como “Euzinha”, “Come with Me” e “Valeu”.

O pianista e compositor carioca Antonio Adolfo, protagonista do segundo programa, também passou anos na Europa e nos Estados Unidos, na década de 1970. Autor de sucessos, como “BR-3” e “Juliana” (ambos em parceria com Tibério Gaspar), Adolfo foi perseguido pela ditadura militar, como outros artistas naquela época. Ao retornar ao país, ele redirecionou sua carreira, ao se aproximar da música instrumental. Desde a década passada tem alternado períodos no Brasil e nos Estados Unidos, onde tem lançado praticamente um álbum por ano, misturando música brasileira e jazz. Alguns desses discos já receberam indicações para os prêmios Grammy e Grammy Latino.
Aos 87 anos, o pianista Dom Salvador mora há 5 décadas fora do Brasil


O caso da cantora paulista Luciana Souza, que pertence a uma geração posterior à de Antonio Adolfo e Tânia Maria, já é um pouco diferente. Ela foi estudar música nos Estados Unidos, na década de 1990, e desde então só tem retornado ao Brasil de vez em quando, para fazer shows. Filha dos compositores Walter Santos e Tereza Souza, Luciana construiu uma sólida carreira internacional na área do jazz vocal. Os 15 álbuns que Luciana já lançou como intérprete e compositora, combinando diversos gêneros da música brasileira com influências do jazz contemporâneo e da música de câmara, têm sido elogiados por sua sofisticação. A cantora foi destaque do terceiro programa da série.

O pianista e compositor paulista Dom Salvador e o baterista carioca Duduka da Fonseca se aproximaram ainda nos anos 1970, quando já viviam na área de Nova York. Ali os dois abraçaram uma missão musical: tornaram-se embaixadores informais do samba-jazz. Não foi à toa que, em 2015, ao festejar os 50 anos de seu Rio 65 Trio, em um concerto no Carnegie Hall, Salvador convidou Duduka para substituir o lendário baterista Edison Machado (1934-1990), da formação original do trio. Duduka retribuiu o convite do mestre paulista com uma bela homenagem: em 2018, lançou um álbum com repertório integralmente dedicado à obra musical de Dom Salvador, que hoje já reúne mais de 300 composições autorais. O programa que focaliza esses craques da música instrumental brasileira será exibido em 20/07.
Violonista Romero Lubambo tem uma longa carreira nos Estados Unidos


Dois grandes violonistas protagonizam o último programa dessa série, que irá ao ar em 27/07. O carioca Romero Lubambo já se destacava na cena instrumental brasileira, em 1985, quando se mudou para Nova York. Hoje é admirado por sua versatilidade, ao se apresentar e gravar com artistas de diversos gêneros musicais, como as cantoras Dianne Reeves e Angélique Kidjo, o saxofonista Paquito D’Rivera ou o violinista Yo-Yo Ma.

Por outro lado, o paulista Chico Pinheiro já era um instrumentista consagrado, em 2016, quando trocou São Paulo por Nova York. Suas colaborações com astros do jazz, como Ron Carter, Brad Mehldau e Esperanza Spalding, assim como João Donato, Dori Caymmi e outros craques da música brasileira, falam por si. A afinidade musical de Lubambo com Pinheiro é evidente em Two Brothers, álbum gravado por eles em 2021. Gravações desse disco em parceria abrem o repertório do último programa da série. Escute todos os programas aqui.

SONS DE UM PAÍS CONTINENTAL

O jornalista também foi responsável pela série de oito programas chamada Sons de um País Continental, que foi ao ar em maio de 2025, na Cultura FM (103,3) de São Paulo. O programa apresentou o panorama recente da música instrumental em nosso país e sua constante evolução em constante evolução. O elenco do programa de abertura destacou talentosos instrumentistas e compositores de diversos estados do Brasil, em média, na faixa dos 20 ou 30 anos.

Os programas seguintes fazem uma viagem pelas principais capitais e regiões do país, exibindo instrumentistas de diversas gerações. O roteiro da viagem musical proposta pelo jornalista passa pelo Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, e pelas regiões Nordeste, Sul, Norte e Centro-Oeste. Do choro e do samba-jazz do Rio de Janeiro ao carimbó e ao beiradão do Amazonas, passando pela milonga rio-grandense, pela música caipira criada em Brasília e pelo baião nordestino, essa viagem sonora revela aspectos da diversidade musical brasileira.

O último episódio da série homenageou alguns dos mestres de várias gerações da música instrumental brasileira, como Tom Jobim, Pixinguinha, Paulo Moura, Baden Powell, Moacir Santos, Egberto Gismonti, César Camargo Mariano, Nelson Ayres & Roberto Sion, Benjamim Taubkin & Ivan Vilela, Arismar do Espírito Santo, Guinga e os grupos Quarteto Novo e Duofel.

Fonte: Carlos Calado

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segunda-feira, 28 de julho de 2025

Hancock recebe o prêmio Polar Music da realeza sueca

O prêmio Polar Music, também conhecido como "Nobel da Música", é concedido pela realeza sueca, Em 2025, o prêmio foi entregue a três laureados: o grupo Queen, o pianista Herbie Hancock e a cantora lírica Barbara Hannigan. A cerimônia de premiação ocorreu em Estocolmo, na Suécia, e contou com a presença da família real sueca.

O prêmio é concedido para homenagear artistas que se destacam em diferentes áreas da música, tanto na música clássica quanto na música popular. O Polar Music Prize foi fundado em 1989 por Stig "Stikkan" Anderson, empresário do ABBA, e é administrado pela Stig Anderson Music Award Foundation. Entre dezenas de artistas de diferentes gêneros que já foram premiados estão os jazzistas Wayner Shorter, Keith Jarret, Dizzy Gillespie e Sonny Rollins, e os maestros Quincy Jones e Burt Bacharach.
Aos 85 anos, pianista Herbie Hancock recebe o prêmio Polar Prize


Entre os músicos que ja foram premiados com o Polar Music estão Sting, Paul McCartney, Bruce Springsteen, Paul Simon, Elton John, Youssou N'Dou, Chuck Berry, Stevie Wonder, Ray Charles, Bob Dylan, Joni Mitchel, Peter Gabriel, Patti Smith. Também se destacam os músicos eruditos, entre eles, as cantoras Cecilia Bartoli e Renée Fleming e os violocelistas Yo-Yo Ma e Mstislav Rostropovich. O cantor e compositor Giberto Gil é o único brasileiro premiado pelo Polar Music.

Durante a cerimônia de 2025, para homenagear Hancock, subiram ao palco a baixista e cantora Esperanza Spalding e os pianistas Robert Glasper e Leo Genovese. Eles interpretaram três temas do gravados pelo pianista: "Watermelon Man", "Truste Me" e "Both Sides Now".



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terça-feira, 15 de julho de 2025

Pat Metheny e Kamasi Washington tocam em Curitiba

O Curitiba Jazz Sessions anunciou as atrações do Circuito Primavera, que acontecerá nos meses de agosto e setembro de 2025, na Ópera de Arame, na capital paranaense. Os escalados foram o grupo Snarky Puppy, o saxofonista Kamasi Washington, o guitarrista Pat Metheny e o baixista Thundercat.

A produção do festival confirmou que o guitarrista Pat Methney vai se apresentar solo. O músico está no meio da turnê de seu último disco MoonDial, que depois do Brasil ainda passará pela Argentina, Chile, Peru, México e Estados Unidos. Escute abaixo a íntegra dos últimos discos das quatro atrações do festival.



SERVIÇO:

Circuito Primavera do Curitiba Jazz Sessions

Quando: de 24 de agosto a 14 de setembro de 2025

Shows: Thundercat (24/8), Pat Metheny (28/8), Kamasi Washington (3/9) e Snarky Puppy (14/8)

Onde: Ópera de Arame (R. João Gava, 920) - Curitiba -Paraná

Quanto: a partir de R$ 200 (meia), variando conforme data, lote, setor e modalidade

Ingressos: Curitiba Jazz Sessions



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terça-feira, 13 de maio de 2025

Saxofonistas dominam premiação do JJA Awards 2025


Anualmente, a Jazz Journalists Association (Associação de Jornalistas de Jazz) faz uma votação para premiar os músicos que mais se destacaram no ano. Em 2025, a 29ª edição do JJA Jazz Awards premiou a saxofonista Marshall Allen como jazzista do ano, e o saxofonista George Coleman (foto) pelo conjunto da obra.

O prêmio para o melhor disco de jazz ficou com outro saxofonista, Charles Lloyd, pelo álbum The Sky Woll Still Be There Tomorrow, lançado pela Blue Note. Ele superou artistas como Steve Coleman, Zaccai Curtis, Kris Davis, Orrin Evans and the Captain Black Big Band.

Por falar em saxofonistas, o JJA Jazz Awards premiou outros cinco além dos citados. São eles: Joe Lovano (sax tenor), Immanuel Wilkins (sax alto), James Carter (sax barítono), Branford Marsalis (sax soprano) e Chris Potter (saxes variados).

O músico do ano foi o centenário saxofonista Marshall Allen. Há sete décadas ele toca na Sun Ra Arkestra e, em em 1995, assumiu como líder da banda (após a morte de Sun Ra em 1993 e a morte de John Gilmore dois anos depois). Allen nasceu na Louisville, no estado norte-americano do Kentucky, e estudou saxofone alto em Paris, na década de 1940. Ele completou 100 anos em maio de 2024.

Na categoria melhor disco histórico, que aponta lançamentos de álbuns e gravações "perdidos" de grandes nomes do jazz, nunca antes lançados, o prêmio ficou com Forces Of Nature - Live at Slugs , da Blue Note Records, estrelado pelo pianista McCoy Tyner e o saxofonista Joe Henderson. Gravado no clube de jazz Slugs' Saloon, em 1966, na cidade de Nova York. O quarteto completo ainda conta com Henry Grimes (baixo) e Jack DeJohnette (bateria).

Na categoria Conjunto da Obra, que sempre destaca um músico com mais de 40 anos de carreira, o vencedor foi o saxofonista saxofonista George Coleman (foto), que superou o saxofonista Joe Lovano e o trompetista Wadada Leo Smith. Em 2024, o vitorioso nesta categoria foi o baterista Jack DeJohnette.

Diferentemente de outras premiações, além dos músicos, também são premiados jornalistas e publicações relacionadas ao mundo do jazz. Entre os prêmios estão melhor revista, melhor blogue e o melhor livro. Você pode conhecer todos os vencedores no site oficial.

Outro destaque são os Jazz Heroes, que premia pessoas que contribuiram para a divulgação do jazz. Neste ano, 36 pessoas de várias cidades dos Estados Unidos foram premiados. Conheça todos eles na página oficial.

Conheça os 29 vencedores na categoria melhor disco em todas as edições do JJA Jazz Awards awards clicando aqui.

CONJUNTO DA OBRA
George Coleman

MÚSICO
Marshall Allen

REVELAÇÃO
Isaiah Collier

COMPOSITOR
Mya Melford

ARRANJADOR
Maria Schneider

DISCO
Charles Lloyd - The Sky Will Still Be There Tomorrow (Blue Note Records)

DISCO HISTÓRICO
McCoy Tyner and Joe Henderson - Forces Of Nature - Live at Slugs' (Blue Note Records)

GRAVADORA
Blue Note Records

CANTOR
Kurt Elling

CANTORA
Cécile McLorin Salvant

ORQUESTRA
Maria Schneider Orchestra

CONJUNTO MÉDIO
Artemis

CONJUNTO
New ork Voices

DUETO
Cécile McLorin Salvant e Sullivan Fortner

TROMPETISTA
Ambrose Akinmusire

TROMBONISTA
Steve Turre

METAIS
Bob Stewart (Tuba)

SAXOFONISTA ALTO
Immanuel Wilkins

SAXOFONISTA VARIADO
Chris Potter

SAXOFONISTA TENOR
Joe Lovano

SAXOFONISTA BARÍTONO
James Carter

SAXOFONISTA SOPRANO
Branford Marsalis

CLARINETISTA
Anat Cohen

FLAUTISTA
Nicole Mitchell

GUITARRISTA
Mary Halvorson

BAIXISTA
Linda May Han Oh

BAIXISTA ELÉTRICO
John Patitucci

VIOLINISTA/HARPA/CELLO
Tomeka Reid

PIANISTA
Kenny Barron

TECLADISTA
Herbie Hancock

PERCUSSIONISTA
Kahil El’Zabar

VIBRAFONISTA
Patricia Brennan

BATERISTA
Brian Blade

INSTRUMENTO RARO NO JAZZ
Susan Alcorn (guitarra pedal steel)



OUTROS FORMATOS

O Blogger oferece a possibilidade do leitor ver as publicações em diferentes formatos (sidebar, classic, flipcard, mosaic e timeslide), o que pode facilitar a navegação e o carregamento dos posts. Fique à vontade para escolher o que você achar mais amigável e confortável para navegar. Abaixo estão links para cinco formatos diferentes. Escolha um e boa leitura. Esses formatos não funcionam para quem acessa o site pelo celular.

Sidebar
Classic
Flipcard
Mosaic
Magazine
Timeslide