sábado, 21 de maio de 2022

Jazz Fest: A New Orleans Story


O documentário Jazz Fest: A New Orleans Story, traz a história de 50 anos do festival nascido na cidade conhecida como o berço do jazz.

Anualmente, milhares de pessoas se dirigem ao estado da Louisiana, às margens do rio Mississippi, próxima ao Golfo do México, para celebrar a música, a comida e a cultura de uma das regiões mais pulsantes dos Estados Unidos.

São 14 palcos e uma semana de festa liderada por músicos locais e gigantes da música de diferentes gêneros, épocas, cores e propostas.

Em 1962, houve um movimento para lançar um festival semelhante ao de Newport, mas as leis de Jim Crowe, que proibiam músicos brancos e negros de se apresentarem no mesmo palco, fizeram o projeto ser engavetado até 1970, quando finalmente o festival criado por George Wein nasceu.


O documentário combina apresentações ao vivo e entrevistas realizadas durante as comemorações do jubileu do festival, em 2019, apresentando alguns dos maiores nomes da indústria da música, incluindo Jimmy Buffett, Bruce Springsteen, Katy Perry, Pitbull, Al Green, Herbie Hancock, Aaron Neville, Irma Thomas, Earth, Wind & Fire e muitos outros. Além disso, o filme também traz fotos históricas de arquivo captadas durante meio século de vida do festival.

Codirigido Oscar Frank Marshall, cinco vezes indicado ao Oscar, e Ryan Suffern, o documentário estreou no cinema dos Estados Unidos em 13 de maio. A longa história de Marshall em Hollywood inclui a produção de filmes indicados ao Oscar como Caçadores da Arca Perdida, O Sexto Sentido, A Cor Púrpura, Seabiscuit e O Curioso Caso de Benjamin Button.
Multidão se reúne para ver as atrações no palco principal do festival


O documentário lembra a destruição da cidade de Nova Orleans pelo furação Katrina, em 2005, e o renascimento do festival, com a emocionante apresentação do cantor Bruce Springsteen, que tocou pela primeira vez no evento. Na época, Springsteen estava em turnê com o disco We Shall Overcome: The Seeger Sessions, com músicas do repertório do ativista e cantor folk Pete Seeger.

Apesar de ter perdido o seu carater simplório e local, quando as pessoas saiam pelas ruas da cidade celebrando as raízes do jazz e da música de Jelly Roll Morton (1890-1941) e Buddy Bolden (1877-1931), o festival ainda oferece uma experiência inesquecível ao público. Pois a essência do jazz continua pairando em cada pedaço da cidade mais musical da América.

Para saber mais sobre o festival de Nova Orlenans, confira a matéria sobre a caixa com cinco CDs e 50 músicas gravadas ao vivo ao longo dos anos no festival, lançada pela gravadora Smithsonian Folkways. O site Nola, que traz informações sobre a cidade de Nova Orleans, fez um compilado das principais atrações do festival ao longo da cinco décadas. Leia o artigo para conhecer o destaque de cada edição e outras curiosidades.







quinta-feira, 5 de maio de 2022

JJA Jazz Awards 2022: os vencedores


Anualmente, a Jazz Journalists Association (Associação de Jornalistas de Jazz) faz uma votação para premiar os músicos que mais se destacaram no ano.

Os vencedores da 26ª edição do JJA Jazz Awards foram anunciados no dia 3 de maio. Para conhecer todos os premiados nas 35 categorias, visite o site oficial da premiação.

A principal categoria, de Músico do Ano, ficou com o cantor e pianista Jon Batiste. Ele também foi o grande vitorioso da edição deste ano do Grammy, com cinco prêmios. Na categoria Disco do Ano, o prêmio foi para o saxofonista Kenny Garrett, com o álbum Sounds From the Ancestors, da gravadora Mack Avenue.


A cantora Sheila Jordan, que completa 94 anos em novembro, ficou com o prêmio na categoria Conjunto da Obra (Lifetime Achievement Award in Jazz). Na categoria melhor Disco Histórico, que aponta lançamentos de álbuns e gravações "perdidas" de grandes nomes do jazz, nunca antes lançados, o vitorioso foi A Love Supreme: Live in Seattle, do saxofonista John Coltrane.

Entre os cantores, Kurt Elling e Cécile McLorin Salvant venceram pelo quinto ano consecutivo. Outra figura carimbada na votação do Jazz Jounalists Association é a arranjadora Maria Schneider, que mais uma vez ficou com o prêmio na categoria Arranjador. Ela faturou também como melhor Orquestra. Em 2021, Maria levou quatro prêmios, entre eles, o de melhor disco, com Data Lords.

A premiação também aponta os melhores músicos em seus respectivos instrumentos. Nesse ano, venceram nomes como James Brandon Lewis (sax tenor), Wadada Leo Smith (trompete), Mary Halvorson (guitarra), Christian McBride (baixo acústico), Vijay Iyer (piano), Johnathan Blake (bateria) e Pedrito Martinez (percussão).

A única gafe foi o prêmio de revelação, que ficou com a saxofonista chilena Melissa Aldana. Aos 33 anos de idade, ela lançou seu primeiro disco no mercado internacional em 2010, ou seja, há mais de uma década.

Concorriam ao lado de Melissa, a cantora Samara Joy e os saxofonistas James Brandon Lewis e Immanuel Wilkins.

Diferentemente de outras premiações, além dos músicos, também são premiados jornalistas e publicações relacionadas ao mundo do jazz. Entre os prêmios estão melhor revista, melhor blogue e o melhor livro. Você pode conhecer todos os vencedores no no site oficial.

Outro destaque são os Jazz Heroes, que premia pessoas que contribuiram para a divulgação do jazz. Neste ano, 28 pessoas de várias cidades dos Estados Unidos foram premiados. Conheça todos eles na página oficial.

Conheça os 26 vencedores na categoria melhor disco em todas as edições do JJA Jazz Awards awards clicando aqui.











segunda-feira, 2 de maio de 2022

International Jazz Day 2022


No dia 30 de abril de 2022, uma nova edição do International Jazz Day aconteceu. Desta vez, diferentemente dos dois últimos anos, quando as apresentações foram virtuais devido à pandemia do coronavírus, o evento foi gravado dentro do prédio das Nações Unidas (ONU), na cidade de Nova York, no local onde acontece a Assembleia Geral da ONU, mas sem presença de plateia.

Como de costume, o concerto traz artistas de diferentes nacionalidades e mantém o discurso de um mundo sem fronteiras e de uma comunidade internacional guiada pela tolerância e pela solidariedade entre os povos. Mais uma vez, o lendário pianista Herbie Hancock, que completou 82 anos em 12 de abril, foi o mestre de cerimônia.

Entre os músicos que se apresentaram estão o pianista Joey Alexander (Indonésia), a cantora Youn Sun Nah (Coreia do Sul), a gaitista Grégoire Maret (Suíça), o harpista Edmar Castañeda (Colômbia), o percussionista Pedrito Martínez (Cuba), o pinaista Tarek Yamani (Líbano), o clarinetista Kinan Azmeh (Síria), a baixista Linda May Han Oh (Austrália), o indiano Zakir Hussain, a pianista Hiromi Uehara (Japão) e a saxofonista Erena Terakubo (Japão)

Os músicos norte-americanos foram a maioria. Entre eles, o pianista John Beasley, o baixista Marcus Miller, as cantoras Lizz Wright e Shemekia Copeland, o guitarrista Mark Whitfield, os cantores Jose James e Gregory Porter, os trompetistas Jeremy Pelt e Randy Brecker, os bateristas Brian Blade e Terri Lyne Carrington, e os saxofonistas Ravi Coltrane e David Sanborn.



O Brasil foi representado pelo pianista santista Helio Alves, que está radicado nos Estados Unidos desde a década e 1990. Ele já gravou e excursionou com grandes nomes da música como Joe Henderson, Yo-Yo Ma, Paquito D’Rivera, Airto Moreira, Gal Costa e Joyce Moreno. O pianista mergulhou no universo do jazz depois que uma temporada na Berklee College of Music, nos Estados Unidos.

Entre os temas interpretados estão "Walk Until I Ride", "Georgia on My Mind", "Lovely Day", "Smile", "Throw It Away", "Aleluia", "On My Way to Harlem" e "Imagine", de John Lennon, que fechou a noite.

Abaixo você encontra a íntegra de algumas edições passadas, que aconteceram em Melbourne-Sydney (2019), São Petersburgo-Rússia (2018), Havana-Cuba (2017), Washington-EUA (2016), Paris-França (2015), Osaka-Japão (2014), Istambul-Turquia (2013) e Paris-França (2012). Também está disponível a edição de 2020, que foi inteiramente virtual.