quarta-feira, 29 de maio de 2019

Beyond The Notes traz a história da Blue Note

Não é novidade a devoção que qualquer fã de jazz tem pela gravadora Blue Note. Também é óbvio que essa admiração é fruto de uma história de oito décadas dedicadas a mais norte-americana das artes.

Aqui, no lar criado por Alfred Lion e Francis Wolff, em 1939, passaram quase todos os gigantes do jazz, entre eles, John Coltrane, Dexter Gordon, Bud Powell, Joe Henderson, Wayne Shorter, Herbie Hancock, Art Blakey, Horace Silver e Clifford Brown.

Para comemorar o aniversário dessa octogenária, um novo documentário sobre a gravadora foi produzido pela diretora suíça Sophie Huber. Beyond The Notes conta de forma leva o desenvolvimento do selo comandado por décadas por Lion e Wolff.

Durante entrevistas para lançar o documentário, Sophie destacou a forma caseira e amadora como os dois imigrantes de origem alemã judeu administravam a gravadora.


Francis Wolf e Alfred Lion criaram em 1939 a gravadora Blue Note

"De certa forma, o que fez a Blue Note ser diferente é que Alfred Lion e Francis Wolff eram, acima de tudo, fãs de jazz que não tinham ideia de como o negócio da música funcionava. Então, basicamente, eles só gravavam músicas que queriam ouvir. Eles tinham tanto respeito e amor pelos músicos que os deixavam fazer o que quisessem. Foi essa abordagem que fez a gravadora lançar discos realmente revolucionários”.

Parte do documentário registra a gravação do disco Our Point Of View, o primeiro do Blue Note All-Stars, em 2017. O supergrupo é formado por estralas atuais da gravadora. São eles: Ambrose Akinmusire (trompete), Robert Glasper (teclados), Derrick Hodge (baixo), Lionel Loueke (guitarra), Kendrick Scott (bateria) e Marcus Strickland (sax).

Além dos músicos citados, o disco ainda traz a participação especial dos veteranos Wayner Shorter (sax) e Herbie Hancock (piano).

Os dois tocam na faixa "Masquelero", música composta por Shorter em 1967. O encontro desses dois gigantes do jazz com a "meninada" é registrado com muita destreza pela diretora.

No mesmo ambiente, após alguns takes, Hancock e Shorter falam sobre suas experiências na gravadora Blue Note e a presença de Alfred Lion e Francis Wolff durante as gravações nas décadas de 1950 e 1960.

Outra boa sacada do documentário são as entrevistas com os produtores Terrace Martin e Ali Shaheed Muhammed, do grupo A Tribe Called Quest. Ambos falam de como os samplers da gravadora Blue Note usados na cena hip hop ajudaram a mantê-la relevante ainda hoje.

Outro documentário que vale a pena ser procurado é It Must Schwing! The Blue Note Story, uma produção alemã dirigida por Eric Friedler, em parceria com o cineasta Wim Wenders.

O título é uma brincadeira com o sotaque alemão de Alfred Lion. Durante o documentário, os músicos brincam com a pronuncia de Lion ao falar a palavra swing, que acabava saindo Schwing.

Além de depoimentos de músicos como Herbie Hancock, Wayne Shorter, Sheila Jordan, Lou Donaldson e Benny Golson, o documentário reproduz, por meio de animações, as sessões de gravações da Blue Note, com destaque para a presença constante de Lion e de Wolf, que aproveitava o momento para tirar fotos dos músicos.

Abaixo você encontra os trailers dos dois documentários e um vídeo com o registro do grupo Blue Note All-Stars tocando a música "Cycling Through Reality". O último vídeo traz um pequeno documentário sobre a gravadora, produzido em 2014, com entrevistas com o pianista Jason Moran e os produtores Don Was (atual presidente da Blue Note) e Michael Cuscuna.









Veja abaixo um Top 20 com discos da gravadora Blue Note (em ordem alfabética)

Andrew Hill - Black Fire (1964)
Art Blakey & The Jazz Messengers - Free For All (1964)
Bobby Huttecherson - Oblique (1979)
Cannonball Adderley - Somethin' Else (1958)
Dexter Gordon - Go (1962)
Donald Byrd - A New Perspective (1964)
Eric Dolphy - Out to Lunch (1964)
Freddie Hubbard - Open Sesame (1960)
Grant Green - Grantstand (1962)
Herbie Hancock - Speak Like a Child (1968)
Horace Silver - Song For My Father (1965)
J.J. Johnson - Volume 1 (1953)
Joe henderson - Inner Urge (1966)
John Coltrane - Blue Train (1958)
Larry Young - Unity (1966)
Lee Morgan - Search For The New Land (1966)
McCoy Tyner - The Real McCoy (1967)
Norah Jones - Come Away With Me (2002)
US3 - Hand On The Touch (1993)
Wayne Shorter - Adam's Apple (1963)

segunda-feira, 20 de maio de 2019

Guitarristas fazem tributos em seus novos discos

O veterano guitarrista George Benson está de volta ao trabalho. Em forma aos 76 anos, Benson retorna com um novo disco em tributo a dois "pais" do rock and roll: o guitarrista Chuck Berry e o pianista Fats Domino.

Em Walking to New Orleans, o Benson cantor aparece com mais eloquência, mas sua inconfundível guitarra está por toda parte e sempre precisa.

É sempre bom ver um gigante do jazz prestando reverência a dois gigantes do rock. Ao lado de Elvis Presley, Jerry Lee Lewis e Carl Perkins, Domino e Berry são responsáveis por tudo que viria a seguir e mudaria para sempre a história da música.

Diante de um legado desses, Benson não titubeou ao escolher clássicos de Berry como "Nadine (Is It You?)” “You Can’t Catch Me” “Havana Moon” “Memphis, Tennessee,” e “How You’ve Changed". Obviamente que outros temas, entre eles "Sweet Little Sixteen” e “Johnny B. Good", poderiam ter sido incluídos, mas Benson não quis ser tão óbvio assim.

A energia do disco continua com os temas de Fat Domino, entre eles “Rockin’ Chair,” “Ain’t That a Shame,” “I Hear You Knocking,”, “Blue Monday, além da faixa-título. Assim como os fãs de Berry, quem conhece a trajetória de Domino também sentirá falta de clássicos como "Blueberry Hill” e "“I’m Walkin". Mas a ausência não tira o mérito do disco.

O disco está muito bem servido com a guitarra de Benson, a bateria de Greg Morrow, o piano de Kevin McKendree e o baixo de Alison Prestwood. Além disso, um naipe de metais deixa tudo ainda mais rock and roll e faz o ouvinte ir direto para as décadas de 1950 e 1960. O disco pode ser ouvido na íntegra clicando aqui.

Outro guitarrista veterano que também presta tributo em seu novo álbum é Bobby Broom, Em Soul Fingers, Broom oferece um repertório mais eclético que Benson.

Ao lado de Kobie Watkins (bateria) e Ben Paterson (órgão), o músico traz seu dedilhado preciso e bem articulado em temas como “A Whiter Shade of Pale", do Procul Harum, "Do It Again,", do Steely Dan, "While My Guitar Gently Weeps", dos Beatles, entre outros.

Assim como outros guitarristas, Broom, de 58 anos, bebeu de várias fontes, entre elas Wes Montgomery e, é claro, do veterano George Benson. Seu fraseado limpo deixa temas como "I Can’t Help It”, de Stevie Wonder, e ""Summer Breeze", do Seals & Crofts, ainda mais interessantes e agradáveis de ouvir.

Mas isso para quem não tem preconceito com o jazz tocado com arranjos mais acessíveis. Além do trio, o disco também conta com o sax de Ron Blake e o trompete Chris Rogers.











quarta-feira, 15 de maio de 2019

Nostalgia traz Jazz 625 de volta à BBC

Dedicar um programa de TV ao jazz é uma iniciativa que sempre deve ser comemorada e exaltada.

É claro que fora do Brasil isso é mais comum, mas não deixa de ser também um pequeno gesto de resistência e amor à nobre arte da música criada lá no longínquo início do século XX.

Um dos programas mais cultuados pelos apreciadores de jazz é o britânico Jazz 625, que foi ao ar entre os anos de 1964-1966, produzido pela rede de TV estatal BBC.

Originalmente transmitido em preto e branco, o programa teve em seus 84 episódios nomes do quilate de Duke Ellington, Thelonious Monk, Modern Jazz Quartet, Bill Evans, Dizzy Gillespie, Dave Brubeck, Coleman Hawkins, Erroll Garner e Oscar Peterson. Coube a Duke Ellington e sua orquestra ser o protagonista da primeira edição, em 21 de abril de 1964.

O programa foi apresentado por Steve Race e Humphrey Lyttelton, em épocas diferentes, mas sempre com a missão de situar os telespectadores sobre o jazzista que participava do programa. Com entrevistas curtas, Race e Lyttelton tentavam deixar o convidado à vontade e criar uma ligação entre os músicos e a plateia presente no estúdio.

O nome "diferente" do programa faz referência a mudança de número de linhas de frequência da transmissão de TV que na época migrava de 405 para 625. O que na época foi chamada de TV de alta definição.

Atualmente, a BBC tem revisitado seus programas antigos e recriados alguns para mostrar ao seu público atual como eram os programas da emissora no passado. Para a alegria dos fãs de jazz, chegou a vez do Jazz 625.



O programa chamado Jazz 625 Live: For One Night Only foi ao ar no dia 3 de maio e trouxe como atração o saxofonista Joshua Redman, o cantor Gregory Porter, o saxofonista Jean Toussaint, a cantora Jacqui Dankworth, o pianista Robert Mitchell e o guitarrista Shirley Tetteh. Foi a primeira transmissão da BBC em preto e branco desde a década de 1970.


Duke Ellington e sua Orchestra no estúdio da BBC, em 1966 (Foto: Val Wilmer)

Quem também participa é a veterana cantora britânica Cleo Laine e o baterista Charlie Watts, do Rolling Stones, acompanhado do baixista Dave Green, o pianista John Pearce e do saxofonista Scott Hamilton. O programa traz o depoimento de Cleo, que participou da versão original do programa, e de outras pessoas envolvidas na atração na época.





segunda-feira, 6 de maio de 2019

Top 100 - Casas de Jazz

O site All About Jazz divulgou uma lista com as 100 melhores casas de jazz do planeta. O resultado é fruto da primeira pesquisa realizada pelo site. Cerca de 4 mil pessoas - todas cadastradas no site - participaram da enquete.

Apesar de sempre ser questionável se a pesquisa é uma fotografia do momento ou se ela realmente expressa a opinião da maioria dos leitores do site, a lista deve ser usada como um guia prático para encontrar locais para ouvir jazz, seja nos Estados Unidos, Europa ou Ásia.

Ao analisar a pesquisa, o que mais impressiona é o número de locais na capital russa, Moscou. Para quem mora no ocidente, as notícias que chegam da terra do onipresente Vladimir Putin são basicamente sobre o onipresente Vladimir Putin e sua eterna briga com os Estados Unidos.


Kozlov Club, em Moscou (Rússia), ficou no topo da lista da pesquisa

A Rússia aparece com quatro casas entre as 50 mais, entre ela Kozlov Club, que ficou com a primeira colocação no ranking geral, e JFC Jazz Club, que fica na bela São Petersburgo.

A capital mundial do jazz, Nova York, domina o Top 10, com três casas: Village Vanguard, Smalls Jazz Club e Blue Note. Ainda nos Estados Unidos, o Estado da Califórnia também aparece como um polo importante para quem gosta de ver jazz ao vivo.

Na liderança está o Piedmont Piano Company, em Oakland, seguido do Yoshi, também em Oakland, The Sequoia Room, em Fort Bragg, e SFJAZZ Center, em São Francisco.


Bop Stop, em Cleveland, Ohio, é o primeiro entre as casas dos EUA


Pela Europa, os tradicionais Vortex Jazz Club (Londres), Ronnie Scott's (Londres) e Bimhuis (Amsterdã) aparecem entre os 30 primeiros. Destaque também para o The Bear Club, em Luton, nos arredores da capital britânica, e Philly Joe's, em Tallinn, na Estônia, que alcançou a impressionante quarta colocação. Ainda no continente europeu, a pesquisa mostra casas de jazz na Alemanha, Irlanda e Suíça.


Philly Joe's, em Tallinn (Estônia), conquistou a quarta colocação


No site All About Jazz, você tem links para todas as casas listadas na pesquisa, além de poder pesquisar por cidade ou por país. Abaixo, você encontra o Top 50 geral, que inclui casas de todos os continentes, além dos Top 20 EUA e Top 20 Mundo. Para ver a relação completa, acesso o site oficial aqui

Infelizmente, a pesquisa acabou deixando de fora casas de show da América Latina, provavelmente por causa do público que participou da votação, na sua maioria americanos e europeus.

Vale lembrar que o Brasil, além dos seus tradicionais festivais de música, tem casas de jazz que não ficam devendo para nenhum palco fora do país. Só na capital paulista, por exemplo, há o Bourbon Street, Jazz aos Fundos e o Blue Note, que também tem uma filial na capital Fluminense.


Notorius, em Buenos Aires (Argentina), não foi lembrado na pesquisa


Na vizinha Buenos Aires, na Argentina, casas como o Notorius e o Thelonious Club também poderiam figurar tranquilamente entre os 50 mais desta pesquisa. Algumas casas importantes e ausentes na pesquisa são o Hot Clube de Portugal, na capital portuguesa Lisboa, o Bogui Jazz, na capital espanhola Madri, o Jamboree Jazz Club, na cidade espanhola de Barcelona, e o Quasimodo, na capital alemã Berlim.

Além da pesquisa do site All About Jazz, uma outra ótima fonte de pesquisa sobre locais para ouvir jazz espalhados pelo planeta é o guia anual da revista DownBeat. Clique aqui para ver a edição de 76 páginas publicadas no fim de 2018.

Top 50


Kozlov Club
Moscou, Rússia

Bop Stop
Cleveland, OH

Village Vanguard
Nova York, NY

Philly Joe's
Tallinn, Estônia

Piedmont Piano Company
Oakland, CA

Smalls Jazz Club
Nova York, NY

Vortex Jazz Club
Londres, Reino Unido

Yoshi's Oakland
Oakland, CA

Ronnie Scott's
Londres, Reino Unido

Blue Note Nova York
Nova York, NY

The Sequoia Room
Fort Bragg, CA

SFJAZZ Center
São Francisco, CA

An Die Musik Live
Baltimore, MD

Le Chat Noir De Salis
Miami, FL

Jazz Standard
Nova York, NY

Nighttown
Cleveland Heights, OH

Dizzy's Club Coca-Cola
Nova York, NY

@exuberance
Filadélfia, PA

JFC Jazz Club
São Petersburgo, Rússia

Jazz Corner
Hilton Head Island, SC

Fiesta Sunset Jazz
Santo Domingo, República Dominicana

Blues Alley
Washington, DC

The Bear Club
Luton, Reino Unido

Birdland
Nova York, NY

Blue Whale
Los Angeles, CA

Bimhuis
Amsterdã, Holanda

Esse
Moscou, Rússia

Smoke Jazz & Supper Club
Nova York, NY

Chris' Jazz Café
Filadélfia, PA

Dazzle Jazz Club
Denver, CO

BLU Jazz+
Akron, OH

The Sound Room
Oakland, CA

Mezzrow Jazz Club
New York, NY

Igor Butman Jazz Club
Moscou, Rússia

Sam First
Los Angeles, CA

Crooners Supper Club
Minneapolis, MN

Green Mill Cocktail Lounge
Chicago, IL

South Jazz Club
Filadélfia, PA

55 Bar
Nova York, NY

606 Club
Londres, Reino Unido

Catalina Bar & Grill
Hollywood, CA

California Jazz Conservatory
Berkeley, CA

Art Boutiki
San Jose, CA

Jazz Showcase
Chicago, IL

Iridium

Nova York, NY

Birdland Theater
Nova York, NY

Jazz Alley
Seattle, WA

PizzaExpress Jazz Club Soho
Londres, Reino Unido

Freight and Salvage Coffeehouse
Berkeley, CA

Kuumbwa Jazz Center
Santa Cruz, CA

Top 20 (fora dos EUA)


Kozlov Club
Moscou, Rússia

Philly Joe's
Tallinn, Estonia

Vortex Jazz Club
Londres, Reino Unido

Ronnie Scott's
Londres, Reino Unido

JFC Jazz Club
São Petersburgo

Fiesta Sunset Jazz
Santo Domingo, República Dominicana

The Bear Club
Luton, Reino Unido

Bimhuis
Amsterdã, Holanda

Esse
Moscou, Rússia

Igor Butman Jazz Club
Moscou, Rússia

606 Club
Londres, Reino Unido

PizzaExpress Jazz Club Soho
Londres, Reino Unido

Cafe OTO
Londres, Reino Unido

Duc Des Lombards
Paris, França

Porgy & Bess
Viena, Áustria

Umeå Jazzstudio
Umeå, Suécia

Blue Note Milan
Milão, Itália

Jazz Club Ferrara
Ferrara, Itália

Blue Note Tokyo
Tóquio, Japão

New Morning
Paris, França

Top 20 - EUA


Bop Stop
Cleveland, OH

Village Vanguard
Nova York, NY

Piedmont Piano Company
Oakland, CA

Smalls Jazz Club
Nova York, NY

Yoshi's Oakland
Oakland, CA

Blue Note New York
Nova York, NY

The Sequoia Room
Fort Bragg, CA

SFJAZZ Center
São Francisco, CA

An Die Musik Live
Baltimore, MD

Le Chat Noir De Salis
Miami, FL

Jazz Standard
Nova York, NY

Nighttown
Cleveland Heights, OH

Dizzy's Club Coca-Cola
NovaYork, NY

@exuberance
Filadélfia, PA

The Jazz Corner
Hilton Head Island, SC

1Blues Alley
Washington, DC

Birdland
Nova York, NY

Blue Whale
Los Angeles, CA

Smoke Jazz & Supper Club
Nova York, NY

Chris' Jazz Café
Filadélfia, PA









sexta-feira, 3 de maio de 2019

JJA Jazz Awards 2019 - os vencedores

O veterano Wayne Shorter (foto) foi o grande vencedor da 24ª edição do Jazz Journalists Association Jazz Awards, prêmio concedido pela Associação de Jornalistas de Jazz, composta por jornalistas de várias partes do planeta.

Shorter, de 85 anos, venceu nas categorias melhor Músico, Compositor e Grupo (quarteto formado por Shorter, John Patitucci, Brian Blade e Danilo Perez). Em 2018, Shorter lançou o disco triplo Emanon, e em fevereiro deste ano ganhou com este disco o Grammy de melhor álbum de jazz.

Outro prêmio cobiçado, o de Conjunto da Obra, que sempre destaca um músico com mais de 50 anos de carreira, ficou com o pianista Ahmad Jamal (foto abaixo), que completará 89 anos em 2019. No ano passado, o vitorioso nesta categoria foi o saxofonista Benny Golson, que completou 90 anos em 2019.

O disco do ano foi para o baterista Bobby Sanabria e sua Multiverse Big Band pelo disco West Side Story Reimagined. O álbum faz uma releitura do aclamado musical que estreou na Broadway em 1957, com música de Leonard Bernstein e letras de Stephen Sondheim. Na categoria melhor Álbum Histórico, o disco perdido de John Coltrane, Both Directions At Once: The Lost Album, ficou com o prêmio.

Nas categorias melhor Cantor e Cantora, pelo segundo ano consecutivo, Cécile McLorin Salvant e Kurt Elling ficaram com os prêmios, respectivamente.

A maior vencedora de todas as edições do prêmio, a arranjadora Maria Schneider, ganhou pelo oitavo ano consecutivo na categoria melhor arranjadora. Outro destaque é o prêmio de revelação, que desta vez ficou com a baixista da malásia Linda May Han Oh, que também levou o prêmio de baixista do ano.

Diferentemente de outras premiações, além dos músicos, também são premiados jornalistas e publicações relacionadas ao mundo do jazz. Entre os vencedores estão a revista DownBeat, o blog Do The Math e o livro Sophisticated Giant: The Life and Legacy of Dexter Gordon, escrito pela viúva do saxofonista Dexter Gordon, Maxine Gordon.

Para ver a relação de todos os vencedores deste ano, visite o site oficial do evento aqui. Você também pode conhecer todos os 23 vencedores na categoria melhor disco de jazz clicando aqui.

OS VENCEDORES:

Conjunto da Obra

Ahmad Jamal

Músico

Wayne Shorter

Revelação

Linda May Han Oh

Compositor

Wayne Shorter

Arranjador

Maria Schneider

Álbum

West Side Story Reimagined - Bobby Sanabria (Jazzheads)

Álbum Histórico

John Coltrane - Both Directions At Once: The Lost Album (Impulse/Verve)

Gravadora

ECM

Cantor

Kurt Elling

Cantora

Cécile McLorin Salvant

Big Band

Orrin Evans and the Captain Black Big Band

Grupo

Wayne Shorter Quartet

Trompetista

Ingrid Jensen

Trombonista

Wycliffe Gordon

Metais

Scott Robinson

Saxofone Alto

Miguel Zenón

Saxofone Tenor

Chris Potter

Saxofone Barítono

Gary Smulyan

Saxofone Soprano

Jane Ira Bloom

Flautista

Nicole Mitchell

Clarinetista

Anat Cohen

Guitarrista

Bill Frisell

Pianista

Kenny Barron

Tecladista

Dr. Lonnie Smith

Baixista

Linda May Han Oh

Violinista ou celista

Tomeka Reid

Percussionista

Pedrito Martinez

Vibrafonista

Joe Locke

Baterista

Brian Blade

Instrumentista não jazzista

Scott Robinson (vários)

Abaixo você encontra os seguintes vídeos:

Bobby Sanabria Multiverse Big Band - America
Linda May Han Oh - Mantis
Wayne Shorter - Lotus
Kurt Elling - Long As You're Living
Cécile McLorin Salvant - Mean To Me
John Coltrane - One Up, One Down
Ahmad Jamal - Autumn Leaves