sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Hammond Grooves na Livraria Cultura

O trio Hammond Grooves convida você para um passeio pelo universo do jazz presente na literatura, nos filmes e nos discos. Em um show ao vivo o “organ trio” - órgão Hammond B-3, bateria e guitarra - interpreta alguns sucessos do estilo soul/jazz e temas autorais.

Entre uma música e outra conta história, curiosidade, recomenda discos e livros sobre este fascinante idioma musical.

Cult.Jazz tem como objetivo contemplar variadas formas de arte inspiradas no estilo musical do jazz e suas derivações.

Através de shows descontraídos e realizados gratuitamente no auditório da Livraria Cultura do Shopping Bourbon (SP), alguns autores, compositores, títulos de livros, cds, Dvds, etc, são mencionados e relacionados ao repertório musical, despertando curiosidade no espectador.





HAMMOND GROOVES

O nome da banda foi inspirado nos grandes organistas e o seu repertório soul/jazz que mudou a história da música. Entre eles Jimmy Smith, Jack McDuff, Dr. Lonnie Smith, Reuben Wilson, Big John Patton, Melvin Rhyne, Larry Young, Walter Wanderley e Jimmy McGriff .

Usando esta linguagem musical, o HAMMOND GROOVES cria seus prórpios temas mesclado o jazz com ritmos brasileiros: maracatú, samba, baião, frevo e etc, como nas músicas Samba na Rede, Funktaztic, Água de Coco, Payperview, Varanda e Chá-com-bolo.

Nas apresentações, além das autorais, interpreta músicas conhecidas nesta inusitada formação chamada de "organ trio" (órgão Hammond, bateria e guitarra).

Desde 2009 realiza apresentações em teatros e shows particulares por todo país e exterior. Festivais de Jazz (Festival Internacional de Jazz de Asunción, Festival Internacional de Jazz de Paraty, Jazz na Fábrica/SP e etc); Temporadas em diversas casas de shows e bares do gênero em São Paulo (premiados Bourbon Street Music club, Bar Madeleine, Jazz nos Fundos, JazzB, Bar do Terraço Itália, Riviera, Casa de Francisca, etc) e shows gratuitos em diversas unidades de Sesc, Viradas Culturais e unidades da Livraria.

Saiba mais sobre o Hammond Grooves no site oficial do trio.

HAMMOND GROOVES ORGAN TRIO

Daniel Latorre: Hammond B-3
Wagner Vasconcelos: bateria
Filipe Galadri: guitarra

Cult.Jazz com Hammond Grooves
Todas as terças
Horário: 19:30h
Local: Auditório da Livraria Cultura do Shopping Bourbon (SP)
Rua Turiassú 1200 - Perdizes - São Paulo - SP
Entrada Franca






terça-feira, 27 de setembro de 2016

Jazz - Que Idioma é Esse

Destinado principalmente a quem não conhece teoria musical, este curso quer mostrar como o jazz, um dos ritmos mais populares do século 20, foi construído.

Com o auxílio de recursos audiovisuais, os elementos dessa construção – ritmo, melodia, harmonia, improviso etc. – serão explicados e vivenciados.

Conhecer a estrutura da música, além de sua história, é essencial para uma experiência estética mais rica e possibilita perceber a imensa influência do jazz na música contemporânea.

O curso será dividido em 4 aulas, sempre às terças:

AULA 1 - 04/10/2016 das 19:30 às 21:30 O Jazz nas origens: O Spiritual, o Blues e as Work Songs; o que, de fato, define o gênero

AULA 2 - 11/10/2016 das 19:30 às 21:30 A concepção de tema e improviso: os grooves, as frases e as formas (AABA, forma blues e o Rhythm Change)

AULA 3 - 18/10/2016 das 19:30 às 21:30 A emancipação do Jazz: como o ritmo americano se tornou gênero e, finalmente, se transformou em um idioma a serviço da execução, inclusive, na música brasileira

AULA 4 - 25/10/2016 das 19:30 às 21:30 Identificando através da audição. Neste último encontro, o próprio público escuta e identifica as características apresentadas no Curso, verificando na prática, a linguagem do Jazz.

DANIEL DAIBEM

Guitarrista, foi o criador do programa Sala dos Professores, na Rádio Eldorado, onde durante vinte minutos diários, explicava a linguagem do Jazz, de forma simples, divertida e didática para aqueles que nunca imaginaram ter interesse por este gênero/linguagem; o Jazz. Foram dezoito anos de rádio.

Durante este período, Daniel fez alguns trabalhos em televisão: Hollywood Rock (na Band), LadoH (no canal pago Fashion Tv, atual Glitz), Entre Sem Bater (no Vh1), algumas participações na Mtv (vinhetas malucas para o VMB), Gnt, Arte1, Tv Cultura e Globosat. Hoje, Daniel toca com seu quarteto (Daniel Daibem e Grupo), em casas de São Paulo, viajando pela Rede Sesc e em festivais. O show também traz um pouco de sua desenvoltura didática, como fazia no programa de rádio.

Além disso, ministra cursos e palestras sobre o Jazz e a Musica Popular em instituições como a Casa do Saber e empresas, faz algumas locuções publicitárias, narrações para conteúdos de tv e web e, em 2015, estreou sua participação no cinema, no papel de guitarrista da banda de Elis Regina, na época do espetáculo Falso Brilhante. O filme “Elis”, com direção de Hugo Prata, estréia em 2016.

DATAS E HORÁRIOS: Dias 04, 11, 18 e 25 de outubro das 19:30 às 21:30.

VALOR: R$: 400,00

Inscrições através do site ou escreva para estudiooca@oestudiooca.com.br

Endereço: Rua Dos Pinheiros 1.076 CJ. 53 Pinheiros - São Paulo (SP)

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Original Album Series

Com o fim da era do CD, as gravadoras foram obrigadas a mudar a maneira de vender seus artistas. Os serviços de streaming - para ouvir música online - são uma realidade dura para as gravadoras aceitarem.

A popularização dos smartphones e da rede Wi-Fi fez com que sites como o Deezer e o Spotify se tornassem verdadeiras rádios onlines programadas pelos próprios usuários. Isso sem falar na venda de música digital - que obrigou a indústria fonográfica a vender músicas avulsas para os consumidores.

Para encarar essa nova realidade - além do relançamento de vários discos no formato de vinil - as gravadores também investem no relançamentos de seus catálogos em edições especiais e com preços mais atraentes.

Dois bons exemplos dessa estratégias estão as coleções "Original Album Series”, da gravadora Warner, e "Original Album Classics", da gravadora Sony. A ideia é bem simples. Pegue os discos antigos de um artista, coloque cinco deles em uma caixinha e venda pelo melhor preço que você puder.

Para o consumidor mais tradicional - aquele que ainda gosta de ter um CD em mãos - é uma ótima oportunidade de adquirir aquele antigo disco que ele sempre desejou, mas que por vários motivos ele nunca o comprou. A única desvantagem dessas caixinhas é o acabamento. Apesar de reproduzir as capas originais dos discos, não há encartes e pouca preocupação em fazer um produto bem acabado.

Apesar de tudo, essas duas séries vão agradar o seu ouvido e também o seu bolso. Algumas dessas caixinhas saíram no mercado brasileiro e podem ser encontrados em média por R$ 70. A média de cada CD na caixa será de R$ 14.

Obviamente que para um título antigo, sem encarte e caixa acrílica não é um super preço, mas claramente é mais barato comprar títulos dessas coleções do que comprar individualmente esses discos. Em resumo, vale a pena.

Para os ouvintes de jazz, as duas séries trazem grandes nomes e grandes títulos, entre eles Miles Davis, John Coltrane, Dave Brubeck, Nina Simone, Sonny Rollins, Duke Ellington, George Benson, Mahavishnu Orchestra, Theloniuos Monk, Tony Bennett, Tom Jobim e Ornette Coleman.



Para saber os títulos da série "Original Album Series”, da gravadora Warner, clique aqui. Para saber os títulos da série "Original Album Classics", da gravadora Sony, clique aqui

Bondesom

O Bondesom é uma banda diferente. Um grupo autoral que tem como maior atributo a mistura de gêneros. Os ritmos afro-latinos, o jazz, o funk, e, principalmente, a música brasileira se unem nas composições da banda, rompendo barreiras na música instrumental. É sofisticado sim, mas também é pop. Surpreende pelos temas marcantes e pela vitalidade dos músicos no palco. Suas melodias contagiam as pessoas.

Sua diversidade rítmica convida para dançar e instiga os ouvidos mais atentos. Com brasilidade e latinidade nas veias, o grupo tem largo alcance e atrai um público eclético, de todas as idades.

Por conta disso pôde se apresentar em eventos dos mais variados, e em mais de uma centena de shows realizados em casas de espetáculos do Rio de Janeiro, entre elas Circo Voador - onde já se apresentou quatro vezes como artista principal -, Estrela da Lapa, Teatro Odisséia, Cinematheque, Espaço Cultural Sérgio Porto, Ballroom e Casa da Gávea.

O grupo é formado por Pedro Silveira (guitarra), Pedro Mann (baixo), Gabriel Guinter (bateria), Antonio Guerra (piano e teclados), Yuri Villar (saxofones) e Matias Zibecchi (percussão).

No site do grupo é possível fazer download de algumas músicas. Basta apenas cadastrar seu e-mail. O ultimo disco da banda - Três - foi lançado em 2014 e pode ser ouvido na íntegra na página do grupo no site Bandcamp.



















Fonte: Jornal do Brasil

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Blue Note Perfect Takes

Por 14 anos o Guia de Jazz esteve no ar com a missão de aproximar os internautas ao jazz. Um dos tópicos mais visitados era o de dicas de CDs, no qual dezenas de discos eram indicados e resenhados por mim. Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".

Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia (dicas de CDs, DVDs, livros, entrevistas e muito mais) - você encontrará quinzenalmente neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.

Sempre que possível, ao final de cada resenha você encontrará vídeos do Youtube com algumas faixas do disco indicado para escutar. Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui

Vários - Blue Note Perfect Takes (2005)

Para os consumidores de jazz, a gravadora Blue Note é sinônimo de boa música e títulos históricos. Mas o nome Blue Note não é o único atrativo que faz um amante do jazz comprar seus títulos. Outra referência importante são as letras RVG, iniciais do nome do engenheiro de som Rudy Van Gelder, que brilhou entre as décadas de 50 e 60.

Van Gelder, que morreu no dia 25 de agosto de 2016, aos 91 anos, tornou-se uma grife quando o assunto é jazz. Com mais de meio século de experiência, ele trabalhou com a nata dos jazzistas norte-americanos como Wayne Shorter, Joe Henderson,John Coltrane, Ornette Coleman e tantos outros.

Agora, pela primeira vez, o engenheiro foi convidado para fazer uma seleção das dez gravações que ele mais gosta, levando em consideração a qualidade sonora e o efeito que essas músicas tiveram em sua vida. O resultado está no CD Blue Note Perfect Takes.

Para começar, Thelonious Monk em “Four In One”, ao lado de Art Blakey e Sahib Shihab, e em seguida Miles Davis em “Budo”, originalmente lançado no CD Birth of the Cool, de 1950.


O álbum traz uma trinca de saxofonista de tirar o fôlego. Joe Henderson, acompanhado por Lee Morgan, Ron Carter e Cedar Walton, em “Mode For Joe”, de 1966, Wayne Shorter, com a clássica “Footprints” e Hank Mobley em “Remember”, com Art Blakey na bateria. Blakey também aparece nesta coleção com a delirante versão de “Moon River”, com Freddie Hubbard no trompete.

A compilação ainda conta com Donald Byrd, Kenny Burrell e Jimmy Smith, que fa­leceu em fevereiro de 2005. Com o CD, o consumidor ainda leva de presente um DVD, que traz entrevista com Rudy Van Gelder, galerias de fotos e as capas dos CDs da série assinada por ele.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Billy Strayhorn: Lush Life

Por 14 anos o Guia de Jazz esteve no ar com a missão de aproximar os internautas ao jazz. Um dos tópicos mais visitados era o de dicas de CDs, no qual dezenas de discos eram indicados e resenhados por mim. Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".

Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia e muito mais - você encontrará quinzenalmente neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.

Sempre que possível, ao final de cada resenha você encontrará vídeos do Youtube com algumas faixas do disco indicado para escutar. Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui

Vários - Billy Strayhorn: Lush Life (2007)

Para quem ainda não sabe, o pianista, compositor e arranjador Billy Strayhorn foi o maior colaborador do genial Duke Ellington durante as décadas de 40 e 60. Esta longa parceria foi fundamental para a fama e a qualidade reconhecida da orquestra de Ellington. Por outro lado, o talento de Strayhorn ficou ofuscado por décadas até ser reconhecido como um dos maiores compositores que a América já teve.

Em 2007, o mundo relembrou os 50 anos da morte do compositor, vítima de câncer aos 51 anos de idade. Entre as homenagens dedicadas a Strayhorn está Billy Strayhorn: Lush Life, um documentário produzido para a TV que conta sua trajetória. Para a trilha sonora do filme, o diretor preferiu regravar clássicos de Strayhorn ao invés de utilizar gravações originais. O resultado é, no mínimo, excelente em todos os sentidos. Do repertório aos arranjos, o disco traz feras como Joe Lovano, Bill Charlap, Hank Jones, Elvis Costello e Dianne Reeves esbanjando talento e paixão ao interpretarem obras-primas de Strayhorn.



A parte instrumental do álbum tem como principais destaques o sax de Lovano e o piano do lendário Jones. Escute “Johnny Come Lately”, “Rain Check” e “Lotus Blossom”, com participação do baixista George Mraz e do baterista Paul Mation, e comprove do que a dupla é capaz. Hank também brilha solo em “Tonk” e “Satin Doll”, em co-autoria com Ellington. O pianista Bill Charlap é responsável por outras duas faixas de piano solo, “Fantastic Rhythm” e “Valse”.

Na parte cantada, quem manda é Dianne Reeves. Como acontece sempre, Reeves parece estar tomada pelo espírito de Sarah Vaughan e solta a voz em “My Little Brown Book”, “Day Dream”, “So This Is Love” e “Something to Live For”. Outro momento marcante é a versão de “Lush Life”, com Reeves acompanhada apenas da guitarra de Russell Malone.

Para completar, o ex-roqueiro Elvis Costello, acompanhado de Charlap e Lovano, interpreta a singela “My Flame Burns Blue”, que é um misto da composição “Blood Count”, última música escrita por Strayhorn, com letra de Costello.



sexta-feira, 22 de julho de 2016

Jazz Na Fábrica 2016

Em agosto, o projeto Jazz na Fábrica retorna ao SESC Pompeia entre os dias 11 e 28, mantendo sua temática jazzística e destacando todo o panorama da diversidade de estilos que compõem o gênero, desde sua fase de vanguarda até suas novas formações.

Na sexta edição, o projeto conta com vinte diferentes atrações de nove nacionalidades, além de nomes de destaque no Brasil. Mais detalhes você encontra na página oficial do festival. Clique aqui



PROGRAMAÇÃO:

11/08 | 21h30 - Wallace Roney (EUA) - R$60 inteira | R$30 meia | R$18 comerciário
12/08 | 21h00 - Jakob Bro e Daniel Jobim (DIN/BRA) + Phronesis (DIN/GBR) - R$40 inteira | R$20 meia | R$12 comerciário
12/08 | 21h30 - Wallace Roney (EUA) - R$60 inteira | R$30 meia | R$18 comerciário
13/08 | 21h00 - Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz (BRA) - R$40 inteira | R$20 meia | R$12 comerciário
13/08 | 21h30 - Wallace Roney (EUA) - R$60 inteira | R$30 meia | R$18 comerciário
14/08 | 17h00 - The Lonesome Duo + Tigres Tristes - GRÁTIS
14/08 | 19h00 - Letieres Leite & Orkestra Rumpilezz (BRA) - R$40 inteira | R$20 meia | R$12 comerciário
18/08 | 21h00 - Donny McCaslin Group (EUA) - R$50 inteira | R$25 meia | R$15 comerciário
18/08 | 21h00 - Ester Rada (ISR/ETI) - R$60 inteira | R$30 meia | R$18 comerciário
19/08 | 21h00 - Donny McCaslin Group (EUA) - R$50 inteira | R$25 meia | R$15 comerciário
19/08 | 21h00 - Matthew Shipp (EUA) - R$50 inteira | R$25 meia | R$15 comerciário
20/08 | 21h00 - Michael Blake (CAN) - R$50 inteira | R$25 meia | R$15 comerciário
20/08 | 21h30 - Robert Glasper (EUA) + Tássia Reis e Mental Abstrato (BRA) - R$60 inteira | R$30 meia | R$18 comerciário
21/08 | 17h00 - Kubata + Wis - GRÁTIS
21/08 | 19h00 - Michael Blake (CAN) - R$50 inteira | R$25 meia | R$15 comerciário
21/08 | 19h30 - Robert Glasper (EUA) + Tássia Reis e Mental Abstrato (BRA) - R$60 inteira | R$30 meia | R$18 comerciário
25/08 | 21h00 - Omer Avital (ISR) - R$50 inteira | R$25 meia | R$15 comerciário
25/08 | 21h30 - Pájaro de Fuego (ARG) - R$40 inteira | R$20 meia | R$12 comerciário
26/08 | 21h00 - Lina Nyberg (SUE) - R$50 inteira | R$25 meia | R$15 comerciário
26/08 | 21h30 - Cheick Tidiane Seck (MLI) - R$60 inteira | R$30 meia | R$18 comerciário
27/08 | 21h00 - Nik Bärtsch's Ronin (SUI) - R$60 inteira | R$30 meia | R$18 comerciário
27/08 | 21h30 - Cheick Tidiane Seck (MLI) - R$60 inteira | R$30 meia | R$18 comerciário
28/08 | 17h00 - Cadillacs Jazz Band + Zarabanda Jazz - GRÁTIS
28/08 | 19h00 - Nik Bärtsch's Ronin (SUI) - R$60 inteira | R$30 meia | R$18 comerciário

FONTE: Azoofa







sexta-feira, 17 de junho de 2016

Makoto Ozone - Nature Boys

Por 14 anos o Guia de Jazz esteve no ar com a missão de aproximar os internautas ao jazz. Um dos tópicos mais visitados era o de dicas de CDs, no qual dezenas de discos eram indicados e resenhados por mim. Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".

Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia e muito mais - você encontrará quinzenalmente neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.

Sempre que possível, ao final de cada resenha você encontrará vídeos do Youtube com algumas faixas do disco indicado para escutar. Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui

Makoto Ozone - Nature Boys (1992)

À primeira vista pode parece estranho comprar um disco de jazz de um pianista chamado Makoto Ozone, mas o ouvinte deve ter a mente aberta para novidades e deixar de lado velhos preconceitos. O mundo da música está repleto de grandes instrumentistas espalhados nos quatro cantos do planeta. Infelizmente, não será possível ouvir tudo que gostaríamos, mas o ser humano tem uma inquietação natural de sua espécie e com certeza tentará absorver o maior número possível de referência para o seu repertório. Dito isto, voltemos ao nosso “desconhecido” músico.

Nascido no Japão, em 1961, o pianista Makoto Ozone sabe que o melhor idioma para enfrentar as barreiras culturais e geográficas é a música. Não importa de onde você é ou qual formação cultural teve, a música está acima disso e consegue falar direito ao inconsciente das pessoas. Apesar de vir do outro lado do mundo, pelo menos para quem mora no ocidente, Ozone foi picado pelo jazz ainda na infância. A predileção pelo piano aconteceu aos 12 anos de idade após assistir a um concerto do pianista Oscar Peterson. Desde então, Ozone não parou mais até se tornar um dos mais inventivos e inteligentes pianistas da atualidade.

Ele começou a chamar a atenção do público norte-americano ao participar do quarteto do vibrafonista Gary Burton, em 1984. De lá para cá, Ozone participou dos principais festivais de jazz na Europa e nos Estados Unidos e lançou quase uma dezena de CDs, alguns deles pela tradicional gravadora Verve. Pois bem, é exatamente sobre um disco desta fase que trata este texto.

Ozone estreou na Verve com o disco solo Breakout, de 94. Apesar das críticas positivas, o impacto entre o público não foi grande. Um ano mais tarde, com o lançamento de Nature Boy, Ozone finalmente conseguiu chamar a atenção. Ao lado dos experientes John Patitucci (baixo) e Peter Erskine (bateria), Ozone escolheu composições marcantes da música norte-americana e rearranjou cada uma delas a sua maneira. O resultado foi sublime.

Entre os grandes clássicos estão a versão irresistível de obra-prima de Charlie Parker, “Ornithology”, com destaque para o solo de Patitucci, e “Lover Come Back To Me”, de Oscar Hammerstein, com uma interpretação impressionante de Ozone. O mesmo acontece em “All Of You”, obra-prima do repertório de Cole Porter.



O repertório tranquilo do CD abre com “But Beautiful”, passa por “The Christmas Song” e termina com “Gorgeous”. O álbum traz outras duas surpresas, o arranjo jazzístico para a composição “Laughter In The Rain”, de Paul Anka, e a faixa-título, música que foi sucesso na voz de Nat King Cole nos anos 50 e que aqui aparece ainda mais delicada com a interpretação solo de Ozone. Diferentemente do disco Breakout, no qual assinava todas as faixas, em Natural Boy apenas a música “Before I Was Born” foi composta pelo pianista.

Outra observação importante, mas pouco animadora, é que o disco só é encontrado atualmente no mercado japonês. Por outro lado, com o advento da internet, não será difícil encontrá-lo perdido em alguma loja virtual. O preço não será dos mais baratos, mas a satisfação de escutar e conhecer o toque de Makoto Ozone é garantido e valerá cada centavo gasto.


quarta-feira, 8 de junho de 2016

O futuro do jazz

A revista DownBeat traz em sua capa neste mês (julho-2016) o saxofonista Kamasi Washington. A reportagem principal - da qual Washington faz parte - é uma previsão sobre quem vai brilhar no cenário do jazz "no futuro". Você pode ler aqui a íntegra da revista com essa reportagem.

Com o "provocativo" título "25 For The Future", algo como 25 (músicos) para o futuro, a equipe da revista aponta 25 nomes que podem ajudar a definir a direção do jazz nas próximas décadas.

No editorial, a revista destaca uma capa de junho de 1999 que trazia o mesmo título ("25 For The Future"). Na época, a revista trazia estampada em sua capa o pianista Brad Mehldau e a violinista Regina Carter. Além deles, nomes como Dave Douglas, Stefon Harris, Ingrid Jensen e Matt Wilson também fizeram parte da profética lista.

Abaixo estão os nomes dos 25 jazzistas apontados pela revista em 2016. Para saber mais sobre cada um deles, basta clicar em seus nomes. Todos eles estão com links para os sites oficiais de cada um dos músicos. No final da lista há vídeos de shows na íntegra do saxofonista Kamasi Washington, da cantora Cyrille Aimée, da saxofonista Melissa Aldana e do pianista Joey Alexander.

Kamasi Washington (saxofonista)

Melissa Aldana (saxofonista)

Sullivan Fortner (pianista)

Cyrille Aimée (cantora)

Ben Williams (baixista)

Marcus Gilmore (baterista)

Marius Neset (saxofonista)

Kris Bowers (pianista)

Aaron Diehl (pianista)

Tyshawn Sorey (baterista)

Matthew Stevens (guitarrista)

Kris Davis (pianista)

Julian Lage (guitarrista)

Miho Hazama (cantora)

Aaron Parks (pianista)

Justin Brown (baterista)

Jacob Garchik (trombonista)

Marquis Hill (trompetista)

Becca Stevens (cantora)

Gerald Clayton (pianista)

Mark Guiliana (baterista)

Etienne Charles (trompetista)

Jamison Ross (baterista)

Bria Skonberg (trompetista)

Joey Alexander (pianista)