domingo, 28 de janeiro de 2018

Grammy 2018 - Vencedores

O 60° edição do Grammy aconteceu neste domingo (28), em Nova York. O grande vencedor da noite foi o cantor Bruno Mars, que ficou com sete prêmios pelo disco 24K Magic.

No jazz, os destaques são o pianista Billy Childs, que ficou com o prêmio de melhor disco, e a cantora Cécile McLorin Salvant, que faturou seu segundo Grammy na carreira na categoria melhor disco vocal, com Dreams and Daggers.

Conheça todos os vencedores do Grammy na categoria melhor disco de jazz aqui . Conheça todos os vencedores na categoria melhor disco de jazz vocal aqui .

A seguir estão os ganhadores nas cinco categorias do jazz deste ano.

Melhor tema de jazz
“Miles Beyond” — John McLaughlin, do disco Live at Ronnie Scotts London 2017

Melhor álbum vocal
Dreams and Daggers — Cécile McLorin Salvant

Melhor álbum instrumental
Rebirth — Billy Childs

Melhor álbum de orquestra
Bringin’ It — Christian McBride Big Band

Melhor disco de jazz latino
Jazz Tango — Pablo Ziegler Trio





quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Jimmy Cobb - The Original Mob

Por 14 anos o Guia de Jazz esteve no ar com a missão de aproximar os internautas ao jazz. Um dos tópicos mais visitados era o de dicas de CDs, no qual dezenas de discos eram indicados e resenhados por mim. Infelizmente, com o fim do site em setembro de 2015, todo esse acervo foi "perdido".

Mas não totalmente perdido. Além do livro Jazz ao Seu Alcance - que traz todo o conteúdo do guia (dicas de CDs, DVDs, livros, entrevistas e muito mais) - você encontrará quinzenalmente neste blog algumas dicas de CDs publicadas anteriormente no site Guia de Jazz.

Sempre que possível, ao final de cada resenha você encontrará vídeos do Youtube com algumas faixas do disco indicado para escutar. Boa leitura e audição. Veja outras dicas de CDs aqui

Jimmy Cobb - The Original Mob (2014)

Parece que foi ontem, mas seis décadas se passaram desde que o jovem baterista Jimmy Cobb começou sua jornada dentro do jazz. Antes de tocar no quinteto de Miles Davis, no fim dos anos 60, Cobb já tinha tocado com Dinah Washington, Billie Holiday, Dizzy Gillespie, entre outros. Mas é claro que a parceria com Miles e depois com o pianista Wynton Kelly são as fases mais festejadas de sua carreira.

Toda a experiência de Cobb continua a serviço do jazz. Prova disso é o disco The Original Mob, de 2014, com o baterista empunhando suas baquetas aos 85 anos. Ao seu lado, dois velhos conhecidos, o guitarrista Peter Bernstein e o baixista John Webber.

Ambos tinham gravado com o baterista os discos Only for The Pure at Heart, de 1998, e Cobb’s Groove, de 2003. O pianista Brad Mehldau completa o quarteto, que gravou o disco ao vivo no clube nova-iorquino Smoke.

Apesar de ter sido gravado ao vivo, o álbum não tem plateia, ou seja, apenas o quarteto tocando na casa vazia . Segundo o próprio Cobb, a gravação lembrou as sessões que ele fez na década de 1950 na casa de Rudy Van Gelder, famoso engenheiro de som da gravadora Blue Note, que usava a sala de estar de sua casa como estúdio de gravação.

O disco abre com a clássica “Old Devil Moon”, na qual a guitarra de Bernstein e o piano de Mehldau brilham absolutos. O mesmo acontece com o tema “Amsterdam After Dark”. Cobb começa sua aula de bateria no tema “Sunday In New York”.

Mas o disco pega fogo mesmo em “Stranger In Paradise”, com Cobb batendo forte em sua bateria. Em “Unrequited”, composta por Mehldau, a guitarra de Bernstein não participa e, assim, Cobb e Webber viram coadjuvante para as sempre inspiradas frases de Mehldau.


O quarteto volta mas comedido na deliciosa “Composition 101”, na balada “Remembering U”, ambas compostas pelo baterista, e na versão do standard “Nobody Else But Me”, de Jerome Kern e Oscar Hammerstein II.

Além do disco de Cobb, o clube Smoke tem lançado desde o início de 2014 vários discos gravados na casa. Entre eles estão álbuns do pianista Eric Reed, do saxofonista Vincent Herring, do baterista Louis Hayes e do pianista Cyrus Chestnut.