segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Fingerpainting: The Music of Herbie Hancock

Por 14 anos o Guia de Jazz esteve no ar com a missão de aproximar os internautas ao jazz. Um dos tópicos mais visitados era o de dicas de CDs, no qual dezenas de discos eram indicados e resenhados por mim. Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".

Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia (dicas de CDs, DVDs, livros, entrevistas e muito mais) - você encontrará quinzenalmente neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.

Sempre que possível, ao final de cada resenha você encontrará vídeos do Youtube com algumas faixas do disco indicado para escutar. Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui

Fingerpainting: The Music of Herbie Hancock (1997)

Para muitos especialistas, a concepção de trio é a melhor tradução da essência do jazz. Essa afirmação tem fundamento, ainda mais quando pensamos em trios com a formação clássica (piano, baixo e bateria). Mas outros instrumentos também têm sido utilizados para compor os mais distintos trios de jazz. Este é o caso do trio composto pelo guitarrista Mark Whitfield, pelo baixista Christian McBride e pelo trompetista Nicholas Payton.

Este inusitado encontro foi registrado no disco Fingerpainting: The Music of Herbie Hancock, no qual fazem um tributo à música do compositor, arranjador e pianista norte-americano Herbie Hancock. Lançado em 1997, o disco traz os três jovens músicos em perfeita sintonia e interessados em desconstruir as composições do mestre Hancock.

Para quem ainda não sabe, Payton, McBride e Whitfield são crias do movimento young lions, que invadiu o jazz no início dos anos 80. Hoje, passado três décadas do aparecimento desta geração, músicos como Payton, McBride, Wynton Marsalis e Joshua Redman são algumas das estrelas do jazz na atualidade.

Payton tem no jazz de Nova Orleans sua grande influência e Louis Armstrong como uma espécie de mentor espiritual. Já McBride transformou-se em um dos mais influentes e requisitados baixistas do jazz. Nos últimos anos, gravou com dezenas de músicos, entre eles, Pat Metheny, Ron Carter, Freddie Hubbard e Sting. Dos três, apenas Whitfield deixou de ser figura onipresente. Depois de acompanhar cantoras como Betty Carter e Carmen McRae, o guitarrista gravou bons discos solos, mas tem produzido cada vez menos nos últimos anos.

Sobre o disco em questão, é possível afirmar que esta formação de trio é, no mínimo, inusitada, mas conseguiu criar uma sinergia difícil de encontrar por aí. Para começar, a faixa título traz o tema gravado originalmente pelo quinteto V.S.O.P. Em seguida, “Driftin” mostra a destreza de McBride com seu baixo acústico. A fase fusion de Hancock também aparece por aqui em temas como “Chamelon” e “Sly”, esta última com Payton solando com a surdina.

A guitarra de Whitfield tem seu grande momento em “Tell Me A Bedtime Story”, acompanhada apenas pelo baixo de McBride, que rouba a cena em “The Kiss”, composta originalmente por Hancock para o filme Blow-Up, de Michelangelo Antonioni.


Para muitos, a grande fase de Hancock aconteceu durante sua parceira com Miles Davis, entre 65 e 68. É desta época álbuns como Maiden Voyage, Empyrean Isles e Speak Like A Child. Obviamente que o trio não esqueceu destes discos e regravou temas como “Speak Like A Child”, “Dolphin Dance”, “Oliloqui Valley”, “The Sorcerer” e “Eye Of The Hurricane”, com destaque para o solo de Payton.

Ao terminar de ouvir este CD, você ficará com a impressão de que instrumentos como o piano e a bateria não são tão “imprescindíveis” a um disco de jazz como você sempre imaginou. Mérito de Mark Whitfield, Christian McBride e Nicholas Payton, músicos que carregam a principal virtude do jazz, o desafio de improvisar.

O trio Whitfield, McBride e Payton também pode ser encontrado na trilha sonora do filme Kansas City, do diretor Robert Altman, lançado em 1996. Além deles, o filme ainda traz James Carter, Geri Allen, Joshua Redman, Don Byron e David "Fathead" "Newman. Situado na década de 1930, o filme é estrelado por Jennifer Jason Leigh, Miranda Richardson e Harry Belafonte.








sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Hammond Grooves na Livraria Cultura

O trio Hammond Grooves convida você para um passeio pelo universo do jazz presente na literatura, nos filmes e nos discos. Em um show ao vivo o “organ trio” - órgão Hammond B-3, bateria e guitarra - interpreta alguns sucessos do estilo soul/jazz e temas autorais.

Entre uma música e outra conta história, curiosidade, recomenda discos e livros sobre este fascinante idioma musical.

Cult.Jazz tem como objetivo contemplar variadas formas de arte inspiradas no estilo musical do jazz e suas derivações.

Através de shows descontraídos e realizados gratuitamente no auditório da Livraria Cultura do Shopping Bourbon (SP), alguns autores, compositores, títulos de livros, cds, Dvds, etc, são mencionados e relacionados ao repertório musical, despertando curiosidade no espectador.





HAMMOND GROOVES

O nome da banda foi inspirado nos grandes organistas e o seu repertório soul/jazz que mudou a história da música. Entre eles Jimmy Smith, Jack McDuff, Dr. Lonnie Smith, Reuben Wilson, Big John Patton, Melvin Rhyne, Larry Young, Walter Wanderley e Jimmy McGriff .

Usando esta linguagem musical, o HAMMOND GROOVES cria seus prórpios temas mesclado o jazz com ritmos brasileiros: maracatú, samba, baião, frevo e etc, como nas músicas Samba na Rede, Funktaztic, Água de Coco, Payperview, Varanda e Chá-com-bolo.

Nas apresentações, além das autorais, interpreta músicas conhecidas nesta inusitada formação chamada de "organ trio" (órgão Hammond, bateria e guitarra).

Desde 2009 realiza apresentações em teatros e shows particulares por todo país e exterior. Festivais de Jazz (Festival Internacional de Jazz de Asunción, Festival Internacional de Jazz de Paraty, Jazz na Fábrica/SP e etc); Temporadas em diversas casas de shows e bares do gênero em São Paulo (premiados Bourbon Street Music club, Bar Madeleine, Jazz nos Fundos, JazzB, Bar do Terraço Itália, Riviera, Casa de Francisca, etc) e shows gratuitos em diversas unidades de Sesc, Viradas Culturais e unidades da Livraria.

Saiba mais sobre o Hammond Grooves no site oficial do trio.

HAMMOND GROOVES ORGAN TRIO

Daniel Latorre: Hammond B-3
Wagner Vasconcelos: bateria
Filipe Galadri: guitarra

Cult.Jazz com Hammond Grooves
Todas as terças
Horário: 19:30h
Local: Auditório da Livraria Cultura do Shopping Bourbon (SP)
Rua Turiassú 1200 - Perdizes - São Paulo - SP
Entrada Franca






terça-feira, 27 de setembro de 2016

Jazz - Que Idioma é Esse

Destinado principalmente a quem não conhece teoria musical, este curso quer mostrar como o jazz, um dos ritmos mais populares do século 20, foi construído.

Com o auxílio de recursos audiovisuais, os elementos dessa construção – ritmo, melodia, harmonia, improviso etc. – serão explicados e vivenciados.

Conhecer a estrutura da música, além de sua história, é essencial para uma experiência estética mais rica e possibilita perceber a imensa influência do jazz na música contemporânea.

O curso será dividido em 4 aulas, sempre às terças:

AULA 1 - 04/10/2016 das 19:30 às 21:30 O Jazz nas origens: O Spiritual, o Blues e as Work Songs; o que, de fato, define o gênero

AULA 2 - 11/10/2016 das 19:30 às 21:30 A concepção de tema e improviso: os grooves, as frases e as formas (AABA, forma blues e o Rhythm Change)

AULA 3 - 18/10/2016 das 19:30 às 21:30 A emancipação do Jazz: como o ritmo americano se tornou gênero e, finalmente, se transformou em um idioma a serviço da execução, inclusive, na música brasileira

AULA 4 - 25/10/2016 das 19:30 às 21:30 Identificando através da audição. Neste último encontro, o próprio público escuta e identifica as características apresentadas no Curso, verificando na prática, a linguagem do Jazz.

DANIEL DAIBEM

Guitarrista, foi o criador do programa Sala dos Professores, na Rádio Eldorado, onde durante vinte minutos diários, explicava a linguagem do Jazz, de forma simples, divertida e didática para aqueles que nunca imaginaram ter interesse por este gênero/linguagem; o Jazz. Foram dezoito anos de rádio.

Durante este período, Daniel fez alguns trabalhos em televisão: Hollywood Rock (na Band), LadoH (no canal pago Fashion Tv, atual Glitz), Entre Sem Bater (no Vh1), algumas participações na Mtv (vinhetas malucas para o VMB), Gnt, Arte1, Tv Cultura e Globosat. Hoje, Daniel toca com seu quarteto (Daniel Daibem e Grupo), em casas de São Paulo, viajando pela Rede Sesc e em festivais. O show também traz um pouco de sua desenvoltura didática, como fazia no programa de rádio.

Além disso, ministra cursos e palestras sobre o Jazz e a Musica Popular em instituições como a Casa do Saber e empresas, faz algumas locuções publicitárias, narrações para conteúdos de tv e web e, em 2015, estreou sua participação no cinema, no papel de guitarrista da banda de Elis Regina, na época do espetáculo Falso Brilhante. O filme “Elis”, com direção de Hugo Prata, estréia em 2016.

DATAS E HORÁRIOS: Dias 04, 11, 18 e 25 de outubro das 19:30 às 21:30.

VALOR: R$: 400,00

Inscrições através do site ou escreva para estudiooca@oestudiooca.com.br

Endereço: Rua Dos Pinheiros 1.076 CJ. 53 Pinheiros - São Paulo (SP)

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Original Album Series

Com o fim da era do CD, as gravadoras foram obrigadas a mudar a maneira de vender seus artistas. Os serviços de streaming - para ouvir música online - são uma realidade dura para as gravadoras aceitarem.

A popularização dos smartphones e da rede Wi-Fi fez com que sites como o Deezer e o Spotify se tornassem verdadeiras rádios onlines programadas pelos próprios usuários. Isso sem falar na venda de música digital - que obrigou a indústria fonográfica a vender músicas avulsas para os consumidores.

Para encarar essa nova realidade - além do relançamento de vários discos no formato de vinil - as gravadores também investem no relançamentos de seus catálogos em edições especiais e com preços mais atraentes.

Dois bons exemplos dessa estratégias estão as coleções "Original Album Series”, da gravadora Warner, e "Original Album Classics", da gravadora Sony. A ideia é bem simples. Pegue os discos antigos de um artista, coloque cinco deles em uma caixinha e venda pelo melhor preço que você puder.

Para o consumidor mais tradicional - aquele que ainda gosta de ter um CD em mãos - é uma ótima oportunidade de adquirir aquele antigo disco que ele sempre desejou, mas que por vários motivos ele nunca o comprou. A única desvantagem dessas caixinhas é o acabamento. Apesar de reproduzir as capas originais dos discos, não há encartes e pouca preocupação em fazer um produto bem acabado.

Apesar de tudo, essas duas séries vão agradar o seu ouvido e também o seu bolso. Algumas dessas caixinhas saíram no mercado brasileiro e podem ser encontrados em média por R$ 70. A média de cada CD na caixa será de R$ 14.

Obviamente que para um título antigo, sem encarte e caixa acrílica não é um super preço, mas claramente é mais barato comprar títulos dessas coleções do que comprar individualmente esses discos. Em resumo, vale a pena.

Para os ouvintes de jazz, as duas séries trazem grandes nomes e grandes títulos, entre eles Miles Davis, John Coltrane, Dave Brubeck, Nina Simone, Sonny Rollins, Duke Ellington, George Benson, Mahavishnu Orchestra, Theloniuos Monk, Tony Bennett, Tom Jobim e Ornette Coleman.



Para saber os títulos da série "Original Album Series”, da gravadora Warner, clique aqui. Para saber os títulos da série "Original Album Classics", da gravadora Sony, clique aqui

Bondesom

O Bondesom é uma banda diferente. Um grupo autoral que tem como maior atributo a mistura de gêneros. Os ritmos afro-latinos, o jazz, o funk, e, principalmente, a música brasileira se unem nas composições da banda, rompendo barreiras na música instrumental. É sofisticado sim, mas também é pop. Surpreende pelos temas marcantes e pela vitalidade dos músicos no palco. Suas melodias contagiam as pessoas.

Sua diversidade rítmica convida para dançar e instiga os ouvidos mais atentos. Com brasilidade e latinidade nas veias, o grupo tem largo alcance e atrai um público eclético, de todas as idades.

Por conta disso pôde se apresentar em eventos dos mais variados, e em mais de uma centena de shows realizados em casas de espetáculos do Rio de Janeiro, entre elas Circo Voador - onde já se apresentou quatro vezes como artista principal -, Estrela da Lapa, Teatro Odisséia, Cinematheque, Espaço Cultural Sérgio Porto, Ballroom e Casa da Gávea.

O grupo é formado por Pedro Silveira (guitarra), Pedro Mann (baixo), Gabriel Guinter (bateria), Antonio Guerra (piano e teclados), Yuri Villar (saxofones) e Matias Zibecchi (percussão).

No site do grupo é possível fazer download de algumas músicas. Basta apenas cadastrar seu e-mail. O ultimo disco da banda - Três - foi lançado em 2014 e pode ser ouvido na íntegra na página do grupo no site Bandcamp.



















Fonte: Jornal do Brasil

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Blue Note Perfect Takes

Por 14 anos o Guia de Jazz esteve no ar com a missão de aproximar os internautas ao jazz. Um dos tópicos mais visitados era o de dicas de CDs, no qual dezenas de discos eram indicados e resenhados por mim. Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".

Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia (dicas de CDs, DVDs, livros, entrevistas e muito mais) - você encontrará quinzenalmente neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.

Sempre que possível, ao final de cada resenha você encontrará vídeos do Youtube com algumas faixas do disco indicado para escutar. Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui

Vários - Blue Note Perfect Takes (2005)

Para os consumidores de jazz, a gravadora Blue Note é sinônimo de boa música e títulos históricos. Mas o nome Blue Note não é o único atrativo que faz um amante do jazz comprar seus títulos. Outra referência importante são as letras RVG, iniciais do nome do engenheiro de som Rudy Van Gelder, que brilhou entre as décadas de 50 e 60.

Van Gelder, que morreu no dia 25 de agosto de 2016, aos 91 anos, tornou-se uma grife quando o assunto é jazz. Com mais de meio século de experiência, ele trabalhou com a nata dos jazzistas norte-americanos como Wayne Shorter, Joe Henderson,John Coltrane, Ornette Coleman e tantos outros.

Agora, pela primeira vez, o engenheiro foi convidado para fazer uma seleção das dez gravações que ele mais gosta, levando em consideração a qualidade sonora e o efeito que essas músicas tiveram em sua vida. O resultado está no CD Blue Note Perfect Takes.

Para começar, Thelonious Monk em “Four In One”, ao lado de Art Blakey e Sahib Shihab, e em seguida Miles Davis em “Budo”, originalmente lançado no CD Birth of the Cool, de 1950.


O álbum traz uma trinca de saxofonista de tirar o fôlego. Joe Henderson, acompanhado por Lee Morgan, Ron Carter e Cedar Walton, em “Mode For Joe”, de 1966, Wayne Shorter, com a clássica “Footprints” e Hank Mobley em “Remember”, com Art Blakey na bateria. Blakey também aparece nesta coleção com a delirante versão de “Moon River”, com Freddie Hubbard no trompete.

A compilação ainda conta com Donald Byrd, Kenny Burrell e Jimmy Smith, que fa­leceu em fevereiro de 2005. Com o CD, o consumidor ainda leva de presente um DVD, que traz entrevista com Rudy Van Gelder, galerias de fotos e as capas dos CDs da série assinada por ele.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Billy Strayhorn: Lush Life

Por 14 anos o Guia de Jazz esteve no ar com a missão de aproximar os internautas ao jazz. Um dos tópicos mais visitados era o de dicas de CDs, no qual dezenas de discos eram indicados e resenhados por mim. Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".

Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia e muito mais - você encontrará quinzenalmente neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.

Sempre que possível, ao final de cada resenha você encontrará vídeos do Youtube com algumas faixas do disco indicado para escutar. Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui

Vários - Billy Strayhorn: Lush Life (2007)

Para quem ainda não sabe, o pianista, compositor e arranjador Billy Strayhorn foi o maior colaborador do genial Duke Ellington durante as décadas de 40 e 60. Esta longa parceria foi fundamental para a fama e a qualidade reconhecida da orquestra de Ellington. Por outro lado, o talento de Strayhorn ficou ofuscado por décadas até ser reconhecido como um dos maiores compositores que a América já teve.

Em 2007, o mundo relembrou os 50 anos da morte do compositor, vítima de câncer aos 51 anos de idade. Entre as homenagens dedicadas a Strayhorn está Billy Strayhorn: Lush Life, um documentário produzido para a TV que conta sua trajetória. Para a trilha sonora do filme, o diretor preferiu regravar clássicos de Strayhorn ao invés de utilizar gravações originais. O resultado é, no mínimo, excelente em todos os sentidos. Do repertório aos arranjos, o disco traz feras como Joe Lovano, Bill Charlap, Hank Jones, Elvis Costello e Dianne Reeves esbanjando talento e paixão ao interpretarem obras-primas de Strayhorn.



A parte instrumental do álbum tem como principais destaques o sax de Lovano e o piano do lendário Jones. Escute “Johnny Come Lately”, “Rain Check” e “Lotus Blossom”, com participação do baixista George Mraz e do baterista Paul Mation, e comprove do que a dupla é capaz. Hank também brilha solo em “Tonk” e “Satin Doll”, em co-autoria com Ellington. O pianista Bill Charlap é responsável por outras duas faixas de piano solo, “Fantastic Rhythm” e “Valse”.

Na parte cantada, quem manda é Dianne Reeves. Como acontece sempre, Reeves parece estar tomada pelo espírito de Sarah Vaughan e solta a voz em “My Little Brown Book”, “Day Dream”, “So This Is Love” e “Something to Live For”. Outro momento marcante é a versão de “Lush Life”, com Reeves acompanhada apenas da guitarra de Russell Malone.

Para completar, o ex-roqueiro Elvis Costello, acompanhado de Charlap e Lovano, interpreta a singela “My Flame Burns Blue”, que é um misto da composição “Blood Count”, última música escrita por Strayhorn, com letra de Costello.



sexta-feira, 22 de julho de 2016

Jazz Na Fábrica 2016

Em agosto, o projeto Jazz na Fábrica retorna ao SESC Pompeia entre os dias 11 e 28, mantendo sua temática jazzística e destacando todo o panorama da diversidade de estilos que compõem o gênero, desde sua fase de vanguarda até suas novas formações.

Na sexta edição, o projeto conta com vinte diferentes atrações de nove nacionalidades, além de nomes de destaque no Brasil. Mais detalhes você encontra na página oficial do festival. Clique aqui



PROGRAMAÇÃO:

11/08 | 21h30 - Wallace Roney (EUA) - R$60 inteira | R$30 meia | R$18 comerciário
12/08 | 21h00 - Jakob Bro e Daniel Jobim (DIN/BRA) + Phronesis (DIN/GBR) - R$40 inteira | R$20 meia | R$12 comerciário
12/08 | 21h30 - Wallace Roney (EUA) - R$60 inteira | R$30 meia | R$18 comerciário
13/08 | 21h00 - Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz (BRA) - R$40 inteira | R$20 meia | R$12 comerciário
13/08 | 21h30 - Wallace Roney (EUA) - R$60 inteira | R$30 meia | R$18 comerciário
14/08 | 17h00 - The Lonesome Duo + Tigres Tristes - GRÁTIS
14/08 | 19h00 - Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz (BRA) - R$40 inteira | R$20 meia | R$12 comerciário
18/08 | 21h00 - Donny McCaslin Group (EUA) - R$50 inteira | R$25 meia | R$15 comerciário
18/08 | 21h00 - Ester Rada (ISR/ETI) - R$60 inteira | R$30 meia | R$18 comerciário
19/08 | 21h00 - Donny McCaslin Group (EUA) - R$50 inteira | R$25 meia | R$15 comerciário
19/08 | 21h00 - Matthew Shipp (EUA) - R$50 inteira | R$25 meia | R$15 comerciário
20/08 | 21h00 - Michael Blake (CAN) - R$50 inteira | R$25 meia | R$15 comerciário
20/08 | 21h30 - Robert Glasper (EUA) + Tássia Reis e Mental Abstrato (BRA) - R$60 inteira | R$30 meia | R$18 comerciário
21/08 | 17h00 - Kubata + Wis - GRÁTIS
21/08 | 19h00 - Michael Blake (CAN) - R$50 inteira | R$25 meia | R$15 comerciário
21/08 | 19h30 - Robert Glasper (EUA) + Tássia Reis e Mental Abstrato (BRA) - R$60 inteira | R$30 meia | R$18 comerciário
25/08 | 21h00 - Omer Avital (ISR) - R$50 inteira | R$25 meia | R$15 comerciário
25/08 | 21h30 - Pájaro de Fuego (ARG) - R$40 inteira | R$20 meia | R$12 comerciário
26/08 | 21h00 - Lina Nyberg (SUE) - R$50 inteira | R$25 meia | R$15 comerciário
26/08 | 21h30 - Cheick Tidiane Seck (MLI) - R$60 inteira | R$30 meia | R$18 comerciário
27/08 | 21h00 - Nik Bärtsch's Ronin (SUI) - R$60 inteira | R$30 meia | R$18 comerciário
27/08 | 21h30 - Cheick Tidiane Seck (MLI) - R$60 inteira | R$30 meia | R$18 comerciário
28/08 | 17h00 - Cadillacs Jazz Band + Zarabanda Jazz - GRÁTIS
28/08 | 19h00 - Nik Bärtsch's Ronin (SUI) - R$60 inteira | R$30 meia | R$18 comerciário

FONTE: Azoofa







sexta-feira, 17 de junho de 2016

Makoto Ozone - Nature Boys

Por 14 anos o Guia de Jazz esteve no ar com a missão de aproximar os internautas ao jazz. Um dos tópicos mais visitados era o de dicas de CDs, no qual dezenas de discos eram indicados e resenhados por mim. Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".

Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia e muito mais - você encontrará quinzenalmente neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.

Sempre que possível, ao final de cada resenha você encontrará vídeos do Youtube com algumas faixas do disco indicado para escutar. Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui

Makoto Ozone - Nature Boys (1992)

À primeira vista pode parece estranho comprar um disco de jazz de um pianista chamado Makoto Ozone, mas o ouvinte deve ter a mente aberta para novidades e deixar de lado velhos preconceitos. O mundo da música está repleto de grandes instrumentistas espalhados nos quatro cantos do planeta. Infelizmente, não será possível ouvir tudo que gostaríamos, mas o ser humano tem uma inquietação natural de sua espécie e com certeza tentará absorver o maior número possível de referência para o seu repertório. Dito isto, voltemos ao nosso “desconhecido” músico.

Nascido no Japão, em 1961, o pianista Makoto Ozone sabe que o melhor idioma para enfrentar as barreiras culturais e geográficas é a música. Não importa de onde você é ou qual formação cultural teve, a música está acima disso e consegue falar direito ao inconsciente das pessoas. Apesar de vir do outro lado do mundo, pelo menos para quem mora no ocidente, Ozone foi picado pelo jazz ainda na infância. A predileção pelo piano aconteceu aos 12 anos de idade após assistir a um concerto do pianista Oscar Peterson. Desde então, Ozone não parou mais até se tornar um dos mais inventivos e inteligentes pianistas da atualidade.

Ele começou a chamar a atenção do público norte-americano ao participar do quarteto do vibrafonista Gary Burton, em 1984. De lá para cá, Ozone participou dos principais festivais de jazz na Europa e nos Estados Unidos e lançou quase uma dezena de CDs, alguns deles pela tradicional gravadora Verve. Pois bem, é exatamente sobre um disco desta fase que trata este texto.

Ozone estreou na Verve com o disco solo Breakout, de 94. Apesar das críticas positivas, o impacto entre o público não foi grande. Um ano mais tarde, com o lançamento de Nature Boy, Ozone finalmente conseguiu chamar a atenção. Ao lado dos experientes John Patitucci (baixo) e Peter Erskine (bateria), Ozone escolheu composições marcantes da música norte-americana e rearranjou cada uma delas a sua maneira. O resultado foi sublime.

Entre os grandes clássicos estão a versão irresistível de obra-prima de Charlie Parker, “Ornithology”, com destaque para o solo de Patitucci, e “Lover Come Back To Me”, de Oscar Hammerstein, com uma interpretação impressionante de Ozone. O mesmo acontece em “All Of You”, obra-prima do repertório de Cole Porter.



O repertório tranquilo do CD abre com “But Beautiful”, passa por “The Christmas Song” e termina com “Gorgeous”. O álbum traz outras duas surpresas, o arranjo jazzístico para a composição “Laughter In The Rain”, de Paul Anka, e a faixa-título, música que foi sucesso na voz de Nat King Cole nos anos 50 e que aqui aparece ainda mais delicada com a interpretação solo de Ozone. Diferentemente do disco Breakout, no qual assinava todas as faixas, em Natural Boy apenas a música “Before I Was Born” foi composta pelo pianista.

Outra observação importante, mas pouco animadora, é que o disco só é encontrado atualmente no mercado japonês. Por outro lado, com o advento da internet, não será difícil encontrá-lo perdido em alguma loja virtual. O preço não será dos mais baratos, mas a satisfação de escutar e conhecer o toque de Makoto Ozone é garantido e valerá cada centavo gasto.


quarta-feira, 8 de junho de 2016

O futuro do jazz

A revista DownBeat traz em sua capa neste mês (julho-2016) o saxofonista Kamasi Washington. A reportagem principal - da qual Washington faz parte - é uma previsão sobre quem vai brilhar no cenário do jazz "no futuro". Você pode ler aqui a íntegra da revista com essa reportagem.

Com o "provocativo" título "25 For The Future", algo como 25 (músicos) para o futuro, a equipe da revista aponta 25 nomes que podem ajudar a definir a direção do jazz nas próximas décadas.

No editorial, a revista destaca uma capa de junho de 1999 que trazia o mesmo título ("25 For The Future"). Na época, a revista trazia estampada em sua capa o pianista Brad Mehldau e a violinista Regina Carter. Além deles, nomes como Dave Douglas, Stefon Harris, Ingrid Jensen e Matt Wilson também fizeram parte da profética lista.

Abaixo estão os nomes dos 25 jazzistas apontados pela revista em 2016. Para saber mais sobre cada um deles, basta clicar em seus nomes. Todos eles estão com links para os sites oficiais de cada um dos músicos. No final da lista há vídeos de shows na íntegra do saxofonista Kamasi Washington, da cantora Cyrille Aimée, da saxofonista Melissa Aldana e do pianista Joey Alexander.

Kamasi Washington (saxofonista)

Melissa Aldana (saxofonista)

Sullivan Fortner (pianista)

Cyrille Aimée (cantora)

Ben Williams (baixista)

Marcus Gilmore (baterista)

Marius Neset (saxofonista)

Kris Bowers (pianista)

Aaron Diehl (pianista)

Tyshawn Sorey (baterista)

Matthew Stevens (guitarrista)

Kris Davis (pianista)

Julian Lage (guitarrista)

Miho Hazama (cantora)

Aaron Parks (pianista)

Justin Brown (baterista)

Jacob Garchik (trombonista)

Marquis Hill (trompetista)

Becca Stevens (cantora)

Gerald Clayton (pianista)

Mark Guiliana (baterista)

Etienne Charles (trompetista)

Jamison Ross (baterista)

Bria Skonberg (trompetista)

Joey Alexander (pianista)








segunda-feira, 23 de maio de 2016

Anat Cohen e Trio Brasileiro

Clarinetista e saxofonista, Anat Cohen ganhou corações pelo mundo inteiro com sua virtuosa expressividade e deliciosa presença de palco. Foi eleita a Clarinetista do Ano por seis anos seguidos pela Jazz Journalists Association. Viajou pelo mundo como atração principal em festivais como o de Newsport, Umbria Jazz, SF Jazz e o North Sea, além de ser presença frequente nas principais casas de Jazz de Nova Iorque.

Em setembro de 2012, lançou seu sexto álbum como bandleader, “Claroscuro”. O album vai de temas animados a baladas líricas, buscando sua inspiração em Nova Orleans, Nova Iorque, África e Brasil. Claroscuro toma seu título da palavra espanhola que descreve o jogo entre a sombra e a luz, "chiaroscuro" em italiano. Em seus shows pode-se observar sua fluência entre o estilo crioulo de Nova Orleans, ritmos africanos, o samba e o choro do Brasil.

Anat nasceu em Tel Aviv, Israel, e foi criada em uma família musical. Frequentou a Tel Aviv School for the Arts, o "Thelma Yellin" High School for the Arts e o Jaffa Music Conservatory. Começou seus estudos de clarineta aos 12 anos, aos 16 ela entrou na big band da escola e aprendeu a tocar saxofone tenor. Depois de se graduar, conseguiu dispensa do serviço obrigatório militar tocando na banda da Força Aérea Israelense.

Anat teve oportunidade de frequentar a Berklee College of Music, em Boston, onde aprimorou suas habilidades jazzísticas e expandiu seus horizontes musicais, desenvolvendo facilidade e um amor profundo pelos diversos estilos latinos. Seus colegas sul americanos da Berklee foram uma grande inspiração para a clarinetista: “Quando os escutei tocar sambas brasileiros, chacarreras argentinas e cumbias da Colômbia, me apaixonei por esses ritmos imediatamente, me senti atraída pela ideia de tocá-los eu mesma”, diz Anat.

Ao se mudar pra Nova Iorque em 1999, após se formar na Berklee, Anat passou uma década em turnê com a big band feminina de Sherrie Maricle, a Diva Jazz Orchestra; também trabalhou em grupos brasileiro como o Choro Ensemble e o Duduka Da Fonseca’s Samba Jazz Quintet, ao mesmo tempo que se apresentava tocando a música de Louis Armstrong com David Ostwald’s “Gully Low Jazz Band.”

Fundou seu próprio selo, o Anzic Records em 2005 e deslanchou sua carreira discográfica como líder de banda, com Place & Time. Em 2007 lançou Noir (com uma orquestra de jazz) e Poetica (jazz de câmara e clarineta).

Em 2010 lançou o album Clarinetwork: Live at the Village Vanguard, um tributo a Benny Goodman. Anat também gravou 3 aclamados discos como parte do 3 Cohens Sextet, com seu irmãos, o saxofonista Yuval e o trompetista Avishai: em 2003 One, em 2007 Braid e em 2011, Family (os dois últimos lançados pelo selo Anzic).



Em 2016, a clarinetista lança o disco "Alegria Da Casa" ao lado do Trio Brasileiro - formado por Dudu Maia (Bandolim), Douglas Lora (violão) e Alexandre Lora (percussão e pandeiro). Além de composições próprias, o disco traz choros conhecidos como "Murmurando!, "Feia" e "Santa Morena", as duas últimas compostas por Jacob do Bandolim. O disco foi gravado no Rio de Janeiro, em setembro de 2013, época em que Anat se apresentou no Brasil com o Trio Brasileiro.

TRIO BRASILEIRO

Formado em 2011, o Trio Brasileiro já se estabelece como um conjunto digno de atenção internacional. A combinação equilibrada entre virtuosismo, musicalidade e uma profunda devoção à linguagem dos estilos musicais abordados em seu repertório, permite-lhes alcançar uma sonoridade ímpar como grupo, marcados igualmente por uma sutileza interpretativa e um groove irresistível. Mas é o seu amor à música tradicional do Brasil e a ligação entre irmãos (por nascimento e por laços de amizade) que resultam numa alegria musical de beleza rara e profunda.

O Trio Brasileiro inclui o renomado violonista e membro do internacionalmente premiado "Brasil Guitar Duo", Douglas Lora; um dos maiores virtuoses do bandolim da atualidade, Dudu Maia; e do percussionista inovador e pesquisador musical, Alexandre Lora.

Sua primeira turnê nos EUA no outono de 2012 resultou num enorme sucesso, com ingressos esgotadas e um entusiasmo contagiante por parte do público ao longo de todas as apresentações. Com paradas em Nova York, Minneapolis, Portland, Seattle, Bloomington, Louisville, e Cedar Rapids, a temporada foi uma introdução para o público americano. Baseando-se nas primeiras impressões e no crescente interesse pelo Choro no país, esta é uma relação que promete ser duradoura.

Trio Brasileiro se dedica á interpretação do Choro tradicional brasileiro, passando por compositores como Jacob do Bandolim e Ernesto Nazareth, bem como suas próprias composições, que são reflexões modernas dessa forma musical, incluindo elementos e influências trazidos de outros estilos da música brasileira como o baião, a valsa e o frevo. Trio Brasileiro lançou seu primeiro disco, SIMPLES ASSIM, em 2012.

Veja abaixo um pequeno vídeo amador com a apresentação de Anat e o Trio Brasileiro. O segundo vídeo mostra o pianista Fred Hersch acompanhando Anat no tema "Doce de Coco" (Jacob de Bandolim), gravado em janeiro de 2016 no Jazz at Lincoln Center, na cidade de Nova York.

O terceiro vídeo é outra apresentação da clarinetista no Jazz at Lincoln Center, desta vez em 2014, ao lado do trio brasileiro Choro Aventuroso, formado por Vitor Goncalves (acordeon), Cesar Garabini (violão), Sergio Krakowski (pandeiro)







Fonte: DALTON JENDIROBA, do site ESPORTE CULTURA

domingo, 15 de maio de 2016

JJA Jazz Awards 2016 - Os vencedores

A Associação dos Jornalista de Jazz (Jazz Journalists Association) anunciou no dia 15 de maio os vencedores da 20º edição do seu prêmio anual para os melhores músicos do jazz.

Veja abaixo os vencedores:

Lifetime Achievement in Jazz:
Henry Threadgill

Musician of the Year:
Maria Schneider

Up and Coming Artist of the Year:
Kamasi Washington

Composer of the Year:
Maria Schneider

Arranger of the Year:
Maria Schneider

Record of the Year:
The Thompson Fields (ArtistShare)
Maria Schneider Orchestra

Historical Record of the Year:
The Complete Concert By The Sea (Columbia/Legacy)
Erroll Garner

Record Label/Platform of the Year:
Motéma Music

Singer of the Year:
Gregory Porter

Female Singer of the Year:
Cecile McLorin Salvant

Large Ensemble of the Year:
Maria Schneider Orchestra

Midsize Ensemble of the Year:
Myra Melford's Snowy Egret

Trio or Duo of the Year:
Vijay Iyer Trio

Trumpeter of the Year:
Wadada Leo Smith

Trombonist of the Year:
Wycliffe Gordon

Multi-reeds Player of the Year:
Anat Cohen

Alto Saxophonist of the Year:
Rudresh Mahanthappa

Tenor Saxophonist of the Year:
Charles Lloyd

Baritone Saxophonist of the Year:
Gary Smulyan

Soprano Saxophonist of the Year:
Jane Ira Bloom

Flutist of the Year:
Nicole Mitchell

Clarinetist of the Year:
Anat Cohen

Guitarist of the Year:
Mary Halvorson

Pianist of the Year:
Fred Hersch

Keyboards player of the Year:
Craig Taborn

Bassist of the Year:
Christian McBride

Violist/Cellist of the Year:
Regina Carter

Percussionist of the Year:
Pedrito Martinez

Mallets Instrumentalist of the Year:
Joe Locke
Traps Drummer of the Year:

Jack DeJohnette

Player of Instruments Rare in Jazz of the Year:
Scott Robinson, various

Electronics Player of the Year:
Jason Lindner

Clique aqui e conheça todo os vencedores na categoria melhor disco de jazz desde 1996.

VEJA ABAIXO UM VÍDEO SOBRE O DISCO DE MARIA SCHNEIDER:

sábado, 30 de abril de 2016

International Jazz Day 2016

Na noite do dia 30 de abril a 5ª edição do International Jazz Day aconteceu em Washington (EUA), com Barack Obama e a sua mulher como anfitriões.

Gravado na Casa Branca, sede do governo dos EUA, o show contou com as participações de Aretha Franklin, Al Jarreau, Sting, Jamie Cullum, Joey Alexander, Terence Blanchard, Buddy Guy, Dee Dee Bridgewater, Hugh Masekela, Jamie Cullum, Kurt Elling, Robert Glasper, Dave Holland, Zakir Hussain, Diana Krall , Lionel Loueke, Esperanza Spalding, Christian McBride, John McLaughlin, Pat Metheny, Marcus Miller e James Morrison.

Além do elenco de tirar o fôlego, o show ainda tem como destaque a Casa Branca. Durante o show, vários locais dentro da sede do governo dos EUA são usados como "palcos" para apresentações mais intimistas.

VEJA ABAIXO O SETLIST DA NOITE:


Aretha Franklin
Dee Dee Bridgewater & Kurt Elling
Chucho Valdés & Paquito D'Rivera
Jamie Cullum
Chick Corea & Terence Blanchard
Al Jarreau & Chick Corea
Dianne Reeves & Pat Metheny
Diana krall & Christian mcBride
Wayne Shorter & Esperanza Spalding
Dianne Reeves & Esperanza Spalding
Dee Dee Bridgewater & Hugh Masekela
Robert Glasper & Herbie Hancock
Herbie Hancock & Sting
Buddy Guy & Kurt Elling

Clique aqui para ver os vídeos das edições passadas do evento.

Veja abaixo a íntegra da apresentação deste ano (2016)

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Documentários

Conhecer um pouco mais as raízes do jazz pode ser uma boa maneira de se familiarizar com ele. Mas talvez não seja isso o que você esteja procurando. Por outro lado, pode ser interessante se embrenhar um pouco mais sobre um determinado assunto, neste caso o jazz.

O premiado documentário Jazz, realizado pelo documentarista Ken Burns, é uma referência quando se fala sobre a história do jazz. É indiscutível a importância deste documentário para começar a conhecer as origens do jazz e entender como o jazz chegou até o ponto em que estamos.

Mas neste post resolvi colocar alguns documentários que encontrei na internet - todos na íntegra - que me fascinaram de alguma maneira.

O primeiro vídeo mostra uma edição especial do programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, sobre os 100 anos do jazz. Além de imagens históricas, o programa entrevistas músicos e jornalistas, entre eles Zuza Homem de Mello, Luiz Orlando Carneiro], Tito Martino, Billy Hart, Cecil McBee, Paulo Caruso, Vera Figueiredo, Mauro Senise, Eddie Henderson, que falam sobre o nascimento do jazz e sua linguagem.

O segundo vídeo conta a história da mais festejada cantora de jazz de todos os tempos: Billie Holiday. Com legendas em português, você conhecerá um pouco mais da vida da cantora e ouvirá depoimentos de vários músicos de jazz.

O terceiro vídeo - com legendas em português - conta a trajetória da cantora Sarah Vaughan. Ao lado de Billie e Ella Fitzgerald, ela completa a trinca das grandes vozes do jazz do século XX.

Escrito por Dan Morgenstern - ex-editor da revista Downbeat e vencedor de oito Grammy por seus textos escritos para encartes de discos -, o documentário traz várias apresentações da cantora e depoimentos de pessoas que conviveram com a Divina.

O quarto documentário destaca o ano de 1959 para a história do jazz. O filme mostra como os discos de Miles Davis (Kind of Blue), Dave Brubeck (Time Out), Ornette Colleman e de Charles Mingus - todos lançados em 1959 - mudaram as perspectivas da história do jazz.

O quinto documentário mostra a trajetória do trompetista Dizzy Gillespie. Criador do bebop na década de 50 ao lado de Charlie Parker, Gillespie foi um dos mais influentes músicos da história do jazz.

Produzido em 1990, três anos antes da morte do músico, o documentário traz entrevistas com Dizzy e vários membros da orquestra regida por ele, entre eles John Lewis, James Moody e Johnny Griffin. O vídeo é em inglês, mas você pode colocar legendas em inglês, oferecidas pelo próprio Youtube.

O sexto vídeo traz o lendário documentário dirigido pelo fotógrafo Bert Stern: Jazz on a Summer's Day, que mostra a edição de 1959 do festival de jazz de Newport, nos Estados Unidos. Até hoje, o festival é considerado um dos mais importantes do jazz.

Com uma câmera focada em rostos - dos músicos e da plateia -, Stern consegue colocar o telespectador "dentro" do festival. É um mergulho profundo e íntimo no palco e nas fileiras que formam a eclética audiência, confortavelmente sentada e literalmente participando da história. Entre os músicos que aparecem no documentário estão Louis Armstrong, Anita O'Day, Thelonious Monk e Mahalia Jackson.

O sétimo vídeo é sobre o saxofonista John Coltrane. Com o título original de Chasing Trane, o documentário mostra cenas inéditas do saxofonista e entrevistas com diversos músicos, entre eles Wynton Marsalis, Wayne Shorter, Benny Golson e Jimmy Heath, que falam sobre a importância e genialidade de Coltrane.

Apesar de não haver depoimentos de Coltrane, o documentário traz várias citações do saxofonista interpretadas pelo ator Denzel Washington. O documentário é em inglês, mas você pode colocar legendas em português, oferecidas pelo próprio Youtube.

O oitavo vídeo é o documentário Coisa Mais Linda - Histórias e Casos da Bossa Nova, que retrata por meio de entrevistas o nascimento do movimento que levou a música brasileira para os quatro cantos do planeta, no início da década de 1960.

Entre os entrevistados estão os músicos Roberto Menescal, Carlos Lyra, Joyce, Paulo Jobim, Johnny Alf e João Donato, além de jornalistas e historiadores como Sergio Cabral, Tárik de Souza, Nelson Motta, Cacá Diegues, Luís Carlos Miele e Artur da Távola.

O nono vídeo é um documentário Saint John Coltrane - A Love Supreme, produzido pela rede BBC, de Londres, e apresentado por Alan Yentob. O documentário traz entrevitsas com Benny Golson, McCoy Tyner e o engenheiro de som Rudy Van Gelder, que trabalhou com Coltrane no disco A Love Supreme.

O décimo vídeo traz ator e cineasta Clint Eastwood entrevistando diversos pianistas para falar sobre a história do piano no jazz. Entre os músicos entrevistados estão Ray Charles, Dave Brubeck e Dr John. O vídeo é em inglês, mas você pode colocar legendas em inglês, oferecidas pelo próprio Youtube. O documentário faz parte da caixa de 7 DVDs chamada Martin Scorsese apresenta The Blues: Uma jornada musical.

O último vídeo mostra a vida e obra do violonista brasileiro Laurindo Almeida, que fez carreira nos Estados Unidos entre as décadas de 1940 e 1990. O documentário detalha a mudança do músico para o exterior, a sua importância nos primórdios da bossa nova e sua carreira como músico de trilhas sonoras para cinema, que inclui O Poderoso Chefão e Os Dez mandamentos.

Além dos documentários indicados aqui, você também pode conhecer outros três títulos que foram abordados neste blog: A Great Day in Harlem, sobre a icônica foto tirada pelo fotógrafo Art Kane, em 1958, Beyond The Notes, produzido pela diretora suíça Sophie Huber, sobre a história da gravadora Blue Note, e Zuza Homem de Jazz, sobre o jornalista Zuza Homem de Mello. Para acessá-los, clique aqui, aqui e aqui















sexta-feira, 22 de abril de 2016

Soundcloud

Nos últimos anos, vários sites se tornaram populares em divulgar novos talentos da música e, obviamente, de lendas da música mundial. Além dos já famosos Twitter, Youtube e Facebook, outros sites - especificamente de música - têm conseguido espaço importante para músicos divulgares seus trabalhos.

As páginas que merecem mais destaques são Bandcamp, Soundcloud e ReverbNation. Os três sites tem em comum divulgar quase sempre na íntegra discos para ouvir em streaming, ou seja, como se fosse uma rádio pré-gravada. Esses sites são muito parecidos com o serviço oferecido pelos populares Deezer e Spotify.

A principal diferença é que Deezer e Spotify são basicamente grandes discotecas para ouvir música online. Já Bandcamp, Soundcloud e ReverbNation tem como principal objetivo divulgar novos músicos e oferecer uma audição prévia - quase sempre na íntegra - de um determinado álbum para depois oferecê-lo para vender na mesma página.
Abaixo você encontra links interessantes de usuários do site Soundcloud.

A maior parte dos indicados é de gravadoras de jazz ou similares. Essas são as páginas que eu sigo frequentemente. Vale dizer que você pode criar sua própria página no Soundcloud, assim como fazem artistas e gravadoras.

Após se cadastrar, você pode fazer upload de suas músicas preferidas. Mas há um detalhe importante. Músicas de artistas muito populares normalmente são recusadas pelo site. O motivo oficial para a recusa é infringir direitos autorais. Com essa política, o Soundcloud deixa claro que seu principal "cliente" é de músicos e gravadoras que usam sua plataforma para divulgar seus trabalhos.

Outro opção interessante no Soundcloud é a possibilidade de criar playlists a partir de milhares de músicas que estão disponíveis no site para ouvir online. Além disso, é possível embedar playlists em seu blog pessoal, e assim compartilhar suas músicas preferidas com os leitores de seu blog. Boa navegação.

Além da playlist que você encontra logo abaixo, com 500 músicas, você pode ouvir uma segunda playlist, criada por mim, com mais dezenas de músicas encontradas no Soundcloud, todas elas de artistas de jazz. Entre os músicos encontrados nessa playlista estão Azymuth, Eumir Deodato, Matthew Shipp, Amaro Freitas e Shai Maestro, Para ouvir, clique aqui.

Jazz ao Seu Alcance

Jazz Mais Jazz

High Note Records

Concord Music

Blue Note

Braithwaite & KatzPro

Jazz Standard NYC

Sounds Of Berklee

Verve Music

1888 Media

Jazz 88.3 FM

Resonance Jazz

Smooth Jazz Global

Basin Street Records

SFJAZZ

Mack Avenue

Posi-Tone Records

Chick Corea

Emiliano Sampaio

Kamasi Washington

Bebel Gilberto

Larry Goldings

The Jazz Spotlight

Núcleo Contemporâneo

Bastard Jazz

Sunnyside Records

Smalls Jazz Club

Jazz Global Media

BFM Jazz

Jazz FM 91

Justin Time

Matt Pierson Music

Two for the Show Media

Fully Altered Media

WTJU 91.1 FM

Jazzhead

Edition Records

Ozella Music

577 Records

Jazz & People

Naim Records

Bethlehem Records


quarta-feira, 20 de abril de 2016

Lyle Mays - Fictionary

Por 14 anos o Guia de Jazz esteve no ar com a missão de aproximar os internautas ao jazz. Um dos tópicos mais visitados era o de dicas de CDs, no qual dezenas de discos eram indicados e resenhados por mim. Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".

Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia e muito mais - você encontrará quinzenalmente neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.

Sempre que possível, ao final de cada resenha você encontrará vídeos do Youtube com algumas faixas do disco indicado para escutar. Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui

Lyle Mays - Fictionary (1992)

Para quem é novato no jazz, uma boa pedida para começar a se familiarizar com o ritmo é procurar discos com a clássica formação de trio, ou seja, piano, baixo e bateria. Apesar do sax ter um papel importante dentro da história do jazz, o piano, na maioria das vezes, acaba sendo mais fácil de ser digerido por ouvintes pouco acostumados com as nuances do jazz.

Para a alegria dos novos fãs, há vários trios que fizeram história no jazz, entre eles estão os discos clássicos dos pianistas Oscar Peterson, Bill Evans e Ahmad Jamal, Keith Jarrett e Chick Corea e dos novos trios comandados pelos pianistas Bill Charlap, Bruce Hornby, Gonzalo Rubalcaba e Brad Mehldau e do grupo The Bad Plus.

Apesar dessa infinidade de nomes, o disco de trio indicado aqui é de um pianista pouco lembrado pela maioria dos fãs de jazz, mas que tem uma carreira de três décadas para comprovar sua versatilidade e talento. O norte-americano Lyle Mays tem sua história musical ligada diretamente ao guitarrista Pat Metheny. Nos últimos 20 anos, Mays tem acompanhado Metheny em vários festivais de jazz, além de ser o principal parceiro do guitarrista na hora de compor.

Em 1992, o pianista lançou o disco Fictionary, seu terceiro disco solo, ao lado do baterista Jack DeJohnette e do baixista Marc Johnson. A grande surpresa é que o músico apostou na formação clássica do jazz - piano, baixo e bateria - ao invés de investir em seus habituais teclados. O resultado foi um dos melhores discos de trio dos anos 90.

O disco abre com a singela “Bill Evans”, uma homenagem ao pianista que fez história com seu toque requintado e impecável. Na faixa-título, o piano de Mays reina solo nos dois primeiros minutos e em seguida entram bateria e baixo. Destaque para a bateria de DeJohnette. Para acalmar um pouco o ouvinte, as opções são “Siena”, “Something Left Unsaid” e “On the Other Hand”, está última apenas com Lyle ao piano.

A quebradeira retorna com as faixas “Trio #1”, “Trio # 2” e “Hard Eights”, na qual Johnson rouba a cena. Para terminar, “Falling Grace”, composta pelo baixista Steve Swallow e “Where Are You From Today”, uma delicada melodia criada por Mays.

Com este disco, Lyle Mays deixou claro que não é apenas um coadjuvante da carreira de sucesso de Metheny. Pelo contrário, depois de ouvir Fictionary, você terá certeza que a fama conquistada por Metheny é resultado da parceria do guitarrista com um certo pianista que o acompanha chamado Lyle Mays.

Faixas:
1 - Bill Evans
2 - Fictionary
3 - Sienna
4 - Lincoln Reviews His Notes
5 - Hard Eights
6 - Something Left Unsaid
7 - Trio #1
8 - Where Are You From Today
9 - Falling Grace
10 - Trio #2
11 - On The Other Hand

Escute abaixo algumas músicas do álbum:







sábado, 2 de abril de 2016

À Flor da Pele

Por 14 anos o Guia de Jazz esteve no ar com a missão de aproximar os internautas ao jazz. Um dos tópicos mais visitados era o de dicas de CDs, no qual dezenas de discos eram indicados e resenhados por mim. Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".

Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia e muito mais - você encontrará a partir de agora neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.

Para abrir essa série de dicas, escolhi um dos disco que mais toca a minha alma. Além disso, este disco não foi incluído no livro "Jazz ao seu alcance". Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui

Como o disco está fora de catálogo, você pode fazer o download aqui

Ney Matogrosso e Rafael Rabello - À Flor da Pele (1991)

Para quem é leitor assíduo do Guia de Jazz, esta dica de CD poderá ser uma surpresa. Mas é por uma boa causa que estamos quebrando nossa regra de indicarmos apenas álbuns de músicos estrangeiros. É importante deixar claro que não temos nada contra a música instrumental brasileira, pelo contrário, o Guia tem um tópico específico sobre os músicos tupiniquins. Neste tópico mesmo, nomes como Egberto Gismonti, Oscar Castro-Neves e Tom Jobim já foram destaques.

No início dos anos 90, o cantor Ney Matogrosso e o violonista Rafael Rabello fizeram história ao gravarem o disco À Flor da Pele, show que arrastou milhares de pessoas por onde passou. Com carreiras e idades distintas, Ney e Rafael se encontraram na hora e no momento certo. O disco traz “apenas” a voz de Ney e o violão inconfundível de Rafael interpretando grandes compositores da música popular brasileira como Cartola, Noel Rosa, Tom Jobim, Herivelto Martins, entre outros.

O CD abre com dois clássicos de Jobim, “Modinha”, em parceria com Vinicius de Moraes, e “Retrato em Preto e Branco”, composta com Chico Buarque. Em seguida é a vez do samba canção “Molambo”, de 1953, e “Da Cor do Pecado”, imortalizado na voz de Elizeth Cardoso. O primeiro grande momento acontece com “No Rancho Fundo”, obra-prima de Ary Barroso e Lamartine Babo, seguido da boemia de Noel Rosa em dois momentos, “Último Desejo” e na deliciosa “Três Apitos”.

Para quem acha que a paixão de Ney Matogrosso pelo repertório de Cartola é recente – em 2003, Ney gravou um disco só com canções do compositor da Mangueira – aqui estão duas interpretações de tirar o fôlego, “Autonomia” e a inesquecível “As Rosas Não Falam”, com destaque para o arranjo de Rabello. O repertório ainda tem surpresas como “Negue”, “Caminhemos/Segredo”, “Na Baixa do Sapateiro”, “Vereda Tropical” e “Balada do Louco”, clássico dos Mutantes composta por Arnaldo Baptista e Rita Lee.

Infelizmente, a parceria entre Ney e Rafael nunca mais será possível após a morte prematura do violonista em 1995, aos 32 anos de idade. Mas, Rafael deixou gravações antológicas ao lado de Paulo Moura, Dino 7 Cordas, Nelson Gonçalves, Radamés Gnatalli, Elizeth Cardoso, Tom Jobim, Romero Lubambo, entre outros. Já Ney Matogrosso continua nos palcos encantando plateias com seu talento e ousadia.

Neste momento, abril de 2016, por incrível que pareça, o CD está fora de catálogo e não há previsão da gravadora Som Livre em relançá-lo. Mais uma vez o mercado fonográfico perde uma ótima oportunidade de colocar em circulação um álbum essencial.

Repertório:

Modinha
Tom Jobim e Vinícius de Moraes

Retrato em Branco e Preto
Tom Jobim e Chico Buarque

Molambo
Jaime Florence e Augusto Mesquita

Tristeza do Jeca
Angelino de Oliveira

Da Cor do Pecado
Bororó

No Rancho Fundo
Ary Barroso e Lamartine Babo

Último Desejo
Noel Rosa

O mundo é um moinho
Cartola

As rosas não falam
Cartola

Autonomia
Cartola

Prelúdio nº 3 (Prelúdio da Solidão)
Lobos Hermínio Bello de Carvalho

Três Apitos
Noel Rosa

Caminhemos/Segredo
Herivelto Martins, Herivelto Martins e Marino Pinto

Negue
Adelino Moreira e Enzo de Almeida Passos

Na Baixa do Sapateiro
Ary Barroso

Vereda Tropical
Gonzalo Curiel

Balada do Louco
Arnaldo Baptista e Rita Lee

Escute o disco na íntegra:



Veja vídeos da dupla em ação:











quinta-feira, 17 de março de 2016

Pau Brasil lança novo disco

Comemorando 35 anos de atividade, o grupo Pau Brasil lança seu décimo primeiro trabalho. Em Daqui, lançamento independente com patrocínio da Vale, o grupo mantém o rico som que caracteriza sua discografia.

Um dos mais interessantes e ricos grupos instrumentais em atividade no país, o Pau Brasil passa longe de diferenças entre popular e erudito. Tudo é música, tudo acontece de forma natural e orgânica. Com fundamento forte na raiz brasileira, pulsa livre com espaço para improvisos e diálogo entre os músicos. O grupo é formado por Nelson Ayres (piano), Rodolfo Stroeter (contrabaixo), Paulo Bellinati (violões), Teco Cardoso (sopros) e Ricardo Mosca (bateria).

É a química entre eles que se ouve em todas as dez faixas, entre releituras e composições próprias. Apenas uma participação em todo o disco: o músico inglês John Surman que toca clarone (instrumento de sopro) em "Lá vem a tribo", composição de Rodolfo e Bellinati que batizou o disco do grupo lançado em 1989. Da própria lavra o grupo ainda traz "Agreste" e "Caixote" (ambas de Nelson Ayres), "Pingue Pongue" (Paulo Bellinati) e "Sarapuindo" (Teco Cardoso).

No repertório de Daqui trazem releituras para composições de Tom Jobim (Saudades do Brasil), Heitor Villa-Lobos (Bachianas brasileiras nº1) e Moacir Santos (Agora eu sei). Também incluem parcerias de Ary Barroso e Lamartine Babo (No rancho fundo) e Baden Powell e Paulo César Pinheiro (Pai). O som do Pau Brasil tem voz própria. Daqui reafirma a excelência e criatividade do grupo, que reúne grandes músicos e ideias livres.

Fonte: Beto Feitosa, do site Ziriguidum








segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Grammy 2016 - vencedores

Veja abaixo os vencedores na categoria jazz da 58ª edição do Grammy, divulgados no dia 15 de fevereiro. Os concorrentes deste ano foram discos lançados entre 1 de outubro de 2014 e 30 de setembro de 2015.

Clique aqui para conhecer todos os vencedores do Grammy na categoria "melhor disco de jazz" clique aqui.

Clique aqui para conhecer todos os vencedores do Grammy na categoria "melhor disco de jazz vocal.

MELHOR GRAVAÇÃO DE JAZZ
Cherokee
Christian McBride
Track from: Live At The Village Vanguard (Christian McBride Trio)
Mack Avenue Records



MELHOR DISCO DE JAZZ VOCAL
For One To Love
Cécile McLorin Salvant
Mack Avenue Records



MELHOR DISCO DE JAZZ INSTRUMENTAL
Past Present
John Scofield
Impulse!



MELHOR DISCO DE ORQUESTRA
The Thompson Fields
Maria Schneider Orchestra
ArtistShare



MELHOR DISCO DE JAZZ LATINO
Made In Brazil
Eliane Elias
Concord Jazz



MELHOR DISCO VOCAL DE POP TRADICIONAL
The Silver Lining: The Songs Of Jerome Kern
Tony Bennett & Bill Charlap
RPM Records/Columbia Records



MELHOR TRILHA SONORA
Birdman
Antonio Sanchez
Milan Records

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Saudades de Noel Rosa

Para muitos, Noel Rosa está entre os cinco compositores mais importantes da história do Brasil.

A sua vida breve - morreu aos 26 anos - não foi empecilho para ele compor mais de 250 canções, entre elas clássicos como "Feitiço da Vila", "Palpite Infeliz", "Feitio de Oração", "Fita Amarela", "As Pastorinhas", "O X do Problema", Último Desejo", "Com quem Roupa" e "Conversa de Botequim".

Clique Aqui para ler a matéria sobre Noel Rosa publicada em 2010 na "Revista de História"

Clique Aqui e veja o release sobre o disco de Noel na coleção "Raízes da Música Popular Brasileira", do jornal Folha de S.Paulo

Clique Aqui e veja matéria do jornalista Pedro Alexandre Sanches sobre o centenário do músico

Abaixo você encontra cinco vídeos que ajudarão a conhecer um pouco sobre a vida e a obra de Noel Rosa.

O primeiro traz a coleção "Compositores", com vários intérpretes cantando músicas de Noel

O terceiro vídeo é a íntegra do filme "Noel - O Poeta da Vila", de 2006, estrelado por Rafael Raposo e Camila Pitanga.

O segundo é o documentário "Isto é Noel", dirigido por Rogério Sganzerla sobre a vida do compositor, lançado em 1990.

O quarto vídeo traz na íntegra o DVD "Noel Rosa 100 Anos", com o saxofonista Mauro Senise e o pianista Gilson Peranzzetta.

O último vídeo é a íntegra do CD "Raízes da Música Popular Brasileira", lançado pelo jornal Folha de S.Paulo, com canções interpretadas por Sílvio Caldas, Aracy de Almeida, João Nogueira, entre outros