quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Veja os vencedores do 29º Prêmio da Música Brasileira

O cantor Luiz Melodia foi o grande homenageado da 29ª edição do Prêmio da Música Brasileira, realizado no Theatro Municiapal do Rio, no dia 15 de agosto. O artista morreu em agosto de 2017, aos 66 anos, vítima de um câncer.

A cerimônia teve 10 apresentações dedicadas à obra de Luiz Melodia. Entre os escalados para interpretar canções imortalizadas na voz de Melodia estavam Fabiana Cozza, João Cavalcante, Alcione, a família Veloso (Caetano, Maria Bethânia, Moreno, Zeca e Tom) e Baby do Brasil.

No final deste post, veja na íntegra a cerimônia.



Veja abaixo alguns dos vencedores:

CATEGORIA ARRANJADOR

Mario Adnet por ‘Jobim Orquestra e Convidados’, de Paulo Jobim e Mario Adnet

CATEGORIA MELHOR CANÇÃO

‘Tua Cantiga’, de Cristóvão Bastos e Chico Buarque, intérprete Chico Buarque (CD ‘As Caravanas’)

CATEGORIA INSTRUMENTAL

ÁLBUM

‘Quebranto’, de Yamandu Costa e Alessandro Penezzi, produtores Yamandú Costa e Alessandro Penezzi

GRUPO

Hermeto Pascoal e Grupo (‘Mundo dos Sons’)

SOLISTA

Yamandú Costa (‘Quebranto’ de Yamandú Costa e Alessandro Penezzi)

CATEGORIA MPB

ÁLBUM

‘As Caravanas’, de Chico Buarque, produtor Luiz Claudio Ramos

CANTOR

João Bosco (‘Mano Que Zuera’)

CANTORA

Zélia Duncan (‘Invento’)

GRUPO

Equale (‘Na Praia de Caymmi’)

CATEGORIA REGIONAL

ÁLBUM

‘Caipira’, de Mônica Salmaso, produtor Teco Cardoso

CANTOR

Mestrinho (‘É Tempo pra Viver’)

CANTORA

Mônica Salmaso (‘Caipira’)

DUPLA

As Galvão (‘Soberanas’)

GRUPO

Trio Nordestino (‘Canta o Nordeste’)


O CD dos violonistas Alessandro Penezzi (esq.) e Yamandu Costa (dir.) ficou com dois prêmios

CATEGORIA SAMBA

ÁLBUM

‘Ao Vivo, no Bar Pirajá’, de Moacyr Luz e Samba do Trabalhador, produtor Max Pierre

CANTOR

Criolo (‘Espiral de Ilusão’)

CANTORA

Leci Brandão (‘Simples Assim’)

GRUPO

Moacyr Luz e Samba do Trabalhador (‘Moacyr Luz e Samba do Trabalhador, Ao Vivo no Bar Pirajá’)

MELHOR DVD

‘Jobim Orquestra e Convidados’, de Paulo Jobim e Mario Adnet, direção de Nelsinho Faria



quarta-feira, 25 de julho de 2018

Músicos de quatro continentes se apresentam no Sesc Jazz

De 14 de agosto e 2 de setembro, o Sesc Jazz terá 68 apresentações distribuídas entre oito unidades do Sesc no Estado de São Paulo, apresentando um panorama do cenário jazzístico contemporâneo, num espectro que vai do mais tradicional ao experimental.

Dos Estados Unidos, vêm Mike Moreno, Kahil El'Zabar & Ritual Trio, Vijay Iyer Sextet, Jason Lindner, James Blood Ulmer, Charles Tolliver e Archie Shepp. No palco, não faltarão emoções com o jazz avant-garde, free fazz e outros estilos, usados para fazer até tributos aos mestres deste estilo musical. Os shows serão no Sesc Pompeia, na capital, e nas unidades de Sorocaba, Araraquara, Campinas, Piraciba, Jundiaí e Ribeirão Preto, no interior.

Do Canadá para os palcos das unidades Pompeia, Campinas e Piracicaba, vem a pianista Renee Rosnes, nome consolidado no universo jazzístico. Outro pianista das proximidades do Estados Unidos é Omar Sosa, cubano que traz para os palcos de Ribeirão Preto, Jundiaí e Pompeia um trabalho com referências afro-cubanas, free jazz, música latina e tradições do norte da África e clássicos europeus.


Saxofonista chilena Melissa Aldana toca na capital paulista no dia 31 de agosto

Da América do Sul, representantes do Chile e, claro, do Brasil! A saxofonista Melissa Aldana se apresenta em Araraquara, Pompeia e Sorocaba e leva aos brasileiros a sonoridade contagiante do sax tenor chileno. De terras nacionais, cinco bandas, vindas do Nordeste e do Sudeste. Salomão Soares, Iconili, Dom Salvador, Guilherme Monteiro e Lourenço Rebetezse se dividem entre Pompeia, Jundiaí, Birigui, Sorocaba, Araraquara e Piracicaba.

O jazz do outro lado do Atlântico também ganha as unidades do Sesc. Da Europa, músicos de cinco países. O norueguês Thomas Strønen se apresenta em Campinas e no Pompeia; o guitarrista britânico Fred Frith Trio sobe ao palco do Pompeia e Araraquara, numa apresentação com a trompetista portuguesa Susana Santos Silva; da Itália, o pianista Stefano Bollani vem às unidades de Ribeirão Preto e Jundiaí; e da Espanha, Buika investe em uma sonoridade que mescla jazz, copla, flamenco, ritmos africanos, cubanos, soul e música pop, tudo nas unidades Campinas, Piracicaba e Pompeia.


Pianista norte-americano Vijay Iyer faz shows no Sesc Ponpeia nos dia 1 e 2 de setembro

E não acabou, não! Da África, o representante é da República Democrática do Congo, Jupiter & Okwess, que toca bofenia rock, mistura de ritmos do Congo, rock, funk e soul. E da Ásia, o pianista paquistanês Isfar Sarabski. A venda de ingressos para todos os shows começa em 26 de julho e você pode se preparar conferindo a programação completa Veja outras dicas de CDs aqui


Pianista Dom Salvador toca ao lado do baixista Sérgio Barrozo nos dias 25 e 26 de agosto

Fonte: Sesc






terça-feira, 26 de junho de 2018

Críticos da Downbeat escolhem os melhores do ano

A mais esperada premiação do mundo do jazz tem finalmente seus vencedores divulgados.

Como acontece todos os anos, a septuagenário revista norte-americana Downbeat, em sua edição de agosto, publica a lista com os premiados no Annual DownBeat International Critics Poll, ou seja, a votação feita pelos críticos.

Em 2018, em sua 66° edição, o prêmio mais cobiçado, o de artista do ano, ficou com o pianista norte-americano Vijay Iyer (foto ao lado), que também ficou com o prêmio de melhor grupo de jazz. Em 2015 e 2012, Iyer também foi escolhido pelos críticos da Downbeat nestas duas categorias. A jovem cantora Cécile McLorin Salvant levou o prêmio de álbum do ano com o seu disco Dreams And Daggers.

Outro destaque é a gravadora alemã, ECM, que em 2019 completará 50 anos de vida. O idealizador do selo, Manfred Eicher, levou o prêmio de produtor do ano. Vale lembrar que Eicher foi o produtor do disco Far From Over, o último lançado por Iyer.


Pianista Vijay Iyer (d) conversa com o produtor alemão Manfred Eicher (e), da gravadora ECM

Artista do ano
Vijay Iyer

Álbum
Cécile McLorin Salvant
Dreams And Daggers (Mack Avenue)

Hall of Fame
Benny Golson e Marian McPartland

Álbum histórico
Miles Davis & John Coltrane
The Final Tour: The Bootleg Series, Vol. 6 (Columbia/Legacy)

Grupo
Vijay Iyer Sextet

Big Band
Maria Schneider Orchestra

Trompete
Ambrose Akinmusire

Trombone
Wycliffe Gordon

Sax soprano
Jane Ira Bloom

Sax alto
Rudresh Mahanthappa

Sax tenor
Charles Lloyd

Sax baritono
Gary Smulyan

Clarinete
Anat Cohen

Flauta
Nicole Mitchell

Piano
Geri Allen (1957–2017)

Tecladista
Robert Glasper

Órgão
Dr. Lonnie Smith

Guitarra
Mary Halvorson

Baixo
Christian McBride

Baixo elétrico
Steve Swallow

Violino
Regina Carter

Baterista
Jack DeJohnette

Percussão
Hamid Drake

Vibrafone
Stefon Harris

Outros instrumentos
Akua Dixon (cello)

Cantora
Cécile McLorin Salvant

Cantor
Kurt Elling

Compositor
Muhal Richard Abrams (1930–2017)

Arranjador
Maria Schneider

Gravadora
ECM

Produtor
Manfred Eicher

Músico de blues
Bettye LaVette

Álbum de blues
Taj Mahal & Keb’ Mo’
TajMo (Concord)



JJA Jazz Awards 2018 - Os vencedores

Anualmente a Jazz Journalists Association (Associação de Jornalistas de Jazz) faz uma votação para premiar os músicos que mais se destacaram no ano.

Entre os prêmios mais cobiçados estão o de conjunto da obra, que sempre destaca um músico com mais de 50 anos de carreira, o de músico do ano e o de disco do ano.

Os vencedores da 22° edição foram anunciados no mês de junho. Entre os músicos vencedores deste ano estão o baterista Matt Wilson, o pianista Fred Hersch e o veterano saxofonista Benny Golson.

Wilson venceu como músico do ano e álbum do ano, com o disco (foto acima) inspirado na poesia de Carl Sandburg. Carla Bley, Bill Frisell, Joe Lovano, Christian McBride, Rufus Reid e John Scofield participam do disco de Wilson.

Outro destaque é a premiação de melhor revista, melhor blogue e melhor livro sobre jazz. Você pode conhecer todos os vencedores na categoria melhor disco de jazz clicando aqui

Conjunto da obra
Benny Golson

Músico
Matt Wilson

Revelação
Jazzmeia Horn

Compositor
Maria Schneider

Arranjador
Maria Schneider

Álbum
Honey and Salt: Music Inspired by the Poetry of Carl Sandburg
Matt Wilson
(Palmetto)

Álbum histórico
Les Liaisons Dangereuses - 1960
Thelonious Monk
(Sam/Saga)

Gravadora
Resonance Records

Cantor
Kurt Elling

Cantora
Cecile McLorin Salvant

Orquestra
Maria Schneider Orchestra

Grupo
Vijay Iyer Sextet

Trompetista
Tom Harrell

Trombonista
Wycliffe Gordon

Metais
Roscoe Mitchell

Saxofonista alto
Miguel Zenon

Saxofonista tenor
Chris Potter

Saxofonista barítono
Claire Daly

Saxofonista soprano
Jane Ira Bloom

Flautista
Nicole Mitchell

Clarinetista
Anat Cohen

Guitarrista
Mary Halvorson

Pianista
Fred Hersch

Tecladista
Dr. Lonnie Smith

Baixista
Linda May Han Oh

Violinista e ou celista
Tomeka Reid

Percussionista
Zakir Hussain

Vibrafonsta
Joe Locke

Baterista
Jack DeJohnette





terça-feira, 19 de junho de 2018

Icons Among Us

Diferentemente do documentário Jazz, produzido por Ken Burns, em 2001, que contava os primórdios do jazz e trazia informações históricas sobre o seu desenvolvimento, o documentário Icons Among Us - In The Present Jazz - dirigida por Michael Rivoira, Lars Larson e Peter J. Vogt - apresenta a vanguarda do jazz atual.

Em quatro episódios, o filme traz entrevistas com Avishai Cohen, Matthew Shipp, Nicholas Payton, Jason Moran, The Bad Plus, Medeski, Martin and Wood, Ravi Coltrane, Herbie Hancock, Wynton Marsalis, Wayne Shorter, entre outros.

O bate-papo informal com esses músicos tenta mostrar que a grande arte do jazz - a improvisação - está acima de rótulos e dogmas criados pela indústria fonográfica.

Com apresentações gravadas nos EUA e na Europa, o documentário vai surpreender o espectador que ainda pensa que jazz é uma arte exclusivamente norte-americana.

Apesar de ter se desenvolvido nos EUA, o documentário mostra como os músicos europeus absorveram a linguagem do jazz e mesclaram com a tradição de músicas de diferentes países do continente europeu, entre eles, Noruega, Inglaterra, Suécia e Holanda.

O DVD - que traz um resumo dos quatro episódios originalmente apresentados em uma emissora norte-americana - pode ser encontrada em sites como a Amazon. Saiba mais sobre o DVD aqui.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Dia Internacional do Jazz

No dia 30 de abril de 2018, uma nova edição do International Jazz Day aconteceu. Desta vez, a cidade escolhida para acolher o evento foi São Petersburgo, na Rússia.

Pelo sétimo ano consecutivo, o lendário pianista Herbie Hancock (foto) foi o mestre de cerimônia, que contou com a participação de músicos de diversas nacionalidades.

Entre eles estão Cyrille Aimée (França), Till Brönner (Alemanha), Oleg Butman (Rússia), Terri Lyne Carrington (EUA), Joey DeFrancesco (EUA), Fatoumata Diawara (Mali), Kurt Elling (EUA), Antonio Faraò (Itália), Hassan Hakmoun (Marrocos), Horacio Hernandez (Cuba), Branford Marsalis (EUA), Makoto Ozone (Japão), Danilo Pérez (Panama), Dianne Reeves (EUA) e Luciana Souza (Brasil).


( Foto tirada durante a apresentação na Rússia. Da esquerda para a direita : Igor Butman, Herbie Hancock, David Goloschekin, Robert Glasper, Kurt Elling, John Beasley, Dianne Reeves, Terri Lyne Carrington, Till Bronner, Luciana Souza )

Além da noite de gala em São Petersburgo, o Dia Internacional do Jazz foi celebrado em mais de 190 países. Músicos, promotores de eventos, professores, estudantes e fãs do jazz foram mobilizados em todo o mundo com eventos de diferentes tamanhos e atrações.

As atividades foram realizadas em escolas, museus, centros comunitários, universidades, cafés e clubes de jazz. Veja abaixo a íntegra do concerto gravado no Teatro Mariinsky, em São Peterburgo.




Veja também os concertos de 2017 (Havana-Cuba), 2016 (Washington-EUA), 2015 (Paris-França), 2014 (Osaka-Japão), 2013 (Istambul-Turquia) e 2012 (Paris-França)











sábado, 21 de abril de 2018

One Night With Blue Note

Em 1985, a legendária gravadora de jazz Blue Note voltou à ativa. Para comemorar a ocasião foi realizado um concerto no Town Hall, em Nova York, no dia 22 de fevereiro.

Para uma ocasião deste porte, nada mais justo que um time de bambas do jazz ser escalado para fazer desta noite, um evento inesquecível e histórico.

Os "escolhidos" foram o baixista Ron Carter, os pianistas Herbie Hancock, Cecil Taylor, Michel Petrucciani e McCoy Tyner, os bateristas Art Blakey, Jack DeJohnette e Tony Williams, o trompetista Freddie Hubbard, os saxofonistas Lou Donaldson, Charles Lloyd, Johnny Griffin, Jackie McLean, Stanley Turrentine e Joe Henderson, os guitarristas Stanley Jordan e Kenny Burrell, o vibrafonista Bobby Hutcherson e o organista Jimmy Smith.


No repertório, o espectador vai ouvir clássicos do jazz como “Cantaloup Island”, “Moanin’”, “Blues Walk”, "Recorda-Me e “Summertime”.

O show na íntegra também foi lançado em 4 LPs (foto ao lado). A versão em CD não está mais no catálogo da gravadora Blue Note e se tornou "objeto de desejo" dos fãs de jazz.

Abaixo você encontra o repertório dos quatro LPs:

VOLUME 1

"Cantaloupe Island" (Herbie Hancock) - 10:38
"Recorda Me" (Joe Henderson) - 11:15
"Hat And Beard" (Eric Dolphy) - 7:09
"Little B's Poem" (Bobby Hutcherson) - 8:07
"Bouquet" (Hutcherson) - 7:07

Freddie Hubbard - trumpet (tracks 1 & 2)
Joe Henderson - tenor saxophone (tracks 1 & 2)
James Newton - flute (tracks 3 & 4)
Bobby Hutcherson - vibes (tracks 2-5)
Herbie Hancock - piano (track 1, 2, 4 & 5)
Ron Carter - bass
Tony Williams - drums (tracks 1-4)

VOLUME 2

"Broadside" (Bennie Wallace) -
"Sweet and Lovely" (Gus Arnheim, Jules LeMare, Harry Tobias) - 2:46
"Appointment in Ghana" (Jackie McLean) - 7:16
"Passion Dance" (McCoy Tyner) -
"Blues on the Corner" (Tyner) -
"Pontos Cantados: Point 1/Klook at the Top of the Stairs/Point 2/Question" (Cecil Taylor) -

Bennie Wallace - tenor saxophone (track 1)
Cecil McBee - bass (tracks 1 & 3-5)
Jack DeJohnette - drums (track 1 & 3-5)
McCoy Tyner - piano (tracks 2-5)
Woody Shaw - trumpet (tracks 3-5)
Jackie McLean - alto saxophone (tracks 3-5)
Cecil Taylor - piano (track 6)

VOLUME 3

"Moanin'" (Bobby Timmons) -
"I'm Glad There Is You" (Jimmy Dorsey, Paul Mertz) - 3:31
"Summertime" (George Gershwin) - 7:16
"Medley: Blues Walk/Gettin' Sentimental Over You" (Lou Donaldson/George Bassman) -
"The Jumpin' Blues" (Jay McShann, Charlie Parker) - 6:09
"A Child Is Born" (Thad Jones) -

Freddie Hubbard - trumpet (track 1)
Curtis Fuller - trombone (track 1)
Johnny Griffin - tenor saxophone (track 1)
Walter Davis Jr. - piano (track 1)
Reggie Workman - bass (track 1-3)
Art Blakey - drums (track 1)
Grover Washington Jr. - tenor saxophone, soprano saxophone (tracks 2 & 3)
Kenny Burrell - guitar (tracks 2-6)
Grady Tate - drums (tracks 2-6)
Lou Donaldson - alto saxophone (track 4)
Jimmy Smith - organ (track 4-6)
Stanley Turrentine - alto saxophone (tracks 5 & 6)

VOLUME 4

"When You Wish upon a Star" (Ned Washington, Leigh Harline) -
"Jumpin' Jack" (Stanley Jordan) -
"The Blessing" (Charles Lloyd) -
"Tone Poem" (Lloyd) -
"Lady Day" (Lloyd) -
"El Encanto" (Lloyd)
"How Long" (Lloyd) -

Stanley Jordan - guitar (tracks 1 & 2)
Charles Lloyd - tenor saxophone, flute (tracks 3-7)
Michel Petrucciani - piano (track 3-7)
Cecil McBee - bass (tracks 3-7)
Jack DeJohnette - drums (tracks 3-7)

Abaixo você pode ver o DVD completo na internet, mas vale muito a pena procurar o DVD original nas lojas e comprá-lo. Bom divertimento.


quarta-feira, 28 de março de 2018

Bobby Short - You’re the Top

Por 14 anos o Guia de Jazz esteve no ar com a missão de aproximar os internautas ao jazz. Um dos tópicos mais visitados era o de dicas de CDs, no qual dezenas de discos eram indicados e resenhados por mim.

Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".

Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia (dicas de CDs, DVDs, livros, entrevistas e muito mais) - você encontrará quinzenalmente neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.

Sempre que possível, ao final de cada resenha você encontrará vídeos do Youtube com algumas faixas do disco indicado para escutar. Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui

Bobby Short - You’re the Top: Love Songs of Cole Porter (1999)

Bobby Short foi uma verdadeira instituição nos Estados Unidos e um sobrevivente da época dos cabarés. Por quase 50 anos, ele manteve a mesma rotina de cantar em pequenos bares, em especial no hotel Carlyle, em Nova York. Short foi um especialista em interpretar os clássicos dos maiores compositores norte-americanos como Gershwin, Rodgers & Hart e Cole Porter.

É exatamente sobre a obra de Cole Porter - talvez o mais célebre e conhecido compositor do início do século XX - que trata esta resenha. Em You’re the Top: Love Songs of Cole Porter, da gravadora Telarc, ele mostrar o lado mais romântico de Porter.

Além do rico repertório do compositor, Short convidou uma big band com 16 integrantes para criar a atmosfera de glamour que a obra merece. Entre eles estão o guitarrista Howard Alden, o baterista Klaus Suonsaari e o saxofonista Loren Schoenberg.


Algumas músicas são notórias como “Can Can”, “In the Still Of the Night”, “You’re the Top”, “I’ve Got You Under My Skin” e “What Is This Thing Called Love”, todas canções compostas para musicais ou filmes durante as décadas de 1920 e 1930. Short consegue manter a suavidade em canções como “I Love You Samantha” e “I Concentrate On You” e nas intimistas “Love Of My Life” e “You’re Sensational”.

O disco é uma boa oportunidade para conhecer ainda mais a irrepreensível obra de Cole Porter e para descobrir um cantor que tinha um domínio vocal como poucos. Bobby Short, que morreu aos 80 anos, em 2003, teve o mérito de conseguir ser nostálgico sem ser velho ou antiquado. Confira.







domingo, 28 de janeiro de 2018

Grammy 2018 - Vencedores

O 60° edição do Grammy aconteceu neste domingo (28), em Nova York. O grande vencedor da noite foi o cantor Bruno Mars, que ficou com sete prêmios pelo disco 24K Magic.

No jazz, os destaques são o pianista Billy Childs, que ficou com o prêmio de melhor disco, e a cantora Cécile McLorin Salvant, que faturou seu segundo Grammy na carreira na categoria melhor disco vocal, com Dreams and Daggers.

Conheça todos os vencedores do Grammy na categoria melhor disco de jazz aqui . Conheça todos os vencedores na categoria melhor disco de jazz vocal aqui .

A seguir estão os ganhadores nas cinco categorias do jazz deste ano.

Melhor tema de jazz
“Miles Beyond” — John McLaughlin, do disco Live at Ronnie Scotts London 2017

Melhor álbum vocal
Dreams and Daggers — Cécile McLorin Salvant

Melhor álbum instrumental
Rebirth — Billy Childs

Melhor álbum de orquestra
Bringin’ It — Christian McBride Big Band

Melhor disco de jazz latino
Jazz Tango — Pablo Ziegler Trio





quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Jimmy Cobb - The Original Mob

Por 14 anos o Guia de Jazz esteve no ar com a missão de aproximar os internautas ao jazz. Um dos tópicos mais visitados era o de dicas de CDs, no qual dezenas de discos eram indicados e resenhados por mim. Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".

Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia (dicas de CDs, DVDs, livros, entrevistas e muito mais) - você encontrará quinzenalmente neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.

Sempre que possível, ao final de cada resenha você encontrará vídeos do Youtube com algumas faixas do disco indicado para escutar. Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui

Jimmy Cobb - The Original Mob (2014)

Parece que foi ontem, mas seis décadas se passaram desde que o jovem baterista Jimmy Cobb começou sua jornada dentro do jazz. Antes de tocar no quinteto de Miles Davis, no fim dos anos 60, Cobb já tinha tocado com Dinah Washington, Billie Holiday, Dizzy Gillespie, entre outros. Mas é claro que a parceria com Miles e depois com o pianista Wynton Kelly são as fases mais festejadas de sua carreira.

Toda a experiência de Cobb continua a serviço do jazz. Prova disso é o disco The Original Mob, de 2014, com o baterista empunhando suas baquetas aos 85 anos. Ao seu lado, dois velhos conhecidos, o guitarrista Peter Bernstein e o baixista John Webber.

Ambos tinham gravado com o baterista os discos Only for The Pure at Heart, de 1998, e Cobb’s Groove, de 2003. O pianista Brad Mehldau completa o quarteto, que gravou o disco ao vivo no clube nova-iorquino Smoke.

Apesar de ter sido gravado ao vivo, o álbum não tem plateia, ou seja, apenas o quarteto tocando na casa vazia . Segundo o próprio Cobb, a gravação lembrou as sessões que ele fez na década de 1950 na casa de Rudy Van Gelder, famoso engenheiro de som da gravadora Blue Note, que usava a sala de estar de sua casa como estúdio de gravação.

O disco abre com a clássica “Old Devil Moon”, na qual a guitarra de Bernstein e o piano de Mehldau brilham absolutos. O mesmo acontece com o tema “Amsterdam After Dark”. Cobb começa sua aula de bateria no tema “Sunday In New York”.

Mas o disco pega fogo mesmo em “Stranger In Paradise”, com Cobb batendo forte em sua bateria. Em “Unrequited”, composta por Mehldau, a guitarra de Bernstein não participa e, assim, Cobb e Webber viram coadjuvante para as sempre inspiradas frases de Mehldau.


O quarteto volta mas comedido na deliciosa “Composition 101”, na balada “Remembering U”, ambas compostas pelo baterista, e na versão do standard “Nobody Else But Me”, de Jerome Kern e Oscar Hammerstein II.

Além do disco de Cobb, o clube Smoke tem lançado desde o início de 2014 vários discos gravados na casa. Entre eles estão álbuns do pianista Eric Reed, do saxofonista Vincent Herring, do baterista Louis Hayes e do pianista Cyrus Chestnut.





sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

E lá se vai 2017

E lá se vai mais um ano. E que ano difícil foi esse. O jazz perdeu figuras importantes em 2017. Como não sentir a falta do cantor Al Jarreau, que faleceu em fevereiro, aos 76 anos?

Outro mestre da voz que morreu foi Jon Hendricks, que na década de 1950 fez parte do trio Lambert, Hendricks & Ross. Hendricks faleceu aos 96 anos, em novembro.

Outra perda foi o guitarrista John Abercrombie, em agosto, aos 72 anos, Abercrombie foi um dos mais inventivos músicos do século XX. Sua trajetória mostra o quanto ele pregava a liberdade artística e a ousadia na hora de compor e de mostrar sua arte.

Mas a grande surpresa foi a morte prematura da pianista Geri Allen (foto ao lado), aos 60 anos, vítima de câncer, em junho.

Pianista, compositora e educadora, Geri era uma artista discreta, é verdade, mas muito respeitada entre jazzistas, críticos e na área acadêmica. Um dos últimos discos da pianista foi ao lado do saxofonista David Murray e da batersta Terri Lyne Carrington.

Outras duas perdas também deixaram os fãs de jazz surpresos. O cantor Kevin Mahogany e o guitarrista Chuck Loeb. Mohagany morreu aos 59 anos, em dezembro. Na década de 1990, Mahogany lançou ótimos álbuns pela gravadora Warner, entre eles Another Time, Another Place e My Romance.

Loeb morreu aos 61 anos, em agosto, de câncer. Por três décadas, o músico gravou vários discos solos e participações em álbuns de Stan Getz e Step Ahead.

Atualmente, além da carreira solo, ele era integrante do grupo Fourplay. Ele entrou no lugar do guitarrista Larry Carlton.

2017 também foi o ano em que comemoramos o centenário de três ícones do jazz: Thelonious Monk, Dizzy Gillespie e Ella Fitzgerald.

Um dos presentes mais festejado pelos fãs de Ella foi o lançamento do disco Ella At Zardi's, gravado ao vivo em 2 de fevereiro de 1956.

Essa preciosidade ficou guardada por mais de 60 anos, e traz Ella acompanhada do trio formado pelo pianista Don Abney, o baixista Vernon Alley e o baterista Frank Capp.

No repertório estão clássicos como "In A Mellow Tone", "My Heart Belongs To Daddy", "S'Wonderful", "I've Got a Crush On You" e "A Fine Romance". É imperdível poder ouvir esse registro histórico.

Quem também ganhou um lançamento do mesmo porte foi Monk, com o CD duplo Thelonious Monk: Les Liaisons Dangereuses 1960. A gravação perdida, feita em 1959, é a trilha sonora do filme dirigido por Roger Vadim.

E foi em 2017 que também foi comemorado o centenário do jazz. Segundo os historiadores, a primeira gravação de jazz aconteceu em 26 de fevereiro de 1917. O responsável foi o Original Dixieland Jazz Band, grupo formado por músicos brancos de Chicago.

Em 2018, vamos comemorar outros quatro centenários. O produtor Norman Granz (foto ao lado com Ella) foi um dos principais responsáveis por alavancar a carreira de Ella Fitzgerald.

Criador da gravadora Verve, Granz foi o criador do projeto Jazz at the Philharmonic, uma caravana que contava com grandes nomes do jazz.

O cantor Joe Williams, que fez história nas orquestra de Count Basie Orchestra e Lionel Hampton; o pianista Hank Jones, que tocou na década de 1940 com Ella; e por último o pianista Bebo Valdés, que foi um dos mais influentes músicos cubanos do século XX, e pai do também pianista Chucho Valdés.

Para terminar, em 2017, foi comemorado os 90 anos do nascimento de Tom Jobim, talvez o músico mais importante de toda história da música popular Brasileira. Entre os projetos dedicados ao maestro, estão o disco Paulo Jobim e Mario Adnet – Jobim, Orquestra e Convidados, da Biscoito Fino, e o disco Sinatra & Jobim @ 50, do guitarrista John Pizzarelli, que comemora os 50 anos do encontro histórico entre Tom Jobim e Frank Sinatra.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Nina Simone entra no Rock and Roll Hall of Fame

A cantora Nina Simone foi indicada para o Rock and Roll Hall of Fame. Além dela, Dire Straits, Moody Blues, The Cars e Bon Jovi também farão parte deste seleto grupo no dia 14 de abril de 2018, quando acontecerá a tradicional cerimônia do Rock and Roll Hall of Fame, em Cleveland, Ohio, nos Estados Unidos.

Pianista, cantora e compositora, Nina Simone foi também uma ativista dos direitos civis dos negros e das mulheres. A cantora morreu aos 70 anos, em 2003, de câncer.

Apesar de ser uma das vozes lendárias do jazz e dos blues e da sua importância na música do século XX, a artista nascida em 1933, em Tyron, na Carolina do Norte, com o nome Eunice Waymon, nunca tinha sido indicada ao Rock and Roll of Fame. Seu nome artístico foi uma homenagem à atriz francesa Simone Signoret.



Entre os grandes temas imortalizados na sua voz estão "Mississipi Goddam", "Feeling Good", "I Put a Spell On You", "Ain’t Got No, I Got Life", "Ne Me Quitte Pas", "My Baby Just Cares For Me" e "Don't Let Me Be Misunderstood".

Para conhecer mais sobre a trajetória da cantora, assista ao documentário What Happened, Miss Simone?, de 2015, dirigido por Liz Garbus. Outra opção é o filme 'Nina, de 2016, estrelado por Zoe Saldana. Na época do lançamento do filme, Zoe foi criticada por ter sido escolhida para viver Nina Simone nas telas por ter a pele clara demais. Abaixo você encontra os trailers.





Veja abaixo, na íntegra, o DVD Live At Ronnie Scott Club, gravado no lendário clube de jazz londrino, em 1984.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Sarah Vaughan - Crazy and Mixed Up

Por 14 anos o Guia de Jazz esteve no ar com a missão de aproximar os internautas ao jazz. Um dos tópicos mais visitados era o de dicas de CDs, no qual dezenas de discos eram indicados e resenhados por mim. Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".

Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia (dicas de CDs, DVDs, livros, entrevistas e muito mais) - você encontrará quinzenalmente neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.

Sempre que possível, ao final de cada resenha você encontrará vídeos do Youtube com algumas faixas do disco indicado para escutar. Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui

Sarah Vaughan - Crazy and Mixed Up (1982)

Mais de duas décadas já se passaram desde a morte da divina Sarah Vaughan, em 1990. Ao lado de Billie Holiday e Ella Fitzgerald, Sassy completava a trinca das grandes cantoras de jazz. Em tempos de Diana Krall e Jane Monheit, ouvir qualquer disco de Sarah é fundamental para entender de onde vem a inspiração para as novas cantoras e perceber que a nova geração ainda tem um longo caminho pela frente.

O início de carreira de Sarah Vaughan é muito parecido com a de Ella Fitzgerald. Em 1934, Ella venceu o concurso de amadores do Apollo Teatre, no Harlem (EUA) e foi contratada pela orquestra de Chick Webb. Oito anos mais tarde, foi a vez de Sarah vencer o mesmo concurso e ser convidada para tocar com Earl Hines. Outros marcos em sua carreira são os trabalhos ao lado de Dizzy Gillespie e Charlie Parker e sua parceria com o trompetista Clifford Brown.

Escolher um único álbum dentro de uma obra tão extensa e rica como a de Sarah Vaughan é uma tarefa difícil, mas como acontece na discografia de todos os jazzistas, sempre há dois ou três títulos fundamentais.

No início dos anos 80, após anos gravando com orquestras, Sassy lançou o disco Crazy and Mixed Up, pela gravadora Pablo. Neste trabalho, acompanhada por um quarteto, a cantora foi responsável pela produção e teve total liberdade para escalar os músicos e escolher o repertório. O resultado foi um dos discos mais vibrantes e inspirados de toda sua carreira.


Sassy convidou nada menos que o guitarrista Joe Pass, que nos anos 70 fez discos antológicos com Fitzgerald, o veterano pianista Roland Hanna, o baixista Andy Simpkins e o baterista Harold Jones. O CD abre com o clássico “I Didn’t Know What Time It Was”, de Rodgers & Hart. Em seguida vem “That’s All”, com destaque para o solo de Hanna, que também comanda a singela “Seasons”. Em “In Love In Vain”, o trio formado por piano, baixo e bateria promove o clima ideal para Sassy mostrar sua técnica vocal única. O show continua com o casamento perfeito entre a guitarra de Pass e o scatt de Sassy em “Autumn Leaves”.

Assim como outros jazzistas, Sarah também se rendeu à música de Ivan Lins e regravou o tema ”Começar de Novo”, que em inglês ganhou o nome de “The Island”. O disco termina com outra composição inesquecível de Rodgers & Hart, “You Are Too Beautiful”, apenas com a cantora acompanhada pelo piano.

Este texto foi originalmente escrito dias depois da morte da cantora Anita O’ Day, no fim de 2006. A perda de Anita cria um vazio igual ao deixado por cantoras como Sarah, Ella, Billie, Carmen McRae e Betty Carter. É claro que ninguém é imortal e muito menos insubstituível, mas não podemos deixar de lembrar que essas cantoras foram a personificação da palavra diva.



terça-feira, 28 de novembro de 2017

Grammy 2018 - Os indicados

Como acontece sempre, no fim de ano, os indicados ao Grammy são divulgados. A edição de número 60 acontecerá no Madison Square Garden, em Nova York, no dia 28 de janeiro.

Os grandes destaques são o pianista Fred Hersch (foto abaixo), com o disco Open Book e o saxofonista Chris Potter (foto ao lado), com o disco The Dreamer Is The Dream.

Ambos concorrem em duas categorias, melhor tema de jazz e melhor disco de jazz.

O Brasil também está na disputa. Na categoria melhor disco de jazz latino, o veterano pianista Antonio Adolfo concorre com o disco Hybrido – From Rio To Wayne Shorter.

Na mesma categoria, a saxofonista Anat Cohen e o violonista brasileiro Marcello Gonçalves disputam o prêmio pelo disco Outra Coisa – The Music Of Moacir Santos. Na categoria melhor disco de world music, Anat também concorre ao lado do Trio Brasileiro, com o disco Rosa Dos Ventos. Abaixo você encontrará dois vídeos de Anat Cohen, um com Golçalves e o outro com o Trio Brasileiro.


OS INDICADOS:

Best Improvised Jazz Solo

“Can’t Remember Why” — Sara Caswell, soloist
“Dance Of Shiva” — Billy Childs, soloist
“Whisper Not” — Fred Hersch, soloist
“Miles Beyond” — John McLaughlin, soloist
“Ilimba” — Chris Potter, soloist

Best Jazz Vocal Album

The Journey — The Baylor Project
A Social Call — Jazzmeia Horn
Bad Ass And Blind — Raul Midón
Porter Plays Porter — Randy Porter Trio With Nancy King
Dreams And Daggers — Cécile McLorin Salvant

Best Jazz Instrumental Album

Uptown, Downtown — Bill Charlap Trio
Rebirth — Billy Childs
Project Freedom –Joey DeFrancesco & The People
Open Book — Fred Hersch
The Dreamer Is The Dream — Chris Potter

Best Large Jazz Ensemble Album

MONK’estra Vol. 2 — John Beasley
Jigsaw — Alan Ferber Big Band
Bringin’ It — Christian McBride Big Band
Homecoming — Vince Mendoza & WDR Big Band Cologne
Whispers On The Wind — Chuck Owen And The Jazz Surge

Best Latin Jazz Album

Hybrido – From Rio To Wayne Shorter — Antonio Adolfo
Oddara — Jane Bunnett & Maqueque
Outra Coisa – The Music Of Moacir Santos — Anat Cohen & Marcello Gonçalves
Típico — Miguel Zenón
Jazz Tango — Pablo Ziegler Trio











domingo, 29 de outubro de 2017

Wynton Marsalis é imortalizado no Hall of Fame

O inevitável finalmente aconteceu. Na edição de dezembro deste ano (2017), o trompetista norte-americano Wynton Marsalis entrou para o Hall Of Fame da revista DownBeat.

Pelo menos essa é a opinião dos leitores da octogenário revista. Anualmente, duas votações acontecem, uma feita pelos críticos e outra pelos leitores.

Aos 56 anos, Marsalis é um dos mais jovens músicos de jazz a entrar nesse seleto grupo, que nos últimos anos recebeu nomes como Phil Woods (2016), Tony Bennett (2015), B.B. King (2014) e Pat Metheny (2013). Na votação deste ano feita pelos críticos, o saudoso trompetista Don Cherry foi o escolhido para entrar no Hall of Fame.

Apesar da precocidade de entrar para esse grupo, ninguém que acompanha o jazz duvidava que Marsalis em breve seria lembrado por leitores ou críticos da revista. Com 30 anos de carreira, o trompetista é um dos mais respeitados músicos de sua geração, intitulado de young lions, que trouxe o jazz de volta às manchetes, no início da década de 1980.

Filho do pianista Elis Marsalis, irmão do saxofonista Branford Marsalis e nascido no berço do jazz, Nova Orleans, Marsalis parecia fadado a se tornar um músico de jazz. Mas seu perfeccionismo e sua paixão pelo música o tornaram quase que um embaixador do jazz.

Sua atuação à frente do Jazz at the Lincoln Center, como diretor artístico, é reconhecida como um das mais importantes e eficazes programas educacionais para multiplicar o número de músicos e ouvinte de jazz pelos Estados Unidos. Com sede na cidade de Nova York, a casa da Jazz at Lincoln Center Orchestra (foto abaixo) se tornou visita obrigatória para todo fã de jazz que visita a cidade. Saiba mais sobre a programação aqui.


Isso sem falar nos mais de 60 discos lançados - entre CDs de jazz e clássicos -, nove Grammys, sendo que continua até hoje, 30 anos depois, a ser o único músico a receber um Grammy no mesmo ano em duas categorias diferentes, e o primeiro jazzista a ganhar o prestigiado prêmio Pulitzer.

Abaixo você escuta na íntegra os discos J Mood (1986) , que levou o Grammy de melhor disco de jazz, e Black Codes ( From The Underground) (1985), que repetiu o premiação no ano seguinte.

O legado que Wynton Marsalis deixará para o jazz já está escrito. Os críticos podem continuar a dizer que ele parou no tempo, que sua obsessão pelo jazz tradicional é um erro para que o jazz continue a se desenvolver e um atraso para as novas gerações. Wynton sempre acreditou em suas convicções e assim continuará trilhando seu caminho.











terça-feira, 24 de outubro de 2017

Hugh Masekela - The Lasting Impressions of Ooga Booga

Por 14 anos o Guia de Jazz esteve no ar com a missão de aproximar os internautas ao jazz. Um dos tópicos mais visitados era o de dicas de CDs, no qual dezenas de discos eram indicados e resenhados por mim. Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".

Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia (dicas de CDs, DVDs, livros, entrevistas e muito mais) - você encontrará quinzenalmente neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.

Sempre que possível, ao final de cada resenha você encontrará vídeos do Youtube com algumas faixas do disco indicado para escutar. Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui

Hugh Masekela - The Lasting Impressions of Ooga Booga (1996)

Para quem ainda acha que Peter Gabriel (ex-Genesis), David Byrne (ex-Talking Heads) e Paul Simon (lançou o disco Graceland, com músicos africanos, em 1986) são os únicos responsáveis pela mistura de ritmos que foi rotulada de world music, fica aqui um aviso: eles chegaram tarde. Isso não quer dizer que não há mérito na preocupação desses três senhores em divulgar e usar a música africana, latina e oriental nos mais diferentes ritmos norte-americanos como o pop, o rock e o jazz.

Muito antes de Gabriel, Byrne e Simon, os Estados Unidos já tinham experimentado a fusão de sua música com ritmos de outras partes do mundo. Entre os músicos que iniciaram este casamento estão Dizzy Gillespie e Harry Belafonte. O primeiro mesclou o jazz com a música latina e o segundo introduziu a música africana e caribenha entre os ouvintes americanos. Filho de imigrantes caribenhos, Belafonte foi um dos mais influentes artistas negros dos anos 60 e foi o responsável pela vinda do trompetista sul-africano Hugh Masekela aos Estados Unidos.

Assim como a cantora Mirian Makeba e o saxofonista Fela Kuti, Masekela não renegou suas origens e conciliou como poucos a música africana com o jazz. O trompetista chegou a América aos 21 anos de idade, mas só faria sucesso em 1968, com a música “Grazing In the Grass”. Antes disso, o músico tocou em vários clubes de Nova York e casou-se com Makeba (a união durou apenas dois anos).



O disco The Lasting Impressions of Ooga Booga traz o registro do show realizado no Village Gate, em 1965. Originalmente, essas gravações foram lançadas em dois discos distintos, mas aqui estão juntas em um único CD. Para acompanhar seu trompete, ele escalou o habilidoso pianista Larry Willis, o baterista Henry Jenkins e o baixista Harold Dotson.

Logo de saída, Masekela abre espaço para três composições de Makeba, entre elas “Dzinorabiro”. Na sequência, Willis toca os primeiros acordes de “Cantaloupe Island”, de Herbie Hancock, e o jazz mostra-se por inteiro. O compositor Masekela aparece em “U-Dwi” e em “Mixolydia”, tema dedicado a Miles Davis e John Coltrane.

A música latina também tem espaço no repertório com “Con Mucho Carino” e “Mas Que Nada”, clássica melodia composta pelo brasileiro Jorge Ben Jor. O jazz volta a tomar conta na introspectiva “Where Are You Going?” e em “Bo Masekela”. Para fechar, Masekela toca “Unohilo”, composta pelo sul-africano Alan Salenga.

Em tempos de mundo globalizado e sem fronteiras e de um presidente norte-americano negro, a música de Hugh Masekela não poderia estar em um ambiente mais apropriado e atual. Parafraseando os estudiosos no assunto, a música é uma linguagem universal e deve ser usada para aproximar os povos e diminuir as diferenças culturais entre eles. Que assim seja.





terça-feira, 10 de outubro de 2017

Thelonious Monk chega aos 100

O jazz nunca mais foi o mesmo após o aparecimento do pianista norte-americano Thelonious Monk. No início da década de 1940, Monk mostrou ao mundo uma maneira única de tocar e ajudou Dizzy Gillespie e Charlie Parker a criar o bebop. o resto é história.

Em 2017, o mundo do jazz festeja o centenário do músico, nascido em 10 de outubro de 1917. Ele morreu aos 64 anos, em 17 de fevereiro de 1982.

A excentricidade do toque de Monk, sua inquietação ao se apresentar ao vivo e, é claro, seus inseparáveis chapéus chamativos acabaram criando uma figura, muitas vezes, não compreendida pelos críticos. Mas Monk era Monk. Ela tocava o que sentia e da maneira que queria.

Sua genialidade ficou marcada em hinos do jazz como "Round Midnight", "Epistrophy" e "Blue Monk". Em 2005, uma gravação perdida ao lado do saxofonista John Coltrane, gravada no Carnegie Hall, em 1957, trouxe para as novas gerações todo o espírito inovador de dois gênios do jazz. Ouça abaixo o disco na íntegra.



A discografia de Monk tem momentos marcantes. Além do citado disco com Coltrane, preciosidades como Live At The It Club, de 1964, Monk's Blues, de 1968, ao lado da orquestra comandada por Oliver Nelson, e Brilliant Corners, de 1956, com Sonny Rollins no sax, são gravações fundamentais para se "entender" a obra, a complexidade e a forma única de Monk se expressar.

Em 1988, o filme A Vida e a Música de Thelonious Monk, que em inglês se chama Monk: Straight, No Chaser, mostra cenas inéditas do pianista nos bastidores, no palco e em seu cotidiano. As imagens filmadas por Michael e Christian Blackwood ficaram "hibernando" por anos até que o cineasta Bruce Ricker colocou suas mãos nelas.

Em 2016, o pianista e arranjador John Beasley lançou o projeto MONKestra, que traz a obra de Monk arranjada para uma big bang. Os dois volumes comandados por Beasley foram lançados pela gravadora Mack Avenue. Veja a seguir uma faixa deste CD.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Jazz na Espanha deve muito a Cifu

Por quatro décadas o jornalista francês, radicado na Espanha, Juan Claudio Cifuentes dedicou sua vida ao ofício de divulgar e propagar o jazz.

Sua missão foi mais que bem sucedida. Cifu, como era conhecido, se tornou referência sobre o assunto e usou todo o seu conhecimento e didatismo para levar o jazz para as massas.

Cifu comandou os programas de rádio Jazz Porque Sí e A todo jazz por 40 anos, além de Jazz Entre Amigos, programa de TV que foi ao ar na Espanha, entre 1984 e 1991.

Morto em 2015, aos 74 anos, Cifu foi homenageado em 2017 com o livro Juan Claudio Cifuentes, una vida de jazz, una vida con swing, escrito por Antoni Juan Pastor. Na foto abaixo, Cifuentes está ao lado do pianista norte-americano McCoy Tyner.



O legado deixado por Cifu está ao alcance de todos na internet. Você encontra aqui dezenas de edições do programa Jazz Entre Amigos.

A cada programa, Cifu retrata um músico de jazz, conta deliciosas histórias sobre sua trajetória e apresenta shows na íntegra. Entre os músicos retratos estão nomes como Oscar Peterson, Charlie Parker, Ben Webster e Pat Metheny.

Também estão disponíveis dezenas de programa A Todo Jazz. Você pode ouvi-los aqui. Entre as edições estão especiais com Bill Evans, Stan Getz, Dave Brubeck, entre outros. Saiba mais sobre Cifuentes no site oficial do jornalista. Clique aqui

Abaixo você encontra uma edição na íntegra do programa Jazz Entre Amigos

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Squirrel Nut Zippers - Bedlam Ballroom

Por 14 anos o Guia de Jazz esteve no ar com a missão de aproximar os internautas ao jazz. Um dos tópicos mais visitados era o de dicas de CDs, no qual dezenas de discos eram indicados e resenhados por mim. Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".

Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia (dicas de CDs, DVDs, livros, entrevistas e muito mais) - você encontrará quinzenalmente neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.

Sempre que possível, ao final de cada resenha você encontrará vídeos do Youtube com algumas faixas do disco indicado para escutar. Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui

Squirrel Nut Zippers - Bedlam Ballroom (2000)

No início da década de 1900, o cenário do jazz foi invadido por uma nova onda, o neo swing. Grupos como Big Bad Voodoo Daddy, Royal Crown Revue, Cherry Poppin’ Daddies e até mesmo Brian Stezer, ex-vocalista do grupo Stray Cats, trouxeram a essência do dixieland e do hot jazz para uma geração de ouvintes que dificilmente se interessariam por esse tipo de jazz, que dominou o cenário musical norte-americano no início do século XX.

Além dos nomes citados, o grupo norte-americano Squirrel Nut Zippers foi outro representante deste movimento. Capitaneado pelos vocalistas Katherine Whalen e Jim Mathus, os Zippers apareceram em 1995, com o disco Hot, que trazia o sucesso “Hell”. Mas o disco em destaque aqui é Bedlam Ballroom, de 2000, o quinto do grupo.

Antes de Bedlam ser lançado, o grupo passou por dois anos conturbados. O trompetista Stacy Guess morreu de overdose de heroína, Tom Maxwell, um dos compositores dos Zippers, saiu em carreira solo e a vocalista Katherine e seu marido Matheus tiveram um bebê.



Com a saída de Maxwell, é possível notar que o casal Katherine e Mathus está mais à vontade musicalmente. Acompanhados de uma pequena big band, com direito a trombone, sax, trompete e banjo, eles abrem o disco com “Bedbugs”, uma levada latina que vai fazer você chacoalhar.

Nas baladas, “Bent Out of Shape” e “Hush”, Whalen, que tem um timbre parecido com Billie Holiday, mostra uma faceta diferente dos Zippers. A mistura dos ritmos flamenco, salsa e funk cria uma atmosfera um pouco diferente dos discos anteriores, o que é muito sadio.

O suingue abre espaço nas faixas “Stop Drop & Roll”, “Just This Side of Blue” e “Baby Wants a Diamond Ring”. Para fechar, as retrôs “Don’t Fix It”, com destaque para o trombone de David Wright, e “Do It This Way”.

Apesar do neo swing não ter sobrevivido ao século XXI, o movimento serviu para resgatar a mais pura essência do jazz, quando pequenos combos andavam pelas ruas de Nova Orleans e três senhores chamados Louis (Prima, Armstrong e Jordan) ajudaram a disseminar um dos mais contagiantes gêneros do jazz, o swing.

Outro disco que vale procurar é It’s Tight Like That, do guitarrista canadense Jeff Healey. Lançado em 2006, o CD mostra uma faceta desconhecida do bluseiro, que por vários anos apresentou um programa de rádio apenas tocando jazz.

No disco, que conta com a participação do veterano trombonista Chris Barber, Healey canta, toca trompete e interpreta clássicos dos anos 20 e 30, entre eles “Keep It to Yourself” e “Basin Street Blues”.





terça-feira, 22 de agosto de 2017

Programa Tiny Desk desnuda a eloquência do jazz

O programa Tiny Desk, da rádio pública dos EUA (NPR), tem uma proposta interessante para receber artistas de diferentes vertentes musicais.

Gravado no escritório da rádio, em Washington, rodeado por livros, discos e estantes, o inusitado cenário deixa a apresentação intimista e o músico muito à vontade.

Com sets de aproximadamente 20 minutos, muitos artistas aproveitam o ambiente aconchegante para interpretar suas músicas com novos arranjos e muitas vezes em formato acústico. O resultado - além de lindo - são registros marcantes e autorais.

Criado e apresentado por Bob Boilen - dono da mesa que aparece no cenário do programa -, em 2008, o Tiny Desk preza, acima de tudo, pelo novo, pelo inusitado e pelo diferente.

Boilen aprecia música e isso o deixa longe de preconceitos ou de modismo. O programa se tornou referência para internautas que procuram novos rumos musicais.



Na seara do jazz, diferentemente de outros tipos de música, o programa não se preocupa em trazer músicos desconhecidos. Parece que o jazz é tratado de uma maneira diferente, com mais cerimônia, com mais cuidado. Mas pouco importa.

O que interessa é que por aqui já passaram nomes como Chick Corea e Gary Burton (foto), Charles Lloyd, Jason Moran, Esperanza Spalding, Terence Blanchard, Gregory Porter e tantos outros.

Na player abaixo, há uma seleção de vários programas exclusivamente com músicos de jazz. É só procurar o que mais gosta e começar a desfrutar. Mais abaixo, há links para fazer o download de alguns desses programas na íntegra. É só clicar no nome do músico. Bom divertimento.

Veja outros programas aqui e aqui

sábado, 5 de agosto de 2017

Blue Note Rio

Apesar de todo o problema que a cidade do Rio de Janeiro passa, é inegável dizer que ela continua sendo o principal destino turístico do país. Obviamente que tudo seria melhor se o Rio não tivesse sido saqueado por políticos inescrupulosos, por policiais corruptos e pelos traficantes.

O Rio tinha tudo para ser abandonado a própria sorte. Mas o cidadão carioca se recusa a abrir mão do seu bem mais precioso: sua liberdade de poder ir e vir e da sua tão amada Cidade Maravilhosa.

A prova da força do Rio e do seu cidadão pode ser mais uma vez vista com a chegada do clube de jazz Blue Note, que tem inauguração prevista para o fim de agosto.

A tradicional casa de jazz nova-iorquina - inaugurada em 1981 - é conhecida pelos seus shows de jazz de alta qualidade. Além de Nova York, a Blue Note tem filiais na California, Havaí, Milão, Pequim, Tóquio e Nagoya. O Rio será a sua primeira unidade no Hemisfério Sul.

Segundo Luiz Calainho, que comanda a holding L21, o investimento inicial para abrir a filial carioca, que funcionará onde era a Miranda, na Lagoa Rodrigo de Freitas, é de US$ 1,2 milhão.

Com 350 lugares, o Blue Note Rio também contará com almoços semanais, regados a shows de jazz, e brunchs aos domingos; um chef já de renome comandará a gastronomia do local.

Pela programação já divulgada pela casa, o Blue Note Rio tem tudo para se tornar o mais importante palco da música instrumental brasileira e do jazz no país.

Para a inauguração, no dia 31 de agosto, o público terá a oportunidade inédita de assistir ao encontro do pianista Nelson Ayres, com o Trio da Paz e o pianista João Donato, e o encontro entre o saxofonista Carlos Malta e os percussionista Robertinho Silva e Marcos Suzano. O Trio da Paz é formado pelo violonista Romero Lubambo, o baixista Nilson Matta e o baterista Duduka Fonseca.

As atrações internacionais já anunciadas também vão fazer a alegria dos fãs de jazz. Entre eles estão Chick Corea & Steve Gadd, em 20 de outubro, Maceo Parker, nos dias 7 e 8 de setembro, Spyro Gyra, de 2 a 4 de novembro, e Chris Botti, de 5 a 8 de outubro.

Entre o shows brasileiros já agendados, vale registrar os encontros entre a cantora Leny Andrade e o guitarrista Nelson Faria, no dia 2 de setembro. Quem também terá companhia no palco do Blue Note será o bruxo Hermeto Pascoal, que recebe o veterano guitarrista Heraldo do Monte, no dia 28 de setembro.

Outro dueto que deve atrair o público é entre o saxofonista Leo Gandelman e o violonista Dori Caymmi, no dia 2 de setembro. Mas a atração mais aguardada de todas deve ser mesmo a apresentação do pianista Sergio Mendes, nos dias 9 e 10 de setembro. Mendes mora há 40 anos dos Estados Unidos e raramente se apresenta no Brasil.

Outro ponto positivo é que o sistema de dois shows por noite da mesma atração - exatamente como acontece em outras filias do Blue Note ao redor do mundo - foi mantido pelos administradores brasileiros. Assim, o público terá mais ingressos à disposição.

A chegada do Blue Note ao Rio de Janeiro ainda serve para alegrar os órfãos de espaços como o Mistura Fina, Canecão e a Modern Sound, três importantes e tradicionais redutos de shows na cidade que fecharam nos últimos anos. Para ter mais detalhes sobre a casa e sua programação, visite o Facebook oficial aqui.

PROGRAMAÇÃO

30/08 – Quarta-feira
Abertura para convidados com a Brazil Jazz Stars

31/08 – Quinta
20h — Brazil Jazz Stars com Trio da Paz e Nelson Ayres
22h30 — Brazil Jazz Stars com Carlos Malta, Robertinho Silva e Marcos Suzano

01/09 – Sexta
20h — Brazil Jazz Stars com Monica Salmaso e Guinga
22h30 — Brazil Jazz Stars com Azymuth e Marcos Valle

02/09 – Sábado
20h — Brazil Jazz Stars com Dori Caymmi
22h30 — Brazil Jazz Stars com Leny Andrade, Nelson Faria e Ney Conceição

06/09 - Quarta
20h — Jaques Morelenbaum convida Mayra Andrade

07/09 - Quinta
20h — Maceo Parker
22h30 — Maceo Parker

08/09 – Sexta
21h — Maceo Parker
23h30 — Maceo Parker

09/09 – Sábado
21h — Sergio Mendes
23h30 — Sergio Mendes

10/09 – Domingo
20h — Sergio Mendes
22h30 — Sergio Mendes

13/09 - Quarta
20h — Jaques Morelenbaum convida Jan Dumée & Wim Dijkgraaf

16/09 – Sábado
21h — Baby do Brasil
23h30 — Baby do Brasil

17/09 – Domingo
20h — Baby do Brasil
22h30 — Baby do Brasil

20/09 - Quarta
20h — Jaques Morelenbaum convida Diego Schissi

21/09 – Quinta
20h — Banda Black Rio
22h30 — Banda Black Rio

22/09 – Sexta
21h — Banda Black Rio
23h30 — Banda Black Rio

23/09 — Sábado
21h — Orquestra Atlântica
23h30 — Orquestra Atlântica

27/09 - Quarta
20h — Anne Paceo

28/09 - Quinta
20h — Hermeto Pascoal e Heraldo do Monte
22h30 — Hermeto Pascoal e Heraldo do Monte

29/09 - Sexta
21h — Wagner Tiso e Tunai
23h30 — Wagner Tiso e Tunai

30/09 - Sábado
21h — Orquestra Atlântica
23h30 — Orquestra Atlântica

04/10 - Quarta
20h — Ala.Ni

05/10 – Quinta
20h — Chris Botti 22h30 — Chris Botti

6/10 – Sexta
21h — Chris Botti
23h30 — Chris Botti

07/10 – Sábado
21h — Chris Botti
23h30 — Chris Botti

08/10 – Domingo
20h — Chris Botti

22h30 — Chris Botti

11/10 - Quarta
20h — Teresa Salgueiro
22h30 — Teresa Salgueiro

12/10 – Quinta
20h —Teresa Salgueiro
22h30 — Teresa Salgueiro

20/10 – Sexta
21h — Chick Corea & Steve Gadd Band
23h30 — Chick Corea & Steve Gadd Band

01/11 - Quarta
20h — Banda Mantiqueira
22h30 — Banda Mantiqueira

02/11 - Quinta
20h — Spyro Gyra
22m30 — Spyro Gyra

03/11 - Sexta-feira
21h — Spyro Gyra
23h30 — Spyro Gyra

04/11 - Sábado
21h — Spyro Gyra
23h30 — Spyro Gyra

15/11 - Quarta
20h — Laura Perrudin

16/11 - Quinta
20h — Didier Lockwood Trio
22h30 — Didier Lockwood Trio

17/11 – Sexta-feira
21h — Antonio Carlos e Jocafi com Ithamara Koorax
23h30 — Brazil Jazz Stars

18/11 - Sábado
21h — Antonio Carlos e Jocafi com Ithamara Koorax
23h30 — Brazil Jazz Stars

segunda-feira, 24 de julho de 2017

Jazz na Fábrica - 2017

O festival Jazz na Fábrica chega a sua 7° edição, entre os dias 10 e 27 de agosto, no SESC Pompeia (SP), mantendo a proposta de misturar jazz de várias vertentes e de vários países. Ao todo, serão 17 diferentes atrações de oito países.

Os destaques desta edição são o trompetista norte-americano Roy Hargrove, acompanhado pela cantora italiana Roberta Gambarini, o "bruxo" Hermeto Pascoal, o cantor e baixista norte-americano Thundercat (foto), e o veterano pianista sul-africano Abdullah Ibrahim.

Hargrove deveria ter participado da edição de 2015 do festival, mas por motivo de saúde, sua apresentação foi cancelada.

Os shows acontecem durante todo o mês de agosto, entre quinta e domingo. O espectador terá duas oportunidades para ver o seu artista preferidos. Todos os músicos tocarão em dois dias diferentes.

VEJA ABAIXO AS DATAS:

10/08
Eddie Allen (EUA)

11/08
Nenê Trio (Brasil) + Itamar Borochov (Israel)
Eddie Allen (EUA)

12/08
Hermeto Pascoal e Grupo (Brasil)
Eddie Allen (EUA)

13/08
Jazzmin's (Brasil)
Hermeto Pascoal e Grupo (Brasil)

17/08
Globe Unity Orchestra (Alemanha)
Thundercat (EUA)

18/08
Globe Unity Orchestra (Alemanha)
Thundercat (EUA)

19/08
Abdullah Ibrahim (África do Sul)
Jimmy Dludlu (Moçambique)

20/08
Emiliano Sampaio e Soundscape Big Band (Brasil)
Abdullah Ibrahim (África do Sul)

24/08
Amaro Freitas (Brasil) + Hadar Noiberg (Israel)
Roy Hargrove (EUA) part. Roberta Gambarini (Itália)

25/08
Chicuelo-Mezquida (Espanha)
Roy Hargrove (EUA) part. Roberta Gambarini (Itália)

26/08
Annette Peacock (EUA)
Debo Band (EUA)

27/08
Pat Thomas (Gana)
Annette Peacock (EUA)
Debo Band (EUA)