quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Bondesom

O Bondesom é uma banda diferente. Um grupo autoral que tem como maior atributo a mistura de gêneros. Os ritmos afro-latinos, o jazz, o funk, e, principalmente, a música brasileira se unem nas composições da banda, rompendo barreiras na música instrumental. É sofisticado sim, mas também é pop. Surpreende pelos temas marcantes e pela vitalidade dos músicos no palco. Suas melodias contagiam as pessoas.

Sua diversidade rítmica convida para dançar e instiga os ouvidos mais atentos. Com brasilidade e latinidade nas veias, o grupo tem largo alcance e atrai um público eclético, de todas as idades.

Por conta disso pôde se apresentar em eventos dos mais variados, e em mais de uma centena de shows realizados em casas de espetáculos do Rio de Janeiro, entre elas Circo Voador - onde já se apresentou quatro vezes como artista principal -, Estrela da Lapa, Teatro Odisséia, Cinematheque, Espaço Cultural Sérgio Porto, Ballroom e Casa da Gávea.

O grupo é formado por Pedro Silveira (guitarra), Pedro Mann (baixo), Gabriel Guinter (bateria), Antonio Guerra (piano e teclados), Yuri Villar (saxofones) e Matias Zibecchi (percussão).

No site do grupo é possível fazer download de algumas músicas. Basta apenas cadastrar seu e-mail. O ultimo disco da banda - Três - foi lançado em 2014 e pode ser ouvido na íntegra na página do grupo no site Bandcamp.



















Fonte: Jornal do Brasil

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Blue Note Perfect Takes

Por 14 anos o Guia de Jazz esteve no ar com a missão de aproximar os internautas ao jazz. Um dos tópicos mais visitados era o de dicas de CDs, no qual dezenas de discos eram indicados e resenhados por mim. Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".

Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia (dicas de CDs, DVDs, livros, entrevistas e muito mais) - você encontrará quinzenalmente neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.

Sempre que possível, ao final de cada resenha você encontrará vídeos do Youtube com algumas faixas do disco indicado para escutar. Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui

Vários - Blue Note Perfect Takes (2005)

Para os consumidores de jazz, a gravadora Blue Note é sinônimo de boa música e títulos históricos. Mas o nome Blue Note não é o único atrativo que faz um amante do jazz comprar seus títulos. Outra referência importante são as letras RVG, iniciais do nome do engenheiro de som Rudy Van Gelder, que brilhou entre as décadas de 50 e 60.

Van Gelder, que morreu no dia 25 de agosto de 2016, aos 91 anos, tornou-se uma grife quando o assunto é jazz. Com mais de meio século de experiência, ele trabalhou com a nata dos jazzistas norte-americanos como Wayne Shorter, Joe Henderson,John Coltrane, Ornette Coleman e tantos outros.

Agora, pela primeira vez, o engenheiro foi convidado para fazer uma seleção das dez gravações que ele mais gosta, levando em consideração a qualidade sonora e o efeito que essas músicas tiveram em sua vida. O resultado está no CD Blue Note Perfect Takes.

Para começar, Thelonious Monk em “Four In One”, ao lado de Art Blakey e Sahib Shihab, e em seguida Miles Davis em “Budo”, originalmente lançado no CD Birth of the Cool, de 1950.


O álbum traz uma trinca de saxofonista de tirar o fôlego. Joe Henderson, acompanhado por Lee Morgan, Ron Carter e Cedar Walton, em “Mode For Joe”, de 1966, Wayne Shorter, com a clássica “Footprints” e Hank Mobley em “Remember”, com Art Blakey na bateria. Blakey também aparece nesta coleção com a delirante versão de “Moon River”, com Freddie Hubbard no trompete.

A compilação ainda conta com Donald Byrd, Kenny Burrell e Jimmy Smith, que fa­leceu em fevereiro de 2005. Com o CD, o consumidor ainda leva de presente um DVD, que traz entrevista com Rudy Van Gelder, galerias de fotos e as capas dos CDs da série assinada por ele.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Billy Strayhorn: Lush Life

Por 14 anos o Guia de Jazz esteve no ar com a missão de aproximar os internautas ao jazz. Um dos tópicos mais visitados era o de dicas de CDs, no qual dezenas de discos eram indicados e resenhados por mim. Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".

Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia e muito mais - você encontrará quinzenalmente neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.

Sempre que possível, ao final de cada resenha você encontrará vídeos do Youtube com algumas faixas do disco indicado para escutar. Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui

Vários - Billy Strayhorn: Lush Life (2007)

Para quem ainda não sabe, o pianista, compositor e arranjador Billy Strayhorn foi o maior colaborador do genial Duke Ellington durante as décadas de 40 e 60. Esta longa parceria foi fundamental para a fama e a qualidade reconhecida da orquestra de Ellington. Por outro lado, o talento de Strayhorn ficou ofuscado por décadas até ser reconhecido como um dos maiores compositores que a América já teve.

Em 2007, o mundo relembrou os 50 anos da morte do compositor, vítima de câncer aos 51 anos de idade. Entre as homenagens dedicadas a Strayhorn está Billy Strayhorn: Lush Life, um documentário produzido para a TV que conta sua trajetória. Para a trilha sonora do filme, o diretor preferiu regravar clássicos de Strayhorn ao invés de utilizar gravações originais. O resultado é, no mínimo, excelente em todos os sentidos. Do repertório aos arranjos, o disco traz feras como Joe Lovano, Bill Charlap, Hank Jones, Elvis Costello e Dianne Reeves esbanjando talento e paixão ao interpretarem obras-primas de Strayhorn.



A parte instrumental do álbum tem como principais destaques o sax de Lovano e o piano do lendário Jones. Escute “Johnny Come Lately”, “Rain Check” e “Lotus Blossom”, com participação do baixista George Mraz e do baterista Paul Mation, e comprove do que a dupla é capaz. Hank também brilha solo em “Tonk” e “Satin Doll”, em co-autoria com Ellington. O pianista Bill Charlap é responsável por outras duas faixas de piano solo, “Fantastic Rhythm” e “Valse”.

Na parte cantada, quem manda é Dianne Reeves. Como acontece sempre, Reeves parece estar tomada pelo espírito de Sarah Vaughan e solta a voz em “My Little Brown Book”, “Day Dream”, “So This Is Love” e “Something to Live For”. Outro momento marcante é a versão de “Lush Life”, com Reeves acompanhada apenas da guitarra de Russell Malone.

Para completar, o ex-roqueiro Elvis Costello, acompanhado de Charlap e Lovano, interpreta a singela “My Flame Burns Blue”, que é um misto da composição “Blood Count”, última música escrita por Strayhorn, com letra de Costello.