sábado, 30 de abril de 2016

International Jazz Day 2016

Na noite do dia 30 de abril a 5ª edição do International Jazz Day aconteceu em Washington (EUA), com Barack Obama e a sua mulher como anfitriões.

Gravado na Casa Branca, sede do governo dos EUA, o show contou com as participações de Aretha Franklin, Al Jarreau, Sting, Jamie Cullum, Joey Alexander, Terence Blanchard, Buddy Guy, Dee Dee Bridgewater, Hugh Masekela, Jamie Cullum, Kurt Elling, Robert Glasper, Dave Holland, Zakir Hussain, Diana Krall , Lionel Loueke, Esperanza Spalding, Christian McBride, John McLaughlin, Pat Metheny, Marcus Miller e James Morrison.

Além do elenco de tirar o fôlego, o show ainda tem como destaque a Casa Branca. Durante o show, vários locais dentro da sede do governo dos EUA são usados como "palcos" para apresentações mais intimistas.

VEJA ABAIXO O SETLIST DA NOITE:


Aretha Franklin
Dee Dee Bridgewater & Kurt Elling
Chucho Valdés & Paquito D'Rivera
Jamie Cullum
Chick Corea & Terence Blanchard
Al Jarreau & Chick Corea
Dianne Reeves & Pat Metheny
Diana krall & Christian mcBride
Wayne Shorter & Esperanza Spalding
Dianne Reeves & Esperanza Spalding
Dee Dee Bridgewater & Hugh Masekela
Robert Glasper & Herbie Hancock
Herbie Hancock & Sting
Buddy Guy & Kurt Elling

Clique aqui para ver os vídeos das edições passadas do evento.

Veja abaixo a íntegra da apresentação deste ano (2016)

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Documentários

Conhecer um pouco mais as raízes do jazz pode ser uma boa maneira de se familiarizar com ele. Mas talvez não seja isso o que você esteja procurando. Por outro lado, pode ser interessante se embrenhar um pouco mais sobre um determinado assunto, neste caso o jazz.

O premiado documentário Jazz, realizado pelo documentarista Ken Burns, é uma referência quando se fala sobre a história do jazz. É indiscutível a importância deste documentário para começar a conhecer as origens do jazz e entender como o jazz chegou até o ponto em que estamos.

Mas neste post resolvi colocar alguns documentários que encontrei na internet - todos na íntegra - que me fascinaram de alguma maneira.

O primeiro vídeo mostra uma edição especial do programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, sobre os 100 anos do jazz. Além de imagens históricas, o programa entrevistas músicos e jornalistas, entre eles Zuza Homem de Mello, Luiz Orlando Carneiro], Tito Martino, Billy Hart, Cecil McBee, Paulo Caruso, Vera Figueiredo, Mauro Senise, Eddie Henderson, que falam sobre o nascimento do jazz e sua linguagem.

O segundo vídeo conta a história da mais festejada cantora de jazz de todos os tempos: Billie Holiday. Com legendas em português, você conhecerá um pouco mais da vida da cantora e ouvirá depoimentos de vários músicos de jazz.

O terceiro vídeo - com legendas em português - conta a trajetória da cantora Sarah Vaughan. Ao lado de Billie e Ella Fitzgerald, ela completa a trinca das grandes vozes do jazz do século XX.

Escrito por Dan Morgenstern - ex-editor da revista Downbeat e vencedor de oito Grammy por seus textos escritos para encartes de discos -, o documentário traz várias apresentações da cantora e depoimentos de pessoas que conviveram com a Divina.

O quarto documentário destaca o ano de 1959 para a história do jazz. O filme mostra como os discos de Miles Davis (Kind of Blue), Dave Brubeck (Time Out), Ornette Colleman e de Charles Mingus - todos lançados em 1959 - mudaram as perspectivas da história do jazz.

O quinto documentário mostra a trajetória do trompetista Dizzy Gillespie. Criador do bebop na década de 50 ao lado de Charlie Parker, Gillespie foi um dos mais influentes músicos da história do jazz.

Produzido em 1990, três anos antes da morte do músico, o documentário traz entrevistas com Dizzy e vários membros da orquestra regida por ele, entre eles John Lewis, James Moody e Johnny Griffin. O vídeo é em inglês, mas você pode colocar legendas em inglês, oferecidas pelo próprio Youtube.

O sexto vídeo traz o lendário documentário dirigido pelo fotógrafo Bert Stern: Jazz on a Summer's Day, que mostra a edição de 1959 do festival de jazz de Newport, nos Estados Unidos. Até hoje, o festival é considerado um dos mais importantes do jazz.

Com uma câmera focada em rostos - dos músicos e da plateia -, Stern consegue colocar o telespectador "dentro" do festival. É um mergulho profundo e íntimo no palco e nas fileiras que formam a eclética audiência, confortavelmente sentada e literalmente participando da história. Entre os músicos que aparecem no documentário estão Louis Armstrong, Anita O'Day, Thelonious Monk e Mahalia Jackson.

O sétimo vídeo é sobre o saxofonista John Coltrane. Com o título original de Chasing Trane, o documentário mostra cenas inéditas do saxofonista e entrevistas com diversos músicos, entre eles Wynton Marsalis, Wayne Shorter, Benny Golson e Jimmy Heath, que falam sobre a importância e genialidade de Coltrane.

Apesar de não haver depoimentos de Coltrane, o documentário traz várias citações do saxofonista interpretadas pelo ator Denzel Washington. O documentário é em inglês, mas você pode colocar legendas em português, oferecidas pelo próprio Youtube.

O oitavo vídeo é o documentário Coisa Mais Linda - Histórias e Casos da Bossa Nova, que retrata por meio de entrevistas o nascimento do movimento que levou a música brasileira para os quatro cantos do planeta, no início da década de 1960.

Entre os entrevistados estão os músicos Roberto Menescal, Carlos Lyra, Joyce, Paulo Jobim, Johnny Alf e João Donato, além de jornalistas e historiadores como Sergio Cabral, Tárik de Souza, Nelson Motta, Cacá Diegues, Luís Carlos Miele e Artur da Távola.

O nono vídeo é um documentário Saint John Coltrane - A Love Supreme, produzido pela rede BBC, de Londres, e apresentado por Alan Yentob. O documentário traz entrevitsas com Benny Golson, McCoy Tyner e o engenheiro de som Rudy Van Gelder, que trabalhou com Coltrane no disco A Love Supreme.

O décimo vídeo traz ator e cineasta Clint Eastwood entrevistando diversos pianistas para falar sobre a história do piano no jazz. Entre os músicos entrevistados estão Ray Charles, Dave Brubeck e Dr John. O vídeo é em inglês, mas você pode colocar legendas em inglês, oferecidas pelo próprio Youtube. O documentário faz parte da caixa de 7 DVDs chamada Martin Scorsese apresenta The Blues: Uma jornada musical.

O último vídeo mostra a vida e obra do violonista brasileiro Laurindo Almeida, que fez carreira nos Estados Unidos entre as décadas de 1940 e 1990. O documentário detalha a mudança do músico para o exterior, a sua importância nos primórdios da bossa nova e sua carreira como músico de trilhas sonoras para cinema, que inclui O Poderoso Chefão e Os Dez mandamentos.

Além dos documentários indicados aqui, você também pode conhecer outros três títulos que foram abordados neste blog: A Great Day in Harlem, sobre a icônica foto tirada pelo fotógrafo Art Kane, em 1958, Beyond The Notes, produzido pela diretora suíça Sophie Huber, sobre a história da gravadora Blue Note, e Zuza Homem de Jazz, sobre o jornalista Zuza Homem de Mello. Para acessá-los, clique aqui, aqui e aqui















sexta-feira, 22 de abril de 2016

Soundcloud

Nos últimos anos, vários sites se tornaram populares em divulgar novos talentos da música e, obviamente, de lendas da música mundial. Além dos já famosos Twitter, Youtube e Facebook, outros sites - especificamente de música - têm conseguido espaço importante para músicos divulgares seus trabalhos.

As páginas que merecem mais destaques são Bandcamp, Soundcloud e ReverbNation. Os três sites tem em comum divulgar quase sempre na íntegra discos para ouvir em streaming, ou seja, como se fosse uma rádio pré-gravada. Esses sites são muito parecidos com o serviço oferecido pelos populares Deezer e Spotify.

A principal diferença é que Deezer e Spotify são basicamente grandes discotecas para ouvir música online. Já Bandcamp, Soundcloud e ReverbNation tem como principal objetivo divulgar novos músicos e oferecer uma audição prévia - quase sempre na íntegra - de um determinado álbum para depois oferecê-lo para vender na mesma página.
Abaixo você encontra links interessantes de usuários do site Soundcloud.

A maior parte dos indicados é de gravadoras de jazz ou similares. Essas são as páginas que eu sigo frequentemente. Vale dizer que você pode criar sua própria página no Soundcloud, assim como fazem artistas e gravadoras.

Após se cadastrar, você pode fazer upload de suas músicas preferidas. Mas há um detalhe importante. Músicas de artistas muito populares normalmente são recusadas pelo site. O motivo oficial para a recusa é infringir direitos autorais. Com essa política, o Soundcloud deixa claro que seu principal "cliente" é de músicos e gravadoras que usam sua plataforma para divulgar seus trabalhos.

Outro opção interessante no Soundcloud é a possibilidade de criar playlists a partir de milhares de músicas que estão disponíveis no site para ouvir online. Além disso, é possível embedar playlists em seu blog pessoal, e assim compartilhar suas músicas preferidas com os leitores de seu blog. Boa navegação.

Além da playlist que você encontra logo abaixo, com 500 músicas, você pode ouvir uma segunda playlist, criada por mim, com mais dezenas de músicas encontradas no Soundcloud, todas elas de artistas de jazz. Entre os músicos encontrados nessa playlista estão Azymuth, Eumir Deodato, Matthew Shipp, Amaro Freitas e Shai Maestro, Para ouvir, clique aqui.

Jazz ao Seu Alcance

Jazz Mais Jazz

High Note Records

Concord Music

Blue Note

Braithwaite & KatzPro

Jazz Standard NYC

Sounds Of Berklee

Verve Music

1888 Media

Jazz 88.3 FM

Resonance Jazz

Smooth Jazz Global

Basin Street Records

SFJAZZ

Mack Avenue

Posi-Tone Records

Chick Corea

Emiliano Sampaio

Kamasi Washington

Bebel Gilberto

Larry Goldings

The Jazz Spotlight

Núcleo Contemporâneo

Bastard Jazz

Sunnyside Records

Smalls Jazz Club

Jazz Global Media

BFM Jazz

Jazz FM 91

Justin Time

Matt Pierson Music

Two for the Show Media

Fully Altered Media

WTJU 91.1 FM

Jazzhead

Edition Records

Ozella Music

577 Records

Jazz & People

Naim Records

Bethlehem Records


quarta-feira, 20 de abril de 2016

Lyle Mays - Fictionary

Por 14 anos o Guia de Jazz esteve no ar com a missão de aproximar os internautas ao jazz. Um dos tópicos mais visitados era o de dicas de CDs, no qual dezenas de discos eram indicados e resenhados por mim. Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".

Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia e muito mais - você encontrará quinzenalmente neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.

Sempre que possível, ao final de cada resenha você encontrará vídeos do Youtube com algumas faixas do disco indicado para escutar. Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui

Lyle Mays - Fictionary (1992)

Para quem é novato no jazz, uma boa pedida para começar a se familiarizar com o ritmo é procurar discos com a clássica formação de trio, ou seja, piano, baixo e bateria. Apesar do sax ter um papel importante dentro da história do jazz, o piano, na maioria das vezes, acaba sendo mais fácil de ser digerido por ouvintes pouco acostumados com as nuances do jazz.

Para a alegria dos novos fãs, há vários trios que fizeram história no jazz, entre eles estão os discos clássicos dos pianistas Oscar Peterson, Bill Evans e Ahmad Jamal, Keith Jarrett e Chick Corea e dos novos trios comandados pelos pianistas Bill Charlap, Bruce Hornby, Gonzalo Rubalcaba e Brad Mehldau e do grupo The Bad Plus.

Apesar dessa infinidade de nomes, o disco de trio indicado aqui é de um pianista pouco lembrado pela maioria dos fãs de jazz, mas que tem uma carreira de três décadas para comprovar sua versatilidade e talento. O norte-americano Lyle Mays tem sua história musical ligada diretamente ao guitarrista Pat Metheny. Nos últimos 20 anos, Mays tem acompanhado Metheny em vários festivais de jazz, além de ser o principal parceiro do guitarrista na hora de compor.

Em 1992, o pianista lançou o disco Fictionary, seu terceiro disco solo, ao lado do baterista Jack DeJohnette e do baixista Marc Johnson. A grande surpresa é que o músico apostou na formação clássica do jazz - piano, baixo e bateria - ao invés de investir em seus habituais teclados. O resultado foi um dos melhores discos de trio dos anos 90.

O disco abre com a singela “Bill Evans”, uma homenagem ao pianista que fez história com seu toque requintado e impecável. Na faixa-título, o piano de Mays reina solo nos dois primeiros minutos e em seguida entram bateria e baixo. Destaque para a bateria de DeJohnette. Para acalmar um pouco o ouvinte, as opções são “Siena”, “Something Left Unsaid” e “On the Other Hand”, está última apenas com Lyle ao piano.

A quebradeira retorna com as faixas “Trio #1”, “Trio # 2” e “Hard Eights”, na qual Johnson rouba a cena. Para terminar, “Falling Grace”, composta pelo baixista Steve Swallow e “Where Are You From Today”, uma delicada melodia criada por Mays.

Com este disco, Lyle Mays deixou claro que não é apenas um coadjuvante da carreira de sucesso de Metheny. Pelo contrário, depois de ouvir Fictionary, você terá certeza que a fama conquistada por Metheny é resultado da parceria do guitarrista com um certo pianista que o acompanha chamado Lyle Mays.

Faixas:
1 - Bill Evans
2 - Fictionary
3 - Sienna
4 - Lincoln Reviews His Notes
5 - Hard Eights
6 - Something Left Unsaid
7 - Trio #1
8 - Where Are You From Today
9 - Falling Grace
10 - Trio #2
11 - On The Other Hand

Escute abaixo algumas músicas do álbum:







sábado, 2 de abril de 2016

À Flor da Pele

Por 14 anos o Guia de Jazz esteve no ar com a missão de aproximar os internautas ao jazz. Um dos tópicos mais visitados era o de dicas de CDs, no qual dezenas de discos eram indicados e resenhados por mim. Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".

Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia e muito mais - você encontrará a partir de agora neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.

Para abrir essa série de dicas, escolhi um dos disco que mais toca a minha alma. Além disso, este disco não foi incluído no livro "Jazz ao seu alcance". Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui

Como o disco está fora de catálogo, você pode fazer o download aqui

Ney Matogrosso e Rafael Rabello - À Flor da Pele (1991)

Para quem é leitor assíduo do Guia de Jazz, esta dica de CD poderá ser uma surpresa. Mas é por uma boa causa que estamos quebrando nossa regra de indicarmos apenas álbuns de músicos estrangeiros. É importante deixar claro que não temos nada contra a música instrumental brasileira, pelo contrário, o Guia tem um tópico específico sobre os músicos tupiniquins. Neste tópico mesmo, nomes como Egberto Gismonti, Oscar Castro-Neves e Tom Jobim já foram destaques.

No início dos anos 90, o cantor Ney Matogrosso e o violonista Rafael Rabello fizeram história ao gravarem o disco À Flor da Pele, show que arrastou milhares de pessoas por onde passou. Com carreiras e idades distintas, Ney e Rafael se encontraram na hora e no momento certo. O disco traz “apenas” a voz de Ney e o violão inconfundível de Rafael interpretando grandes compositores da música popular brasileira como Cartola, Noel Rosa, Tom Jobim, Herivelto Martins, entre outros.

O CD abre com dois clássicos de Jobim, “Modinha”, em parceria com Vinicius de Moraes, e “Retrato em Preto e Branco”, composta com Chico Buarque. Em seguida é a vez do samba canção “Molambo”, de 1953, e “Da Cor do Pecado”, imortalizado na voz de Elizeth Cardoso. O primeiro grande momento acontece com “No Rancho Fundo”, obra-prima de Ary Barroso e Lamartine Babo, seguido da boemia de Noel Rosa em dois momentos, “Último Desejo” e na deliciosa “Três Apitos”.

Para quem acha que a paixão de Ney Matogrosso pelo repertório de Cartola é recente – em 2003, Ney gravou um disco só com canções do compositor da Mangueira – aqui estão duas interpretações de tirar o fôlego, “Autonomia” e a inesquecível “As Rosas Não Falam”, com destaque para o arranjo de Rabello. O repertório ainda tem surpresas como “Negue”, “Caminhemos/Segredo”, “Na Baixa do Sapateiro”, “Vereda Tropical” e “Balada do Louco”, clássico dos Mutantes composta por Arnaldo Baptista e Rita Lee.

Infelizmente, a parceria entre Ney e Rafael nunca mais será possível após a morte prematura do violonista em 1995, aos 32 anos de idade. Mas, Rafael deixou gravações antológicas ao lado de Paulo Moura, Dino 7 Cordas, Nelson Gonçalves, Radamés Gnatalli, Elizeth Cardoso, Tom Jobim, Romero Lubambo, entre outros. Já Ney Matogrosso continua nos palcos encantando plateias com seu talento e ousadia.

Neste momento, abril de 2016, por incrível que pareça, o CD está fora de catálogo e não há previsão da gravadora Som Livre em relançá-lo. Mais uma vez o mercado fonográfico perde uma ótima oportunidade de colocar em circulação um álbum essencial.

Repertório:

Modinha
Tom Jobim e Vinícius de Moraes

Retrato em Branco e Preto
Tom Jobim e Chico Buarque

Molambo
Jaime Florence e Augusto Mesquita

Tristeza do Jeca
Angelino de Oliveira

Da Cor do Pecado
Bororó

No Rancho Fundo
Ary Barroso e Lamartine Babo

Último Desejo
Noel Rosa

O mundo é um moinho
Cartola

As rosas não falam
Cartola

Autonomia
Cartola

Prelúdio nº 3 (Prelúdio da Solidão)
Lobos Hermínio Bello de Carvalho

Três Apitos
Noel Rosa

Caminhemos/Segredo
Herivelto Martins, Herivelto Martins e Marino Pinto

Negue
Adelino Moreira e Enzo de Almeida Passos

Na Baixa do Sapateiro
Ary Barroso

Vereda Tropical
Gonzalo Curiel

Balada do Louco
Arnaldo Baptista e Rita Lee

Escute o disco na íntegra:



Veja vídeos da dupla em ação: