segunda-feira, 23 de maio de 2016

Anat Cohen e Trio Brasileiro

Clarinetista e saxofonista, Anat Cohen ganhou corações pelo mundo inteiro com sua virtuosa expressividade e deliciosa presença de palco. Foi eleita a Clarinetista do Ano por seis anos seguidos pela Jazz Journalists Association. Viajou pelo mundo como atração principal em festivais como o de Newsport, Umbria Jazz, SF Jazz e o North Sea, além de ser presença frequente nas principais casas de Jazz de Nova Iorque.

Em setembro de 2012, lançou seu sexto álbum como bandleader, “Claroscuro”. O album vai de temas animados a baladas líricas, buscando sua inspiração em Nova Orleans, Nova Iorque, África e Brasil. Claroscuro toma seu título da palavra espanhola que descreve o jogo entre a sombra e a luz, "chiaroscuro" em italiano. Em seus shows pode-se observar sua fluência entre o estilo crioulo de Nova Orleans, ritmos africanos, o samba e o choro do Brasil.

Anat nasceu em Tel Aviv, Israel, e foi criada em uma família musical. Frequentou a Tel Aviv School for the Arts, o "Thelma Yellin" High School for the Arts e o Jaffa Music Conservatory. Começou seus estudos de clarineta aos 12 anos, aos 16 ela entrou na big band da escola e aprendeu a tocar saxofone tenor. Depois de se graduar, conseguiu dispensa do serviço obrigatório militar tocando na banda da Força Aérea Israelense.

Anat teve oportunidade de frequentar a Berklee College of Music, em Boston, onde aprimorou suas habilidades jazzísticas e expandiu seus horizontes musicais, desenvolvendo facilidade e um amor profundo pelos diversos estilos latinos. Seus colegas sul americanos da Berklee foram uma grande inspiração para a clarinetista: “Quando os escutei tocar sambas brasileiros, chacarreras argentinas e cumbias da Colômbia, me apaixonei por esses ritmos imediatamente, me senti atraída pela ideia de tocá-los eu mesma”, diz Anat.

Ao se mudar pra Nova Iorque em 1999, após se formar na Berklee, Anat passou uma década em turnê com a big band feminina de Sherrie Maricle, a Diva Jazz Orchestra; também trabalhou em grupos brasileiro como o Choro Ensemble e o Duduka Da Fonseca’s Samba Jazz Quintet, ao mesmo tempo que se apresentava tocando a música de Louis Armstrong com David Ostwald’s “Gully Low Jazz Band.”

Fundou seu próprio selo, o Anzic Records em 2005 e deslanchou sua carreira discográfica como líder de banda, com Place & Time. Em 2007 lançou Noir (com uma orquestra de jazz) e Poetica (jazz de câmara e clarineta).

Em 2010 lançou o album Clarinetwork: Live at the Village Vanguard, um tributo a Benny Goodman. Anat também gravou 3 aclamados discos como parte do 3 Cohens Sextet, com seu irmãos, o saxofonista Yuval e o trompetista Avishai: em 2003 One, em 2007 Braid e em 2011, Family (os dois últimos lançados pelo selo Anzic).



Em 2016, a clarinetista lança o disco "Alegria Da Casa" ao lado do Trio Brasileiro - formado por Dudu Maia (Bandolim), Douglas Lora (violão) e Alexandre Lora (percussão e pandeiro). Além de composições próprias, o disco traz choros conhecidos como "Murmurando!, "Feia" e "Santa Morena", as duas últimas compostas por Jacob do Bandolim. O disco foi gravado no Rio de Janeiro, em setembro de 2013, época em que Anat se apresentou no Brasil com o Trio Brasileiro.

TRIO BRASILEIRO

Formado em 2011, o Trio Brasileiro já se estabelece como um conjunto digno de atenção internacional. A combinação equilibrada entre virtuosismo, musicalidade e uma profunda devoção à linguagem dos estilos musicais abordados em seu repertório, permite-lhes alcançar uma sonoridade ímpar como grupo, marcados igualmente por uma sutileza interpretativa e um groove irresistível. Mas é o seu amor à música tradicional do Brasil e a ligação entre irmãos (por nascimento e por laços de amizade) que resultam numa alegria musical de beleza rara e profunda.

O Trio Brasileiro inclui o renomado violonista e membro do internacionalmente premiado "Brasil Guitar Duo", Douglas Lora; um dos maiores virtuoses do bandolim da atualidade, Dudu Maia; e do percussionista inovador e pesquisador musical, Alexandre Lora.

Sua primeira turnê nos EUA no outono de 2012 resultou num enorme sucesso, com ingressos esgotadas e um entusiasmo contagiante por parte do público ao longo de todas as apresentações. Com paradas em Nova York, Minneapolis, Portland, Seattle, Bloomington, Louisville, e Cedar Rapids, a temporada foi uma introdução para o público americano. Baseando-se nas primeiras impressões e no crescente interesse pelo Choro no país, esta é uma relação que promete ser duradoura.

Trio Brasileiro se dedica á interpretação do Choro tradicional brasileiro, passando por compositores como Jacob do Bandolim e Ernesto Nazareth, bem como suas próprias composições, que são reflexões modernas dessa forma musical, incluindo elementos e influências trazidos de outros estilos da música brasileira como o baião, a valsa e o frevo. Trio Brasileiro lançou seu primeiro disco, SIMPLES ASSIM, em 2012.

Veja abaixo um pequeno vídeo amador com a apresentação de Anat e o Trio Brasileiro. O segundo vídeo mostra o pianista Fred Hersch acompanhando Anat no tema "Doce de Coco" (Jacob de Bandolim), gravado em janeiro de 2016 no Jazz at Lincoln Center, na cidade de Nova York.

O terceiro vídeo é outra apresentação da clarinetista no Jazz at Lincoln Center, desta vez em 2014, ao lado do trio brasileiro Choro Aventuroso, formado por Vitor Goncalves (acordeon), Cesar Garabini (violão), Sergio Krakowski (pandeiro)







Fonte: DALTON JENDIROBA, do site ESPORTE CULTURA

domingo, 15 de maio de 2016

JJA Jazz Awards 2016 - Os vencedores

A Associação dos Jornalista de Jazz (Jazz Journalists Association) anunciou no dia 15 de maio os vencedores da 20º edição do seu prêmio anual para os melhores músicos do jazz.

Veja abaixo os vencedores:

Lifetime Achievement in Jazz:
Henry Threadgill

Musician of the Year:
Maria Schneider

Up and Coming Artist of the Year:
Kamasi Washington

Composer of the Year:
Maria Schneider

Arranger of the Year:
Maria Schneider

Record of the Year:
The Thompson Fields (ArtistShare)
Maria Schneider Orchestra

Historical Record of the Year:
The Complete Concert By The Sea (Columbia/Legacy)
Erroll Garner

Record Label/Platform of the Year:
Motéma Music

Singer of the Year:
Gregory Porter

Female Singer of the Year:
Cecile McLorin Salvant

Large Ensemble of the Year:
Maria Schneider Orchestra

Midsize Ensemble of the Year:
Myra Melford's Snowy Egret

Trio or Duo of the Year:
Vijay Iyer Trio

Trumpeter of the Year:
Wadada Leo Smith

Trombonist of the Year:
Wycliffe Gordon

Multi-reeds Player of the Year:
Anat Cohen

Alto Saxophonist of the Year:
Rudresh Mahanthappa

Tenor Saxophonist of the Year:
Charles Lloyd

Baritone Saxophonist of the Year:
Gary Smulyan

Soprano Saxophonist of the Year:
Jane Ira Bloom

Flutist of the Year:
Nicole Mitchell

Clarinetist of the Year:
Anat Cohen

Guitarist of the Year:
Mary Halvorson

Pianist of the Year:
Fred Hersch

Keyboards player of the Year:
Craig Taborn

Bassist of the Year:
Christian McBride

Violist/Cellist of the Year:
Regina Carter

Percussionist of the Year:
Pedrito Martinez

Mallets Instrumentalist of the Year:
Joe Locke
Traps Drummer of the Year:

Jack DeJohnette

Player of Instruments Rare in Jazz of the Year:
Scott Robinson, various

Electronics Player of the Year:
Jason Lindner

Clique aqui e conheça todo os vencedores na categoria melhor disco de jazz desde 1996.

VEJA ABAIXO UM VÍDEO SOBRE O DISCO DE MARIA SCHNEIDER:

sábado, 30 de abril de 2016

International Jazz Day 2016

Na noite do dia 30 de abril a 5ª edição do International Jazz Day aconteceu em Washington (EUA), com Barack Obama e a sua mulher como anfitriões.

Gravado na Casa Branca, sede do governo dos EUA, o show contou com as participações de Aretha Franklin, Al Jarreau, Sting, Jamie Cullum, Joey Alexander, Terence Blanchard, Buddy Guy, Dee Dee Bridgewater, Hugh Masekela, Jamie Cullum, Kurt Elling, Robert Glasper, Dave Holland, Zakir Hussain, Diana Krall , Lionel Loueke, Esperanza Spalding, Christian McBride, John McLaughlin, Pat Metheny, Marcus Miller e James Morrison.

Além do elenco de tirar o fôlego, o show ainda tem como destaque a Casa Branca. Durante o show, vários locais dentro da sede do governo dos EUA são usados como "palcos" para apresentações mais intimistas.

VEJA ABAIXO O SETLIST DA NOITE:


Aretha Franklin
Dee Dee Bridgewater & Kurt Elling
Chucho Valdés & Paquito D'Rivera
Jamie Cullum
Chick Corea & Terence Blanchard
Al Jarreau & Chick Corea
Dianne Reeves & Pat Metheny
Diana krall & Christian mcBride
Wayne Shorter & Esperanza Spalding
Dianne Reeves & Esperanza Spalding
Dee Dee Bridgewater & Hugh Masekela
Robert Glasper & Herbie Hancock
Herbie Hancock & Sting
Buddy Guy & Kurt Elling

Clique aqui para ver os vídeos das edições passadas do evento.

Veja abaixo a íntegra da apresentação deste ano (2016)

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Documentários

Conhecer um pouco mais as raízes do jazz pode ser uma boa maneira de se familiarizar com ele. Mas talvez não seja isso o que você esteja procurando. Por outro lado, pode ser interessante se embrenhar um pouco mais sobre um determinado assunto, neste caso o jazz.

O premiado documentário Jazz, realizado pelo documentarista Ken Burns, é uma referência quando se fala sobre a história do jazz. É indiscutível a importância deste documentário para começar a conhecer as origens do jazz e entender como o jazz chegou até o ponto em que estamos.

Mas neste post resolvi colocar alguns documentários que encontrei na internet - todos na íntegra - que me fascinaram de alguma maneira.

O primeiro vídeo mostra uma edição especial do programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, sobre os 100 anos do jazz. Além de imagens históricas, o programa entrevistas músicos e jornalistas, entre eles Zuza Homem de Mello, Luiz Orlando Carneiro], Tito Martino, Billy Hart, Cecil McBee, Paulo Caruso, Vera Figueiredo, Mauro Senise, Eddie Henderson, que falam sobre o nascimento do jazz e sua linguagem.

O segundo vídeo conta a história da mais festejada cantora de jazz de todos os tempos: Billie Holiday. Com legendas em português, você conhecerá um pouco mais da vida da cantora e ouvirá depoimentos de vários músicos de jazz.

O terceiro vídeo - com legendas em português - conta a trajetória da cantora Sarah Vaughan. Ao lado de Billie e Ella Fitzgerald, ela completa a trinca das grandes vozes do jazz do século XX.

Escrito por Dan Morgenstern - ex-editor da revista Downbeat e vencedor de oito Grammy por seus textos escritos para encartes de discos -, o documentário traz várias apresentações da cantora e depoimentos de pessoas que conviveram com a Divina.

O quarto documentário destaca o ano de 1959 para a história do jazz. O filme mostra como os discos de Miles Davis (Kind of Blue), Dave Brubeck (Time Out), Ornette Colleman e de Charles Mingus - todos lançados em 1959 - mudaram as perspectivas da história do jazz.

O quinto documentário mostra a trajetória do trompetista Dizzy Gillespie. Criador do bebop na década de 50 ao lado de Charlie Parker, Gillespie foi um dos mais influentes músicos da história do jazz.

Produzido em 1990, três anos antes da morte do músico, o documentário traz entrevistas com Dizzy e vários membros da orquestra regida por ele, entre eles John Lewis, James Moody e Johnny Griffin. O vídeo é em inglês, mas você pode colocar legendas em inglês, oferecidas pelo próprio Youtube.

O sexto vídeo traz o lendário documentário dirigido pelo fotógrafo Bert Stern: Jazz on a Summer's Day, que mostra a edição de 1959 do festival de jazz de Newport, nos Estados Unidos. Até hoje, o festival é considerado um dos mais importantes do jazz.

Com uma câmera focada em rostos - dos músicos e da plateia -, Stern consegue colocar o telespectador "dentro" do festival. É um mergulho profundo e íntimo no palco e nas fileiras que formam a eclética audiência, confortavelmente sentada e literalmente participando da história. Entre os músicos que aparecem no documentário estão Louis Armstrong, Anita O'Day, Thelonious Monk e Mahalia Jackson.

O sétimo vídeo é sobre o saxofonista John Coltrane. Com o título original de Chasing Trane, o documentário mostra cenas inéditas do saxofonista e entrevistas com diversos músicos, entre eles Wynton Marsalis, Wayne Shorter, Benny Golson e Jimmy Heath, que falam sobre a importância e genialidade de Coltrane.

Apesar de não haver depoimentos de Coltrane, o documentário traz várias citações do saxofonista interpretadas pelo ator Denzel Washington. O documentário é em inglês, mas você pode colocar legendas em português, oferecidas pelo próprio Youtube.

O oitavo vídeo é o documentário Coisa Mais Linda - Histórias e Casos da Bossa Nova, que retrata por meio de entrevistas o nascimento do movimento que levou a música brasileira para os quatro cantos do planeta, no início da década de 1960.

Entre os entrevistados estão os músicos Roberto Menescal, Carlos Lyra, Joyce, Paulo Jobim, Johnny Alf e João Donato, além de jornalistas e historiadores como Sergio Cabral, Tárik de Souza, Nelson Motta, Cacá Diegues, Luís Carlos Miele e Artur da Távola.

O nono vídeo é um documentário Saint John Coltrane - A Love Supreme, produzido pela rede BBC, de Londres, e apresentado por Alan Yentob. O documentário traz entrevitsas com Benny Golson, McCoy Tyner e o engenheiro de som Rudy Van Gelder, que trabalhou com Coltrane no disco A Love Supreme.

O décimo vídeo traz ator e cineasta Clint Eastwood entrevistando diversos pianistas para falar sobre a história do piano no jazz. Entre os músicos entrevistados estão Ray Charles, Dave Brubeck e Dr John. O vídeo é em inglês, mas você pode colocar legendas em inglês, oferecidas pelo próprio Youtube. O documentário faz parte da caixa de 7 DVDs chamada Martin Scorsese apresenta The Blues: Uma jornada musical.

O último vídeo mostra a vida e obra do violonista brasileiro Laurindo Almeida, que fez carreira nos Estados Unidos entre as décadas de 1940 e 1990. O documentário detalha a mudança do músico para o exterior, a sua importância nos primórdios da bossa nova e sua carreira como músico de trilhas sonoras para cinema, que inclui O Poderoso Chefão e Os Dez mandamentos.

Além dos documentários indicados aqui, você também pode conhecer outros três títulos que foram abordados neste blog: A Great Day in Harlem, sobre a icônica foto tirada pelo fotógrafo Art Kane, em 1958, Beyond The Notes, produzido pela diretora suíça Sophie Huber, sobre a história da gravadora Blue Note, e Zuza Homem de Jazz, sobre o jornalista Zuza Homem de Mello. Para acessá-los, clique aqui, aqui e aqui















sexta-feira, 22 de abril de 2016

Soundcloud

Nos últimos anos, vários sites se tornaram populares em divulgar novos talentos da música e, obviamente, de lendas da música mundial. Além dos já famosos Twitter, Youtube e Facebook, outros sites - especificamente de música - têm conseguido espaço importante para músicos divulgares seus trabalhos.

As páginas que merecem mais destaques são Bandcamp, Soundcloud e ReverbNation. Os três sites tem em comum divulgar quase sempre na íntegra discos para ouvir em streaming, ou seja, como se fosse uma rádio pré-gravada. Esses sites são muito parecidos com o serviço oferecido pelos populares Deezer e Spotify.

A principal diferença é que Deezer e Spotify são basicamente grandes discotecas para ouvir música online. Já Bandcamp, Soundcloud e ReverbNation tem como principal objetivo divulgar novos músicos e oferecer uma audição prévia - quase sempre na íntegra - de um determinado álbum para depois oferecê-lo para vender na mesma página.
Abaixo você encontra links interessantes de usuários do site Soundcloud.

A maior parte dos indicados é de gravadoras de jazz ou similares. Essas são as páginas que eu sigo frequentemente. Vale dizer que você pode criar sua própria página no Soundcloud, assim como fazem artistas e gravadoras.

Após se cadastrar, você pode fazer upload de suas músicas preferidas. Mas há um detalhe importante. Músicas de artistas muito populares normalmente são recusadas pelo site. O motivo oficial para a recusa é infringir direitos autorais. Com essa política, o Soundcloud deixa claro que seu principal "cliente" é de músicos e gravadoras que usam sua plataforma para divulgar seus trabalhos.

Outro opção interessante no Soundcloud é a possibilidade de criar playlists a partir de milhares de músicas que estão disponíveis no site para ouvir online. Além disso, é possível embedar playlists em seu blog pessoal, e assim compartilhar suas músicas preferidas com os leitores de seu blog. Boa navegação.

Além da playlist que você encontra logo abaixo, com 500 músicas, você pode ouvir uma segunda playlist, criada por mim, com mais dezenas de músicas encontradas no Soundcloud, todas elas de artistas de jazz. Entre os músicos encontrados nessa playlista estão Azymuth, Eumir Deodato, Matthew Shipp, Amaro Freitas e Shai Maestro, Para ouvir, clique aqui.

Jazz ao Seu Alcance

Jazz Mais Jazz

High Note Records

Concord Music

Blue Note

Braithwaite & KatzPro

Jazz Standard NYC

Sounds Of Berklee

Verve Music

1888 Media

Jazz 88.3 FM

Resonance Jazz

Smooth Jazz Global

Basin Street Records

SFJAZZ

Mack Avenue

Posi-Tone Records

Chick Corea

Emiliano Sampaio

Kamasi Washington

Bebel Gilberto

Larry Goldings

The Jazz Spotlight

Núcleo Contemporâneo

Bastard Jazz

Sunnyside Records

Smalls Jazz Club

Jazz Global Media

BFM Jazz

Jazz FM 91

Justin Time

Matt Pierson Music

Two for the Show Media

Fully Altered Media

WTJU 91.1 FM

Jazzhead

Edition Records

Ozella Music

577 Records

Jazz & People

Naim Records

Bethlehem Records


quarta-feira, 20 de abril de 2016

Lyle Mays - Fictionary

Por 14 anos o Guia de Jazz esteve no ar com a missão de aproximar os internautas ao jazz. Um dos tópicos mais visitados era o de dicas de CDs, no qual dezenas de discos eram indicados e resenhados por mim. Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".

Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia e muito mais - você encontrará quinzenalmente neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.

Sempre que possível, ao final de cada resenha você encontrará vídeos do Youtube com algumas faixas do disco indicado para escutar. Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui

Lyle Mays - Fictionary (1992)

Para quem é novato no jazz, uma boa pedida para começar a se familiarizar com o ritmo é procurar discos com a clássica formação de trio, ou seja, piano, baixo e bateria. Apesar do sax ter um papel importante dentro da história do jazz, o piano, na maioria das vezes, acaba sendo mais fácil de ser digerido por ouvintes pouco acostumados com as nuances do jazz.

Para a alegria dos novos fãs, há vários trios que fizeram história no jazz, entre eles estão os discos clássicos dos pianistas Oscar Peterson, Bill Evans e Ahmad Jamal, Keith Jarrett e Chick Corea e dos novos trios comandados pelos pianistas Bill Charlap, Bruce Hornby, Gonzalo Rubalcaba e Brad Mehldau e do grupo The Bad Plus.

Apesar dessa infinidade de nomes, o disco de trio indicado aqui é de um pianista pouco lembrado pela maioria dos fãs de jazz, mas que tem uma carreira de três décadas para comprovar sua versatilidade e talento. O norte-americano Lyle Mays tem sua história musical ligada diretamente ao guitarrista Pat Metheny. Nos últimos 20 anos, Mays tem acompanhado Metheny em vários festivais de jazz, além de ser o principal parceiro do guitarrista na hora de compor.

Em 1992, o pianista lançou o disco Fictionary, seu terceiro disco solo, ao lado do baterista Jack DeJohnette e do baixista Marc Johnson. A grande surpresa é que o músico apostou na formação clássica do jazz - piano, baixo e bateria - ao invés de investir em seus habituais teclados. O resultado foi um dos melhores discos de trio dos anos 90.

O disco abre com a singela “Bill Evans”, uma homenagem ao pianista que fez história com seu toque requintado e impecável. Na faixa-título, o piano de Mays reina solo nos dois primeiros minutos e em seguida entram bateria e baixo. Destaque para a bateria de DeJohnette. Para acalmar um pouco o ouvinte, as opções são “Siena”, “Something Left Unsaid” e “On the Other Hand”, está última apenas com Lyle ao piano.

A quebradeira retorna com as faixas “Trio #1”, “Trio # 2” e “Hard Eights”, na qual Johnson rouba a cena. Para terminar, “Falling Grace”, composta pelo baixista Steve Swallow e “Where Are You From Today”, uma delicada melodia criada por Mays.

Com este disco, Lyle Mays deixou claro que não é apenas um coadjuvante da carreira de sucesso de Metheny. Pelo contrário, depois de ouvir Fictionary, você terá certeza que a fama conquistada por Metheny é resultado da parceria do guitarrista com um certo pianista que o acompanha chamado Lyle Mays.

Faixas:
1 - Bill Evans
2 - Fictionary
3 - Sienna
4 - Lincoln Reviews His Notes
5 - Hard Eights
6 - Something Left Unsaid
7 - Trio #1
8 - Where Are You From Today
9 - Falling Grace
10 - Trio #2
11 - On The Other Hand

Escute abaixo algumas músicas do álbum:







sábado, 2 de abril de 2016

À Flor da Pele

Por 14 anos o Guia de Jazz esteve no ar com a missão de aproximar os internautas ao jazz. Um dos tópicos mais visitados era o de dicas de CDs, no qual dezenas de discos eram indicados e resenhados por mim. Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".

Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia e muito mais - você encontrará a partir de agora neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.

Para abrir essa série de dicas, escolhi um dos disco que mais toca a minha alma. Além disso, este disco não foi incluído no livro "Jazz ao seu alcance". Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui

Como o disco está fora de catálogo, você pode fazer o download aqui

Ney Matogrosso e Rafael Rabello - À Flor da Pele (1991)

Para quem é leitor assíduo do Guia de Jazz, esta dica de CD poderá ser uma surpresa. Mas é por uma boa causa que estamos quebrando nossa regra de indicarmos apenas álbuns de músicos estrangeiros. É importante deixar claro que não temos nada contra a música instrumental brasileira, pelo contrário, o Guia tem um tópico específico sobre os músicos tupiniquins. Neste tópico mesmo, nomes como Egberto Gismonti, Oscar Castro-Neves e Tom Jobim já foram destaques.

No início dos anos 90, o cantor Ney Matogrosso e o violonista Rafael Rabello fizeram história ao gravarem o disco À Flor da Pele, show que arrastou milhares de pessoas por onde passou. Com carreiras e idades distintas, Ney e Rafael se encontraram na hora e no momento certo. O disco traz “apenas” a voz de Ney e o violão inconfundível de Rafael interpretando grandes compositores da música popular brasileira como Cartola, Noel Rosa, Tom Jobim, Herivelto Martins, entre outros.

O CD abre com dois clássicos de Jobim, “Modinha”, em parceria com Vinicius de Moraes, e “Retrato em Preto e Branco”, composta com Chico Buarque. Em seguida é a vez do samba canção “Molambo”, de 1953, e “Da Cor do Pecado”, imortalizado na voz de Elizeth Cardoso. O primeiro grande momento acontece com “No Rancho Fundo”, obra-prima de Ary Barroso e Lamartine Babo, seguido da boemia de Noel Rosa em dois momentos, “Último Desejo” e na deliciosa “Três Apitos”.

Para quem acha que a paixão de Ney Matogrosso pelo repertório de Cartola é recente – em 2003, Ney gravou um disco só com canções do compositor da Mangueira – aqui estão duas interpretações de tirar o fôlego, “Autonomia” e a inesquecível “As Rosas Não Falam”, com destaque para o arranjo de Rabello. O repertório ainda tem surpresas como “Negue”, “Caminhemos/Segredo”, “Na Baixa do Sapateiro”, “Vereda Tropical” e “Balada do Louco”, clássico dos Mutantes composta por Arnaldo Baptista e Rita Lee.

Infelizmente, a parceria entre Ney e Rafael nunca mais será possível após a morte prematura do violonista em 1995, aos 32 anos de idade. Mas, Rafael deixou gravações antológicas ao lado de Paulo Moura, Dino 7 Cordas, Nelson Gonçalves, Radamés Gnatalli, Elizeth Cardoso, Tom Jobim, Romero Lubambo, entre outros. Já Ney Matogrosso continua nos palcos encantando plateias com seu talento e ousadia.

Neste momento, abril de 2016, por incrível que pareça, o CD está fora de catálogo e não há previsão da gravadora Som Livre em relançá-lo. Mais uma vez o mercado fonográfico perde uma ótima oportunidade de colocar em circulação um álbum essencial.

Repertório:

Modinha
Tom Jobim e Vinícius de Moraes

Retrato em Branco e Preto
Tom Jobim e Chico Buarque

Molambo
Jaime Florence e Augusto Mesquita

Tristeza do Jeca
Angelino de Oliveira

Da Cor do Pecado
Bororó

No Rancho Fundo
Ary Barroso e Lamartine Babo

Último Desejo
Noel Rosa

O mundo é um moinho
Cartola

As rosas não falam
Cartola

Autonomia
Cartola

Prelúdio nº 3 (Prelúdio da Solidão)
Lobos Hermínio Bello de Carvalho

Três Apitos
Noel Rosa

Caminhemos/Segredo
Herivelto Martins, Herivelto Martins e Marino Pinto

Negue
Adelino Moreira e Enzo de Almeida Passos

Na Baixa do Sapateiro
Ary Barroso

Vereda Tropical
Gonzalo Curiel

Balada do Louco
Arnaldo Baptista e Rita Lee

Escute o disco na íntegra:



Veja vídeos da dupla em ação:











quinta-feira, 17 de março de 2016

Pau Brasil lança novo disco

Comemorando 35 anos de atividade, o grupo Pau Brasil lança seu décimo primeiro trabalho. Em Daqui, lançamento independente com patrocínio da Vale, o grupo mantém o rico som que caracteriza sua discografia.

Um dos mais interessantes e ricos grupos instrumentais em atividade no país, o Pau Brasil passa longe de diferenças entre popular e erudito. Tudo é música, tudo acontece de forma natural e orgânica. Com fundamento forte na raiz brasileira, pulsa livre com espaço para improvisos e diálogo entre os músicos. O grupo é formado por Nelson Ayres (piano), Rodolfo Stroeter (contrabaixo), Paulo Bellinati (violões), Teco Cardoso (sopros) e Ricardo Mosca (bateria).

É a química entre eles que se ouve em todas as dez faixas, entre releituras e composições próprias. Apenas uma participação em todo o disco: o músico inglês John Surman que toca clarone (instrumento de sopro) em "Lá vem a tribo", composição de Rodolfo e Bellinati que batizou o disco do grupo lançado em 1989. Da própria lavra o grupo ainda traz "Agreste" e "Caixote" (ambas de Nelson Ayres), "Pingue Pongue" (Paulo Bellinati) e "Sarapuindo" (Teco Cardoso).

No repertório de Daqui trazem releituras para composições de Tom Jobim (Saudades do Brasil), Heitor Villa-Lobos (Bachianas brasileiras nº1) e Moacir Santos (Agora eu sei). Também incluem parcerias de Ary Barroso e Lamartine Babo (No rancho fundo) e Baden Powell e Paulo César Pinheiro (Pai). O som do Pau Brasil tem voz própria. Daqui reafirma a excelência e criatividade do grupo, que reúne grandes músicos e ideias livres.

Fonte: Beto Feitosa, do site Ziriguidum








segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Grammy 2016 - vencedores

Veja abaixo os vencedores na categoria jazz da 58ª edição do Grammy, divulgados no dia 15 de fevereiro. Os concorrentes deste ano foram discos lançados entre 1 de outubro de 2014 e 30 de setembro de 2015.

Clique aqui para conhecer todos os vencedores do Grammy na categoria "melhor disco de jazz" clique aqui.

Clique aqui para conhecer todos os vencedores do Grammy na categoria "melhor disco de jazz vocal.

MELHOR GRAVAÇÃO DE JAZZ
Cherokee
Christian McBride
Track from: Live At The Village Vanguard (Christian McBride Trio)
Mack Avenue Records



MELHOR DISCO DE JAZZ VOCAL
For One To Love
Cécile McLorin Salvant
Mack Avenue Records



MELHOR DISCO DE JAZZ INSTRUMENTAL
Past Present
John Scofield
Impulse!



MELHOR DISCO DE ORQUESTRA
The Thompson Fields
Maria Schneider Orchestra
ArtistShare



MELHOR DISCO DE JAZZ LATINO
Made In Brazil
Eliane Elias
Concord Jazz



MELHOR DISCO VOCAL DE POP TRADICIONAL
The Silver Lining: The Songs Of Jerome Kern
Tony Bennett & Bill Charlap
RPM Records/Columbia Records



MELHOR TRILHA SONORA
Birdman
Antonio Sanchez
Milan Records